Desvendando o Ballon D'Or da France Football (e premiando jogadores desde 1920 até 2022)

  Não sei se você está vendo esse blog pelo dia, pela tarde ou pela noite, mas espero que esteja bem. Bom, como o tédio bateu forte em mim nesses últimos meses, resolvi criar um blog sobre o melhor esporte do mundo, expondo minhas opiniões e meus pontos de vista. É a primeira vez que eu faço algo assim na internet, e fiquei me organizando por meses para fazer isso! Mesmo que eu não receba muitas visualizações com meus blogs, ficarei contente o suficiente expondo a minha opinião e dialogando com quem quer trocar ideia.

  Antes de eu começar esse blog, devo dar os créditos para o usuário peruano Glavisted que aprimorou a minha ideia original e para o usuário britânico Tom Stevens da comunidade Big Soccer que o inspirou. Em homenagem, darei o nome da premiação de 1920 até 1955 de Tom Stevens Ballon D'Or. Tom Stevens fez a correção das premiações de 1956 até 1994 e adicionou premiações não oficiais de 1920 até 1955, e Glavisted, corrigindo suas premiações, completou de 1995 até 2018 e também fez sua própria premiação de 1911 até 2012. Minha ideia original era de fazer de 1956 até 2020, mas aí veio o ano de 2021 e tals. Ainda por cima eu pensei em um brinde e adicionar os anos de 1909 até 1955 também, e eu até fiz isso, mas voltei atrás e pus só de 1955 até 1920.

  Com exceção do Tom Stevens Ballon D'Or de 1920 até 1955, todas as outras premiações são oficiais por parte da FIFA e da France Football, e estarei corrigindo todas elas dando a minha opinião de quem era o melhor jogador do mundo em cada ano.

  Antes de tudo, devo dizer que a minha primeira inspiração para fazer esse blog com esse tema foi a premiação de 2018. Os dois fizeram esse blog antes de mim, felizmente. 

  Meu blog terá uma diferença considerável para analisar os jogadores:

  Eles não serão analisados somente pelo seu ano calendário (farei uma exceção para os anos de 1945, 1950, 1983 e 2007 e vocês verão o porquê em breve) e sim pela sua temporada também, com exceção do desempenho pela seleção nacional naquele ano e de torneios como supercopas e dentre outros prêmios extras realizados naquele ano como a Copa Intercontinental, a Supercopa da UEFA, dentre outros. Devo dizer também que eu não consegui informação total sobre todos os jogadores que eu irei citar, sinto muito. Haverá o prêmio de melhor temporada + torneios bônus + seleção e o prêmio de melhor ano calendário.

  Não farei um Top 3, apenas mostrarei os jogadores que irei analisar e mostrarei o verdadeiro merecedor do prêmio em tal ano.

  Antes de olharem a minha opinião quanto a cada premiação, olhem o blog do Glavisted e dêem um crédito para ele, por favor. http://glavisted.blogspot.com/2016/05/worldwide-ballon-dor-since-1920.html e http://glavisted.blogspot.com/2011/09/mejor-futbolista-del-ano.html

  Minhas fontes e estatísticas vêm majoritariamente da Wikipedia, Transfermarkt e FBRef. O resto das minhas informações vêm de outros sites de notícias ou de estatísticas. Não irei tolerar jogos amistosos pelo clube, somente oficiais. Quem tiver interesse em ver somente a correção das premiações oficiais, pulem do ano de 1920 até o ano de 1955.

  Por último, lembrem-se: Pode haver alguns erros de estatística, escrita e pontuação nessa postagem, eu não sou perfeito <3

  Enfim, era só isso que eu tinha para dizer por enquanto. Vou começar. (Atualizei isso aqui pela última vez em 13/06/2023 as 02:24. Não direi o que atualizei, não estou afim. Ah, e como eu disse antes, eu tinha feito a premiação de 1909 até 2022, mas eu apaguei os anos de 1909 até 1919. Portanto, vai começar só a partir de 1920)


1920

Escolhido: Fred Morris (West Bromwich Albion, segundo-atacante/meia-atacante, 27 anos, inglês, 43 partidas, 38 gols, campeão da First Division e da FA Charity Shield, artilheiro da First Division)

Elenco do West Bromwich Albion com o troféu da First Division 1919-20 e da FA Charity Shield de 1920. Fred Morris é o jogador sentado atrás do escudo da FA Charity Shield de 1920.

Haviam outros dois concorrentes: Os uruguaios Héctor Scarone e Ángel Romano, do Nacional.

  Morris foi campeão inglês terminando como o artilheiro marcando 37 gols em 39 jogos pelo West Bromwich Albion, sendo campeão da FA Charity Shield também, vencendo o Tottenham Hotspur por 2 a 0. Pela seleção inglesa, jogou 2 jogos e marcou 1 gol. Devemos considerar também que a Primeira Divisão Inglesa era a liga mais forte do mundo naquele tempo, já sendo profissional.

  Scarone marcou 20 vezes em 18 jogos pela Primeira Divisão Uruguaia de 1920 e foi o artilheiro ajudando seu time a marcar mais de 80 gols em 22 jogos e ser campeão uruguaio. Jogou 2 amistosos pela seleção uruguaia e marcou 1 gol. A Primeira Divisão Uruguaia era sem dúvidas uma das Top 5 ligas mais fortes do mundo junto com a inglesa. Por algum motivo ele não jogou a Copa América, que era a competição entre seleções mais forte do mundo.

  Romano era um jogador mais versátil no ataque, podendo criar as jogadas pelo centro, podendo cair para a ponta e podendo ser o centroavantão também. Marcou 17 gols em 18 jogos pelo campeonato uruguaio, e foi o artilheiro da Copa América com 3 gols em 3 jogos.

Elenco do Nacional, em 1920.

  
  Scarone e Romano eram os melhores futebolistas das Américas, mas como eu disse antes, a liga inglesa era a mais forte do mundo. Sem falar que ambos tiveram números parecidos.

  O inglês teve a melhor temporada, mas Scarone e Romano tiveram o melhor ano calendário em geral. Romano teve um ano calendário levemente melhor que o de seu companheiro de equipe.


Dados de: Scarone (Nacional, segundo atacante/meia-atacante, 22 anos, uruguaio, 29 partidas, 26 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Uruguaya, artilheiro da Primera División Uruguaya)

Romano (Nacional, segundo-atacante/meia-atacante/ponta-esquerda/centroavante, 27 anos, uruguaio, 21+? partidas, 20+? gols, ?? assistências, campeão da Primera División Uruguaya e da Copa América, artilheiro da Copa América)


1921

Escolhido: Karel Pesek (Sparta Praga, volante/meia-central, 26 anos, tchecoslovaco, ?? partidas, ?? gols, ?? assistências, títulos não identificados)

Karel Pesek, em 1921.


  Tom Stevens escolheu o centromédio tchecoslovaco Karel Pesek, que eu pessoalmente não tenho como dizer que era o melhor do mundo. Não tenho absolutamente nenhum dado sobre ele, exceto de que ele jogou no Mundial de Hockey daquele ano e era o capitão do poderoso Sparta de Ferro dos anos 20, que era tido como o melhor time da Europa e talvez até do mundo. Arthur Friendenreich, que ficou em terceiro lugar, era o verdadeiro melhor jogador do mundo para mim.

 Foi campeão paulista após bater o Syrio por 3 a 2 no jogo final (com direito a gol dele) e vendo a derrota do Corinthians para o Palestra Itália por 3 a 0 fora de casa, terminando como o artilheiro do Campeonato Paulista daquele ano com 33 gols em 22 jogos. Infelizmente, foi proibido de jogar a Copa América pelo presidente do Brasil na época, Epitácio Pessoa, que proibiu todos os jogadores mulatos, pardos e negros de fazerem parte da CBD. Friedenreich era pardo, logo também estava excluído.

Epitácio Pessoa, presidente do Brasil em 1921.

Arthur Friendenreich com o uniforme do Paulistano em 1921.


  Eu entendo que Kada Pesek era o capitão de um dos melhores times que o futebol clássico já teve sendo o principal nome do mesmo e também se firmando como o melhor centromédio dos anos 20 ao lado do argentino Luis Monti, mas como eu vou analisar alguém que eu não obtenho dados de uma partidazinha sequer? Sem falar que Arthur Friendenreich era muito bom.


Dados de: Friendenreich (Paulistano, centroavante, 29 anos, brasileiro, 3º lugar, 22+ partidas, 33+ gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Paulista e da Taça Competência, artilheiro do Campeonato Paulista)


1922

Escolhido: Andy Wilson (Middlesbrough, centroavante, 26 anos, escocês, 39 partidas, 34 gols, ?? assistências, campeão da British Home Championship, artilheiro da First Division e da British Home Championship)

Elenco do Middlesbrough na temporada 1921-22.


  Andy Wilson foi escolhido, e eu digo que não. Mesmo jogando por uma das seleções, se não a seleção mais forte do mundo, que era a escocesa, e também jogando na liga mais forte do mundo, que era a inglesa, não acho que ele era o melhor jogador do globo. Paulino Alcántara e Manuel Seoane foram superiores, mas não por muito.

  Wilson foi o artilheiro da Primeira Divisão Inglesa com 31 gols em 35 jogos mesmo jogando pelo fraco Middlesbrough, que ficou em oitavo na tabela. Pelo Campeonato Interbritânico, ele marcou 3 gols em 3 jogos ao todo, sendo os 2 gols da vitória sobre a Irlanda por 2 a 1 e o gol do título sobre a Inglaterra fora de casa na vitória por 1 a 0. Pela FA Cup, jogou somente uma partida.

  Alcántara foi o artilheiro e o campeão da Primeira Categoria do Campeonato da Catalunha com 19 gols em somente 7 jogos. Foi o campeão da Copa do Rei Afonso XIII sendo também o artilheiro com 8 gols em 4 jogos, marcando 2 na final contra o Real Union, vencida por 5 a 1. Pela seleção espanhola, jogou uma partida amistosa contra a França e marcou 2 gols na vitória por 4 a 0 fora de casa. O Barcelona era o melhor time da Europa Latina e um dos melhores do mundo. O campeonato catalão era o mais forte da Espanha, que não era tão fraca assim no futebol. Alcántara nasceu em Concepción, nas Filipinas, sendo o primeiro asiático de expressão no mundo do futebol e o melhor jogador asiático da história até hoje, sendo também o segundo maior artilheiro da história do Barcelona atrás somente de Messi.

Elenco do Barcelona na final da Copa do Rei de 1922. Paulino Alcántara é o penúltimo jogador em pé da esquerda para a direita.

Retrato do Paulino Alcántara campeão da Copa do Rei de 1922.


  Seoane foi o artilheiro e o campeão da Primeira Divisão Argentina marcando 55 gols em 39 jogos. Por algum motivo ele também não jogou a Copa América daquele ano, em que o Brasil foi campeão após o decreto do presidente Epitácio Pessoa ter sido revogado. Manuel só viria a jogar pela primeira vez pela seleção argentina em 1924. A liga argentina também era fortíssima, sendo também uma das 5 melhores do mundo, e o Independiente também era um dos times mais fortes.

Manuel Seoane com a camisa do Independiente, em 1922.


  Quatro coisas pesaram a favor do Seoane contra o Alcántara: Seoane marcou muito mais gols, jogou muito mais jogos, o que facilita a análise, jogou em uma liga mais forte e era um jogador criativo, ao contrário de Alcántara que era somente um finalizador que esperava as bolas do seu time. Seoane em primeiro, Alcántara em segundo.


Dados de: Alcántara (Barcelona, centroavante/segundo-atacante, 26 anos, espanhol/filipino, 2º lugar, 12 partidas, 29 gols, campeão do Campionat de Catalunya e da Copa del Rey, artilheiro do Campionat de Catalunya e da Copa del Rey)

Seoane (Independiente, centroavante/segundo-atacante/meia-atacante, 20 anos, 3º lugar, argentino, 39 partidas, 55 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina, artilheiro da Primera División Argentina)


1923

Escolhido: Charlie Buchan (Sunderland, segundo-atacante, 32 anos, inglês, 44 partidas, 32 gols, ?? assistências, vice da First Division, artilheiro da First Division)

Charlie Buchan com o uniforme do Sunderland, na temporada 1922-23.


  Boa pedida. Fico entre ele ou o uruguaio Héctor Scarone.

  O inglês londrino marcou 30 gols em 41 jogos e foi o artilheiro da Primeira Divisão Inglesa, mas o Sunderland ainda foi vice para o Liverpool. Caiu na segunda eliminatória da FA Cup para o West Bromwich Albion de Fred Morris marcando o único gol do Sunderland na derrota por 2 a 1, que inclusive, a partida teve o placar aberto por Fred Morris aos 27 minutos do primeiro tempo, e olha que antes disso o Morris havia perdido um pênalti aos 12 do primeiro tempo, mandando na trave! Não jogou a Copa Interbritânica, e pela Inglaterra, jogou somente um jogo e marcou 1 gol na vitória por 4 a 1 sobre a França fora de casa.

  Scarone foi novamente o artilheiro da Primeira Divisão Uruguaia com 20 gols em 18 jogos, e campeão. Jogou e foi campeão da Copa América: 3 jogos, 1 gol. Não foi o destaque da seleção uruguaia no torneio, perdendo o protagonismo para o jovem Petrone de 18 anos que foi o artilheiro com 3 gols marcando em todos os jogos e para o jovem Nasazzi, capitão do time que foi eleito o melhor jogador da competição. Também jogou 2 amistosos, mas não marcou nenhum gol.

Elenco do Uruguai na Copa América de 1923.

O jovem José Nasazzi, capitão da seleção uruguaia, com os árbitros e o capitão da seleção paraguaia.


  Não vou mentir, o Charlie Buchan jogou demais. Mas Héctor Scarone era brabo.


Scarone (Nacional, segundo atacante/centroavante/meia-atacante, 25 anos, 2º lugar, uruguaio, 27 partidas, 25 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Uruguaya e da Copa América, artilheiro da Primera División Uruguaya)


1924

Escolhido: José Leandro Andrade (Bella Vista, lateral-direito/volante/meia-central/lateral-esquerdo, 23 anos, uruguaio, 6-27 partidas, ?? gols, ?? assistências, campeão da Primera División Uruguaya, da Copa América e dos Jogos Olímpicos)

Foto de José Leandro Andrade pela seleção uruguaia em 1924.


  José Leandro Andrade era disparado o melhor médio do mundo, mas o jovem atacante velocista Pedro Petrone, de somente 19 anos e recém chegado do Charley ao Nacional, era o protagonista tanto da seleção uruguaia quanto do time do Nacional.

  Junto com Scarone e cia, foi campeão da Primeira Divisão Uruguaia sendo o artilheiro com 20 gols em 13 jogos, e campeão. Petrone havia se tornado a principal referência no ataque devido a sua finalização mortal e a sua velocidade, enquanto Scarone ajudava o ataque ao lado dele dando assistências, marcando gols e criando jogadas.

  Pelas Olímpiadas de Paris de 1924, o Uruguai foi imparável. Andrade receberia o apelido de Maravilha Negra pelos franceses após os mesmos serem humilhados por 5 a 1 nas quartas de final com show dele (que deu uma linda assistência para Petrone, se não me engano), de Scarone e de Petrone que marcaram 2 gols cada. Na final, foram campeões goleando a Suíça por 3 a 0 com Petrone também marcando na final. O mesmo acabou sendo o artilheiro com 7 gols em 5 jogos, marcando em todos exceto na semifinal contra a Holanda vencida por 2 a 1. 

Pedro Petrone pela seleção uruguaia em 1924.

A "volta olímpica" da seleção uruguaia após a conquista do ouro nas Olimpíadas de Paris, em 1924.


  Pela Copa América, o Uruguai também seria campeão tendo Petrone como artilheiro e melhor jogador com 4 gols em 3 jogos. Andrade foi poupado e ficou no banco.

  Petrone marcou 31 gols ou mais ao todo, e jogou 8 jogos por sua seleção no total. Era o melhor jogador do mundo, jogando no melhor time do mundo, na segunda melhor liga do mundo e na melhor seleção do mundo. Na minha opinião, Scarone era o segundo melhor futebolista do mundo naquela época, mas uma lesão impediu que ele jogasse mais jogos pelo Nacional, marcando somente 8 gols em 9 jogos pela liga nacional.

  No ano calenário de 1924, Petrone marcou 7 gols a menos jogando 4 jogos a menos. 7 de seus 20 gols na liga uruguaia foram marcados em janeiro de 1925.

 
Dados de: Petrone (Nacional, centroavante, 19 anos, 2° lugar, uruguaio, 21 partidas, 31 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Uruguaya, da Copa América e dos Jogos Olímpicos, artilheiro da Primera División, da Copa América e dos Jogos Olímpicos, melhor jogador da Copa América)


1925

Escolhido: Hughie Gallacher (Airdrieonians, centroavante, 22 anos, escocês, 36-39 partidas, 40 gols, ?? assistências, campeão da British Home Championship, vice da Scottish League Division One, artilheiro da British Home Championship, vice artilheiro da Scottish League Division One)

Elenco do Aberdeen e do Airdrieonians em partida pela temporada 1924-25 da Primeira Divisão Escocesa. Hughie Gallacher é o jogador que está sentando na frente do goleiro do Airdrieonians.


  Hughie Gallacher foi escolhido como o melhor jogador do mundo, mas havia um outro escocês jogando muita bola também, mas nem na América do Sul e nem na Europa, e sim no fraco campeonato estadunidense: Archie Stark.

  Gallacher foi o vice artilheiro da Primeira Divisão Escocesa marcando 32 gols em 32 jogos, um a menos que William Devlin, terminando também com um tri vice campeonato. Pela Copa Interbritânica ele foi sensacional, jogando os 3 jogos e terminando como o artilheiro com 5 gols, marcando os dois gols do título contra a Inglaterra e tendo marcando anteriormente contra os outros dois participantes: País de Gales e Irlanda. Também jogou um amistoso, mas não marcou. A liga escocesa era a segunda liga mais forte do mundo ao meu ver, devido ao cancelamento do campeonato uruguaio em 1925. Considerando que as fontes dizem que ele marcou 35 gols na temporada 1924-25, imagino que os outros 3 gols foram pela Copa Escocesa, onde ele caiu na terceira eliminatória.

  Stark marcou espantosos 67 gols em 44 jogos pela Liga Americana de Futebol, mas foi vice. Também marcou 3 gols em 2 jogos pela National Challenge Cup, e jogou 2 amistosos contra o Canadá pela seleção americana, marcando 5 gols. Sua liga, porém, era extremamente mais fraca do que a escocesa. Mesmo com a cidadania americana, ele é escocês, mas se mudou para os Estados Unidos aos 6 anos de idade.

Foto de Archie Stark em jornal americano, em 1925.


  Acho que o Archie teria mais mídia do que o Gallacher se estivesse ficado na Escócia e estivesse jogando na liga de lá no mesmo nível em que estivesse jogando na liga americana. Vou escolher Gallacher devido ao peso da liga, obviamente. Aliás, naquele ano de 1925, ele marcou 6 gols em 2 jogos pelo XI da Liga Escocesa, marcando 5 contra o XI da Liga Irlandesa com 3 gols logo aos 14 do primeiro tempo. Isso foi tão sério que ele foi ameaçado pelos extremistas da Irlanda no intervalo do jogo, e quase foi assassinado por um tiro de sniper enquanto estava visitando amigos no país.

  Gallacher também foi o melhor jogador do ano calendário de 1925, infelizmente não tenho como mostrar os números. Vou partir da crença mesmo.


Dados de: Stark (Bethlehem Steel, centroavante, 28 anos, escocês/estadunidense, 48 partidas, 75 gols, ?? assistências, vice da American Soccer League, artilheiro da American Soccer League, artilheiro mundial)


1926

Escolhido: Alex Jackson (Huddersfield Town, ponta-direita, 21 anos, escocês, 43 partidas, 19 gols, ?? assistências, campeão da First Division e da British Home Championship)

Foto de Alex Jackson com a camisa do Huddersfield Town pela temporada 1925-26.


  Alex Jackson não era o melhor do mundo. Era o melhor ponta do mundo, mas o melhor jogador? Poderia citar 5 jogadores que foram superiores a ele, mas irei citar somente três: Hughie Gallacher, Manuel Seoane e Ferenc Hirzer.

  Sendo campeão inglês, Jackson marcou 16 gols em 39 jogos pela Primeira Divisão Inglesa. Pela FA Cup, jogou 2 jogos. Pela Copa Interbritânica, foi campeão e marcou o gol da vitória sobre a Inglaterra no último jogo. Pela Copa Interbritânica de 1926-27, marcou 2 gols contra País de Gales na vitória por 3 a 1 na parte do ano de 1926.

  Gallacher saiu do Airdrieonians na metade da temporada e foi para o Newcastle United, marcando 9 gols em 18 jogos pela liga escocesa até a sua saída do Airdrieonians em 25 de dezembro de 1925. Após sua chegada ao Newcastle, marcou 23 gols em 19 jogos pela liga inglesa terminando como o artilheiro do time muito rápido, com 25 gols em 22 jogos no total pelo seu novo clube. Pela Copa Interbritânica foi novamente o campeão e o artilheiro com 3 gols em 3 jogos.

Hughie Gallacher, recém chegado a Inglaterra, com a camisa do Newcastle United na temporada 1925-26.


  Seoane foi novamente campeão e artilheiro da Primeira Divisão Argentina com 30 gols em 25 jogos, e também foi campeão e artilheiro da Copa Competencia com 6 gols em 8 jogos. Por algum motivo não jogou a Copa América mesmo sendo o melhor jogador argentino e o melhor jogador e artilheiro da Copa América passada. Por quê?

Manuel Seoane pelo Independiente, 1926.


  O húngaro Hirzer, recém chegado na Itália, foi o campeão e o artilheiro da Primeira Divisão Italiana com 35 gols em 26 jogos ao todo. Vale lembrar que a liga italiana era muito mais fraca do que a escocesa e a argentina.

Ferenc Hirzer com a camisa da Juventus pela temporada 1925-26.


  Mesmo o Gallacher jogando numa liga mais difícil, Seoane teve números tão bons quanto ele e ainda por cima ganhou títulos. Hirzer também ganhou um título, mas o peso do nível da liga valeu muito aqui.

  Minha escolha vai para o escocês. Inclusive, no ano calendário de 1926, ele marcou 42 gols em 41 jogos.

  Se Scarone tivesse continuado na Europa participando do campeonato catalão ou da Copa do Rei Afonso XIII jogando bem como jogou nos amistosos que disputou pelo Barcelona, eu daria o prêmio para ele, mas lembrem-se que eu só irei considerar números de partidas oficiais. Ele se daria muito bem no ataque com Alcántara e Samitier...


Dados de: Hirzer (Juventus, centroavante, 24 anos, húngaro, 26 partidas, 35 gols, ?? assistências, 3º lugar, campeão da Prima Divisione, artilheiro da Prima Divisione)

Seoane (Independiente, segundo atacante/meia-atacante/centroavante, 24 anos, argentino, 33 jogos, 36 gols, ?? assistências, 5º lugar, campeão da Primera División Argentina e da Copa de Competencia, artilheiro da Primera Division Argentina e da Copa de Competencia)

Gallacher (Airdrieonians/Newcastle United, centroavante, 23 anos, escocês, 43, partidas, 38 gols, ?? assistências, campeão da British Home Championship, vice da Scottish First Division, artilheiro da British Home Championship)


1927

Escolhido: Hughie Gallacher (Newcastle United, centroavante, 24 anos, escocês, 44 partidas, 40 gols, ?? assistências, campeão da First Division e da British Home Championship, vice artilheiro da First Division)

Hughie Gallacher com a camisa do Newcastle United na temporada 1926-27.


  Também não. Hughie Gallacher viria a ser superado por Jimmy McGrory, também escocês.

  Depois de quatro vices nacionais consecutivos pelo seu antigo clube, Gallacher finalmente foi campeão nacional de algum país sendo o vice artilheiro da Primeira Divisão Inglesa com 36 gols em 38 jogos. Pela FA Cup, jogou 3 jogos e marcou 2 gols. Pela Copa Interbritânica, foi campeão pela terceira vez seguida marcando 1 gol em 3 jogos.

  McGrory foi campeão da Copa Escocesa sendo o artilheiro com 9 gols em 6 jogos e também foi campeão da Copa de Glasgow, mas ficou em terceiro lugar na Primeira Divisão Escocesa sendo o artilheiro com 48 gols em 33 jogos. Estreou pela Escócia só em 1928.

Elenco do Celtic com os títulos da temporada 1926-27. Jimmy McGrory é o segundo em pé da esquerda para a direita.


  Gallacher foi o segundo melhor do mundo pelo critério de temporada ao meu ver, McGrory é o meu primeiro.

  Quem teve o melhor ano calendário, porém, foi o centroavante inglês Dixie Dean. 60 gols em 49 jogos, com 12 gols em 7 jogos pela seleção inglesa!


Dados de: McGrory (Celtic, centroavante, 23 anos, escocês, 4º lugar. 41 partidas, 59 gols, ?? assistências, campeão da Copa Escocesa e da Copa de Glasgow, artilheiro da Scottish League Division One e da Scottish Cup, artilheiro mundial)


1928

Escolhido: Dixie Dean (Everton, centroavante, 21 anos, inglês, 47 partidas, 70 gols, ?? assistências, campeão da First Division e da FA Charity Shield, artilheiro da First Division e artilheiro mundial)

  Dixie Dean foi campeão inglês marcando 60 gols em 39 jogos, um recorde de gols que só foi superado em 1946 pelo húngaro Ferenc Deák, e desde então, ninguém fez mais nada parecido, sem falar que a liga inglesa era a mais forte do mundo. Preciso dizer alguma coisa? E pelo ano calendário marcou 55 gols em 44 jogos.

Dixie Dean, temporada 1927-28.

Dixie Dean foi patrocinado pela Wix Cigarettes, uma marca de cigarro, nesse ano.


1929

Escolhido: Alan Morton (Rangers, ponta-esquerda, 36 anos, escocês, 38+? partidas, 15+ gols, ?? assistências, campeão da Scottish League Division One, vice da Scottish Cup)

Elenco do Rangers na temporada 1928-29.


  Alan Morton foi eleito o melhor do mundo, mas não o era. Um húngaro desconhecido, chamado József Takács, era o verdadeiro melhor do mundo.

  Morton foi campeão quase que invicto da Primeira Divisão Escocesa (30 vitórias, 7 empates, 1 derrota) marcando mais de 12 gols em toda a campanha. Foi vice da Copa Escocesa marcando 4 gols. Foi campeão da Copa Interbritânica jogando somente o último jogo contra a Inglaterra, vencido por 1 a 0.

  Takács, ao contrário de Morton, foi campeão húngaro vencendo absolutamente TODAS AS PARTIDAS DA LIGA. IMPECÁVEL. Ainda por cima marcou 41 gols em 22 jogos, e se considerássemos a Copa Mitropa de 1928, que tecnicamente faz parte da temporada 1928-29 dele, ele teria números ainda melhores. Também fez uma excursão aqui na América do Sul, tendo um bom desempenho. Pela seleção húngara, jogou 5 jogos e marcou 5 gols, sendo 2 jogos e 2 gols pela Copa Internacional Central Europeia de 1927-30. O Campeonato Húngaro não era um dos melhores campeonatos do mundo como o escocês, mas também não era nada mal.

Excursão do Ferencváros na América do Sul, em 1929.

József Takács, em 1929.

Retrato de Takács em jornal húngaro, 1929.



  Não tem muito o que questionar aqui, eu acho. O húngaro mqrcou 52 gols em 30 jogos no ano calendário de 1929.


Dados de: Takács (Ferencváros, segundo-atacante, 25 anos, húngaro, 29 partidas, 46 gols, ?? assistências, campeão absoluto do Campeonato Húngaro, artilheiro do Campeonato Húngaro)


1930

Escolhido: Giuseppe Meazza (Ambrosiana-Inter, centroavante, 20 anos, italiano, 44 partidas, 44 gols, ?? assistências, campeão da Serie A e da Copa Internacional Central Européia, artilheiro da Serie A e da Mitropa Cup)

  Giuseppe Meazza e József Takács tiveram as melhores temporadas individuais ao redor do mundo.

  O italiano foi o protagonista da primeira Serie A da história (antes a liga italiana era chamada de Divisione Nazionale) que acabou sendo conquistada pela Ambrosiana-Inter, seu clube e atual Internazionale de Milão, marcando 31 gols em 33 jogos e terminando como o artilheiro. Pela Copa Mitropa, que equivalia a Liga dos Campeões do centro europeu naquela época, caiu nas semifinais para o Slavia Praga sendo humilhado na Tchecoslováquia por 6 a 1, mas terminou como o artilheiro da competição com 7 gols em 6 jogos. Foi campeão da Copa Internacional Central Europeia de 1927-30 marcando um triplete no último jogo contra a Hungria em que a Itália goleou por 5 a 0 fora de casa. Pela seleção italiana ao todo, marcou 6 gols em 5 jogos naquele ano. A Serie A italiana estava a todo vapor para se tornar a liga mais forte da Europa muito rápido.

Giuseppe Meazza com a camisa da seleção italiana, 1930.

Meazza disputando bola com jogador da Juventus pela temporada 1929-30.


  Takács não teve sucesso coletivo como na temporada passada. Ainda assim, foi o artilheiro isolado do Campeonato Húngaro com 40 gols em 22 jogos, apesar do vice. Não sei se jogou a Copa Húngara, mas garanto que não marcou gol algum. Marcou 2 gols em 4 jogos pela Copa Mitropa de 1930, caindo na semifinal para o Rapid Vienna marcando o gol da vitória no jogo de volta em Budapeste vencido por 1 a 0, mas tomou um pau de 5 a 1 em Vienna. Apesar do desempenho decepcionante da Hungria na Copa Internacional Central Europeia 1927-30, foi o vice artilheiro da competição com 4 gols em 8 jogos.

József Takács, Gábor Obitz, Mihály Táncos e Géza Takács juntos no Vida do Teatro, em 1930.


  Meazza tem um crédito por ser mais habilidoso e por ter mais capacidade de dar assistências para seus companheiros, afinal, ele tinha capacidade de criar as jogadas do seu time. Vai ele mesmo. Marcou 43 gols em 46 jogos no ano calendário de 1930, enquanto Takács marcou 37 gols em 31 jogos.


Dados de: Takács (Ferencváros, segundo-atacante, 26 anos, húngaro, 30-33+? partidas, 45 gols, ?? assistências, vice do Campeonato Húngaro, artilheiro do Campeonato Húngaro, vice artilheiro da Copa Internacional Central Europeia


1931

Escolhido: Raimundo Orsi (Juventus, ponta-esquerda, 30 anos, argentino/italiano) 44 partidas, 24 gols, ?? assistências, campeão da Serie A)

Raimundo Orsi, 1931.


  Raimundo Orsi era o melhor ponta do mundo? Sim! Era o melhor jogador? Não! Bata, Dixie Dean e Tom Waring foram superiores.

  Orsi foi campeão da Serie A marcando 19 gols em 33 jogos, uma média de gols boa para um ponta driblador como ele. Pela Copa Mitropa, marcou somente 1 gol em 3 jogos e caiu nas quartas para o Sparta Praga. Pela seleção italiana, marcou 4 gols em 8 jogos. Números excelentes para o principal nome da Juventus.

  Bata era o protagonista do melhor time da Espanha e de um dos melhores da Europa Latina. Foi o artilheiro e campeão da LaLiga com 29 gols em 17 jogos, marcando 7 gols no 12 a 1 em cima do Barcelona. Pela Copa da República, a mesma coisa: Artilheiro e campeão com 10 gols em 7 jogos, marcando na final contra o Betis vencida por 3 a 1. Pela seleção espanhola, jogou somente uma partida e não marcou. A recém formada LaLiga era a segunda melhor liga da Europa Latina, atrás somente da Serie A.


Imagens de Bata contra o Barcelona na goleada por 12 a 1 pela temporada 1930-31, jogando em casa.


  Waring também era o protagonista de seu time, sendo considerado até hoje como o melhor jogador da história do Aston Villa. Mesmo sendo vice do inglês para o Arsenal, foi o artilheiro com 49 gols em 39 jogos. Pela FA Cup, jogou somente 1 jogo e marcou 1 gol. Pela seleção inglesa, jogou 4 jogos e marcou 3 gols. A Primeira Divisão Inglesa ainda era Top 3 do mundo, e muitos ainda a consideravam a melhor do mundo.

Tom Waring, 1931.

Elenco do Aston Villa pela temporada 1930-31.

  
  Sendo o único a jogar pela segunda divisão de uma liga nacional, Dixie Dean foi campeão e artilheiro da Segunda Divisão Inglesa com 41 gols em 37 jogos, e caiu nas semifinais da FA Cup para o West Bromwich Albion terminando como o artilheiro com 10 gols em 5 jogos. Pela seleção inglesa, jogou só 2 jogos e marcou 1 gol na goleada por 7 a 1 sobre a Espanha em casa.

Elenco do Everton, temporada 1930-31.

Dixie Dean com sua esposa Ethel Fossard em 1931, ano em que se casaram.


   Vou desconsiderar Dean por ter jogado em um campeonato bem mais fraco que o dos outros dois. Apesar de Waring ter 13 gols a mais, Bata tem uma média consideravelmente melhor, além de ter sido muito melhor coletivamente. Bata também podia jogar mais atrás, como segundo atacante. Por outro lado, Bata jogava em uma liga mais fraca. Tá bem equilibrado, mas irei colocar o Waring em primeiro.

  Muitos jogadores foram ótimos no ano calendário de 1931. Meazza marcou 31 gols em 39 jogos, Bata marcou 47 gols em 34 jogos, Tom Waring marcou 47 gols em 42 jogos, Raimundo Orsi marcou 21 gols em 43 jogos, Dixie Dean marcou 54 gols em 44 jogos, Sindelar marcou 22 gols em 32 jogos e Anton Schall marcou 39 gols em 33 jogos. Eu acredito que Bata foi levemente melhor do que Waring no ano calendário de 1931.

  Sindelar também teve uma temporada excelente marcando 27 gols em 32 jogos. Anton Schall foi maravilhoso, marcando 46 gols em 33 jogos. Eu devia tê-lo mencionado antes, mas eu sou um bosta :)


Dados de: Bata (Athletic Bilbao, centroavante/segundo-atacante, espanhol, 26 partidas, 40 gols, ?? assistências, campeão da LaLiga e da Copa del Rey, vencedor do Troféu Pichichi e artilheiro da Copa del Rey)

Waring (Aston Villa, centroavante, 25 anos, inglês, 44 partidas, 53 gols, ?? assistências, 4º lugar, vice da First Division, artilheiro da First Division)

Dean (Everton, centroavante, 24 anos, inglês, 44 partidas, 52 gols, ?? assistências, campeão da Second Division, artilheiro da Second Division e da FA Cup)


1932

Escolhido: Matthias Sindelar (Austria Wien, falso 9/centroavante 29 anos, austríaco, 30 partidas, 23 gols, 5+ assistências, campeão da Copa Internacional Central Europeia)

Matthias Sindelar pela seleção austríaca, 1932.


  Pensei, pensei e pensei, e eu acho que foi merecido. Mas citarei 3 jogadores que foram tão bons quanto ele nessa temporada: Bernabé Ferreyra, József Takács e Dixie Dean.

  Sindelar marcou 15 gols em 22 jogos pela Bundesliga Austríaca, mas seu time ficou somente em quarto. Jogando somente um jogo pela Copa Austríaca, e se destacou mais pela seleção do Wunderteam dos anos 30, jogando 7 partidas, marcando 8 gols e 5+ assistências, com destaque para o 8 a 2 contra a Hungria onde ele marcou 3 gols e deu 5 assistências e os dois gols da vitória contra a Itália, jogos esses que foram importantíssimos para a conquista do título da Copa Internacional Central Europeia. A Bundesliga Austríaca melhorou muito de nível com o Wunderteam dos anos 30, mas ainda não era tão forte assim.

  Bernabé foi campeão argentino com o River Plate marcando 44 gols em 33 jogos e terminando como o artilheiro isolado. Pela Copa Competencia, marcou 3 gols em 3 jogos sendo 2 gols na final contra o Independiente na vitória por 3 a 1.

Bernabé Ferreyra com a camisa do River Plate, 1932.


  Dean, após voltar da Segunda Divisão Inglesa com o Everton, foi campeão da Primeira Divisão Inglesa logo de cara, terminando como o artilheiro com 45 gols em 38 jogos. Pela FA Cup, jogou somente 1 jogo marcando 1 gol. Jogou seu último jogo pela seleção inglesa contra a Irlanda do Norte naquele ano na vitória por 1 a 0. Pela FA Charity Shield, marcou 4 dos 5 gols do título sobre o Blackburn Rovers por 5 a 3.

Dixie Dean, 1932


  Takács, assim como em 1929, foi campeão absoluto do Campeonato Húngaro marcando mais de 40 gols novamente (42 em 22), e foi vice da Copa Húngara. Pela Copa Mitropa, porém, foi uma desgraça, sendo humilhado pela Juventus nas quartas de final.

József Takács, 1932.


  Bernabé era o segundo melhor jogador do mundo, com Dixie Dean em terceiro e Jozséf Takács em quarto ao lado do Anton Schall. Os números de Sindelar aparentam ser inferiores, mas temos que considerar que Sindelar não jogava no melhor clube de seu país e que não era um centroavante de fato, e sim um falso 9.

  Sindelar e Anton Schall eram os melhores jogadores europeus ao meu ver se considerarmos o ano calendário de 1932. Schall marcou 38 gols em 34 jogos e Sindelar marcou 26 gols em 30 jogos.


Dados de: Dean (Everton, centroavante, 25 anos, inglês, 41 partidas, 51 gols, ?? assistências, 4º lugar, campeão da First Division, da FA Charity Shield e da British Home Championship, artilheiro da First Division)

Bernabé Ferreyra (River Plate, centroavante, 23 anos, argentino, 2º lugar, 36 partidas, 47 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina e da Copa de Competencia, artilheiro da Primera División) Argentina)

Takács (Ferencváros, segundo-atacante, 28 anos, húngaro, 27 partidas, 43 gols, ?? assistências, campeão absoluto do Campeonato Húngaro, vice da Magyar Kupa, artilheiro do Campeonato Húngaro)


1933

Escolhido: Matthias Sindelar (Austria Wien, falso 9/centroavante, 30 anos, austríaco/tchecoslovaco) 40 partidas, 26 gols, ?? assistências, campeão da Copa Austríaca e da Mitropa Cup, artilheiro da Copa Austríaca e da Mitropa Cup)

Matthias Sindelar, 1933.

Sindelar e Giuseppe Meazza, finalistas da Copa Mitropa de 1933, tirando uma foto juntos.


  Sindelar? Vamos ver. Comparemos ele com Giuseppe Meazza, Felice Borel, Cliff Bastin e Willie MacFadyen.

  Pela Bundesliga Austríaca, Sindelar teve um desempenho meio abaixo: 11 gols em 21 jogos, com seu time ficando somente em sexto lugar. Pela Copa Austríaca, porém, foi o artilheiro e campeão com 6 gols em 5 jogos. Pela Copa Mitropa ele foi heroico, marcando o triplete do título contra a Ambrosiana-Inter de Meazza no jogo de volta vencido por 3 a 1 em Vienna. Terminou como o artilheiro com 5 gols em 6 jogos. Pela seleção austríaca, marcou 4 gols em 8 jogos.

  Giuseppe Meazza era o comandante de um dos poucos times que batia de frente com a poderosa Juventus dos anos 30. Marcou 20 gols em 32 jogos e levou a Ambrosiana ao vice campeonato italiano. Foi o artilheiro da Copa Mitropa também, ao lado de Sindelar, com 5 gols em 6 jogos. Pela seleção italiana ele foi bem, marcando 5 gols em 5 jogos.

  MacFadyen foi vice tanto da Primeira Divisão Escocesa quanto da Copa Escocesa, mas foi o artilheiro dos dois. 45 gols na liga e 15 gols na copa. Pela seleção escocesa, marcou 2 gols em 2 jogos. Ao contrário da liga inglesa, a liga escocesa estava declinando mais rápido.

Elenco do Motherwell, temporada 1932-33.


  O inglês Cliff Bastin era o melhor ponta-esquerda do mundo desde os 21 anos. Foi o vice artilheiro da Primeira Divisão Inglesa com 33 gols em 42 jogos, uma média excelente se considerarmos que os pontas daquela época eram mais orientados para criarem jogadas pelas pontas e darem cruzamentos para a área do que de fato marcar gols. Jogou somente um jogo pela FA Cup, sendo eliminado logo na primeira rodada. Pela seleção inglesa, marcou 3 gols em 4 jogos, e também foi campeão da FA Charity Shield de 1933, sem jogar. A prova que ele era um ponta-esquerda e não um centroavante era que a linha de 5 do Arsenal era esta aqui: Joe Hulme como externo-direito, David Jack como interno-direito, Ernest Coleman/Jack Lambert como centroavante, Alex James como interno-esquerdo (playmaker do time) e Cliff Bastin como externo-esquerdo.

Elenco do Arsenal, temporada 1932-33.


  Logo em sua primeira estreia no futebol profissional, Borel abalaria toda a Itália ao ser o artilheiro isolado da Serie A com 29 gols em 28 jogos, levando seu time a ser campeão novamente. Foi mal na Copa Mitropa, marcando somente 1 gol em 4 jogos e caindo diante do Austria Vienna de Sindelar. Pela seleção, marcou 1 gol em 2 jogos, marcando logo o gol da vitória de seu país em um 1 a 0 fora de casa contra a Hungria.

O jovem Felice Borel, de 19 anos, em 1933.



  Mesmo Sindelar tendo jogado bem na Copa Austríaca e na Copa Mitropa e tendo sido campeão das duas competições, sendo a Copa Mitropa a mais importante do continente, o desempenho pela Bundesliga Austríaca e pela seleção austríaca pesou um pouco, mas ele foi bem em geral. O campeonato escocês era mais fraco que o austríaco, mas MacFadyen era o herói dos torcedores do Motherwell. Não acredito que Meazza foi de fato melhor do que o meteórico estreante Felice Borel, da Juventus, que foi o artilheiro da liga italiana em sua primeira temporada, mas o desempenho de Meazza pela Copa Mitropa e pela seleção foi muito superior, sem falar que jogava num time mais fraco. Cliff Bastin era o melhor jogador de toda a Inglaterra.

  Quem teve a melhor temporada para mim foi o inglês. Quanto ao ano calendário, eu acredito que foi o Sindelar. Sindelar marcou 28 gols em 40 jogos, enquanto Bastin marcou 25 gols em 46 jogos. Meazza marcou 39 gols em 47 jogos e Borel marcou 43 gols em 43 jogos. Não consegui coletar os dados do ano calendário de MacFadyen, mas isso não importa. Os números de Sindelar são um pouco inferiores aos de Meazza e Borel, mas temos que considerar que o estilo de jogo dos três era diferente. Borel era um centroavante que esperava os passes de seus companheiros enquanto que Meazza também esperava os passes, mas tinha habilidade para recuar e começar as jogadas do seu time devido ao seu bom passe e dribles. Sindelar é tido como o primeiro falso 9 da história do futebol, sendo o playmaker do time mesmo atuando pelo centro.


Dados de: MacFadyen (Motherwell, centroavante, 29 anos, escocês, 42+? partidas, 62+ gols, ?? assistências, vice da Scottish League First Division e da Scottish Cup, artilheiro da Scottish League First Division e da Scottish Cup, artilheiro mundial)

Cliff Bastin (Arsenal, ponta-esquerda, 21 anos, inglês, 2º lugar, 47 partidas, 36 gols, ?? assistências, campeão da First Division e da FA Charity Shield, vice artilheiro da First Division)

Giuseppe Meazza (Ambrosiana-Inter, centroavante, 5º lugar, 23 anos, italiano, 43 partidas, 30 gols, ?? assistências, vice da Serie A e da Mitropa Cup, artilheiro da Mitropa Cup)

Felice Borel (Juventus, centroavante, 19 anos, italiano, 34 partidas, 31 gols, ?? assistências, campeão da Serie A, artilheiro da Serie A)



1934

Escolhido: Giuseppe Meazza (Ambrosiana-Inter, centroavante/segundo-atacante/meia-atacante, 24 anos, italiano, 43 partidas, 31 gols, ?? assistências, campeão da Copa do Mundo, vice da Serie A, bola de ouro da Copa do Mundo)

Giuseppe Meazza recebendo a taça Jules Rimet (Copa do Mundo) de 1934.


  Não, roubalheira total. Felice Borel, Isidro Lángara, Gyorgy Sárosi e Matthias Sindelar >>>>>>>>>

  Giuseppe Meazza foi vice da Serie A para a Juventus da jovem estrela Borel, marcando 21 gols em 32 jogos. Pela Copa Mitropa, caiu nas oitavas para um tal de Kladno, marcando 3 gols em 2 jogos. A Copa do Mundo de 1934 foi uma das mais roubadas da história devido a intervenção do regime fascista de Mussolini pelas portas dos fundos juntando ao fato da Copa do Mundo ser na própria Itália Fascista. A Itália passou de fase em dois jogos polêmicos com a Espanha de Lángara e Zamora nas quartas de final e na semifinal contra a Áustria de Sindelar com outra arbitragem horrorosa. Na final contra a Tchecoslováquia, tendo o mesmo juiz dos últimos dois jogos, Ivan Eklind, mais um jogo polêmico vencido pelos italianos por 2 a 1. Logo depois o sueco foi eleito o melhor juiz (relatos dizem que ele foi visto jantando com Mussolini antes daquela final). Ainda assim, Meazza marcou só 2 gols em 5 jogos, mas ele estava atuando como um interno e não como um centroavante. Ao todo, marcou 7 gols em 9 jogos pela Itália.

  Outra injustiça foi Borel ter ficado no banco mesmo sendo o melhor centroavante da Itália, pois quem foi escalado para ser titular foi Angelo Schiavio, atacante do Bologna que, inclusive, foi quem marcou o gol do título na final (não que ele fosse ruim, pelo contrário, era um excelente atacante). Foi campeão da Serie A marcando 32 gols em 34 jogos e terminando como o artilheiro. Pela Copa Mitropa, caiu na semifinal para o Admira Vienna, mas marcou 5 gols em 6 jogos. Como eu disse antes, foi banco do Schiavio na Copa do Mundo, jogando somente nas quartas de final contra a Espanha, e não marcando gol algum.

Felice Borel pulando para um cabeceio, 1934.


  Sindelar foi muito bem individualmente pela liga nacional, marcando 22 gols em 21 jogos e terminando como o vice artilheiro. Marcou 4 gols em 3 jogos pela Copa Austríaca, e caiu ainda nas oitavas de final da Copa Mitropa para o Újpest, marcando 1 gol em 2 jogos. Pela Copa do Mundo, foi assaltado contra a Itália e saiu da Copa marcando 1 gol e 1 assistência em 3 jogos. Pela Áustria, em geral, jogou 7 partidas, marcou 2 gols e deu 1+ assistência.

Matthias Sindelar pela Copa do Mundo de 1934.


  Lángara marcou 27 gols em 18 jogos pela LaLiga, 9 gols em 6 jogos pela Copa da República e 24 gols em 8 jogos pelo Campeonato das Astúrias, vencendo somente o último. Pela Copa do Mundo, jogou 2 jogos e marcou 1 gol, não jogando o jogo de volta contra a Itália por algum motivo misterioso. Em geral, marcou 8 gols em 4 jogos pela Espanha, incluindo 7 gols em 2 jogos contra Portugal pelas eliminatórias.

Isidro Lángara, 1934.


  Sárosi foi espetacular pelo Ferencváros. Foi o vice artilheiro e o líder de assistências do Campeonato Húngaro com 24 gols e 16 assistências em 20 jogos, terminando como o campeão. Também foi excepcional pela Copa Mitropa, sendo o vice artilheiro e o líder de assistências com 7 gols e 4 assistências em 5 jogos, caindo na semifinal para o campeão Bologna tomando 5 a 1 na cidade de Bolonha, tendo marcado o único gol dos húngaros. Jogou somente o jogo das quartas de final da Copa do Mundo de 1934, perdendo para os austríacos por 2 a 1 marcando o gol de seu país. Ao todo, marcou 10 gols em 7 jogos pela Hungria.

Géza Toldi e Gyorgy Sárosi juntos pela seleção húngara em 1934.


  Sindelar não foi tão bem assim pela Copa do Mundo apesar do roubo e foi muito mal na Copa Mitropa. Borel foi excepcional pela Juventus, mas foi injustiçado e posto no banco na Copa do Mundo. Sárosi foi bem em todos os campeonatos que disputou, mas teve azar. Lángara marcou quase 70 gols no ano. Além de jogar de centroavante, Sárosi também podia atuar como um centromédio. Ele era o melhor do mundo pelo fato de ser tão completo, e ainda por ser tão artilheiro e ter uma ótima capacidade de criar jogadas, sendo o principal playmaker do seu time.

  Os dois também eram os melhores artilheiros no ano calendário de 1934. Sárosi marcou 50 gols em 32 jogos e Lángara marcou 44 gols em 27 jogos. Sárosi ainda era melhor. Nejedly, artilheiro da Copa de 34, também foi bem.

  Atenção: Só porque a premiação foi injusta, não quer dizer que o Giuseppe Meazza teve uma temporada ruim. Muito pelo contrário, a temporada dele foi muito boa individualmente.


Dados de: Sindelar (Austria Wien, falso 9/centroavante, 31 anos, austríaco. 33 partidas, 29 gols, 1+ assistências, vice artilheiro do Campeonato Austríaco, bola de prata da Copa do Mundo)

Lángara (Oviedo, centroavante, 22 anos, espanhol, 36 partidas, 68 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato das Astúrias, vencedor do Trofeo Pichichi, artilheiro da Copa del Presidente de la República e do Campeonato das Astúrias, artilheiro mundial, marcou 24 gols em 8 partidas pelo Campeonato das Astúrias)

Borel (Juventus, centroavante, 20 anos, italiano, 40 partidas, 37 gols, ?? assistências, campeão da Serie A e da Copa do Mundo, artilheiro da Serie A)

Sárosi (Ferencváros, centroavante/falso 9/meia-central, 22 anos, húngaro, 32 partidas, 41 gols, 20 assistências, campeão do Campeonato Húngaro, vice artilheiro do Campeonato Húngaro e da Mitropa Cup, líder de assistências do Campeonato Húngaro e da Mitropa Cup)


1935

Escolhido: Raymond Braine (Sparta Praga, centroavante/segundo-atacante,  28 anos, belga, 33? partidas, 18? gols, ?? assistências, campeão da Mitropa Cup, vice do Campeonato Tchecoslovaco)

Foto de Raymond Braine, em 1935.


  Mesmo Raymond Braine sendo o melhor jogador das finais da Copa Mitropa, Gyorgy Sárosi, seu vice, AINDA era o verdadeiro melhor do mundo. Braine não ficou nem na lista de artilheiros da Primeira Liga Tchecoslovaca de 1934-35... O campeonato tchecoslovaco não era tão fraco, mas não estar nem na lista de artilheiros é sacanagem. Ted Drake foi tão bem quanto Sárosi.

  Sárosi foi vice campeão húngaro e vice artilheiro com 22 gols e 8 assistências em 20 jogos. Pela Copa Mitropa, foi o artilheiro e o líder de assistências com 9 gols e 6 assistências em 8 jogos, sendo vice para o Sparta Praga de Raymond Braine. Pela Copa Internacional Central Europeia, foi o artilheiro com 7 gols, mas a Hungria ficou em terceiro. De consolação, foi campeão da Copa Húngara sendo o artilheiro e o líder de assistências com 6 gols e 4 assistências em 4 jogos. Em geral, marcou 8 gols e 4 assistências em 6 jogos pela Hungria.

Gyorgy Sárosi, 1935.


  Edward Joseph Drake teve uma ascensão meteórica pelo Arsenal na temporada 1934-35, marcando assustadores 42 gols em 41 jogos pela Primeira Divisão Inglesa como centroavante, com nenhum de seus gols sendo marcados através de pênaltis. O Arsenal foi tricampeão inglês. Pela FA Cup não foi tão bem quanto na liga, marcando somente 1 gol em 4 jogos. Foi vice da FA Charity Shield sem jogar, e pela seleção inglesa, jogou somente 1 jogo sem marcar gols na vitória por 2 a 1 diante da Irlanda do Norte.

Ted Drake em dezembro de 1935 com a bola do jogo de Arsenal 7-1 Aston Villa. Ele marcou os 7 gols!


  Sárosi ainda foi melhor. Não por muito, mas foi. O mesmo Sárosi marcou 52 gols em 39 jogos no ano calendário de 1935. Sindelar também foi ótimo no ano calendário, marcando 26 gols em 26 jogos. Ted Drake também foi bem, mas não tanto quanto foi na temporada.


Dados de: Sárosi (Ferencváros, centroavante/falso 9/meia-central, 23 anos, húngaro, 38 partidas, 45 gols, 22 assistências, 3º lugar, campeão da Magyar Kupa, vice do Campeonato Húngaro e da Mitropa Cup, artilheiro da Copa Internacional Central Europeia, da Mitropa Cup e da Magyar Kupa, vice artilheiro do Campeonato Húngaro, líder de assistências da Magyar Kupa e da Mitropa Cup)


Ted Drake (Arsenal, centroavante, 23 anos, inglês, 46 partidas, 43 gols, ?? assistências, 2º lugar, campeão da First Divison, vice da FA Charity Shield, artilheiro da First Division)


1936

Escolhido: Matthias Sindelar (Austria Wien, falso 9/centroavante, 33 anos, austríaco, 35 partidas, 21 gols, ?? assistências, campeão da Copa Austríaca e da Mitropa Cup, artilheiro da Copa Austríaca)

Elenco do Austria Vienna campeão da Copa Mitropa de 1936 em Praga ao vencer o Sparta Praga por 1 a 0.


  Mesmo vendo que Sindelar ganhou a Copa Mitropa e a Copa Austríaca novamente, ainda não merecia de qualquer jeito. Sárosi ainda era melhor do que qualquer um, e Giuseppe Meazza era o segundo melhor jogador do mundo se considerarmos a temporada.

  Matthias Sindelar marcou somente 8 gols em 17 jogos pela liga nacional, mas foi o artilheiro e campeão da Copa Austríaca com 6 gols em 5 jogos e foi novamente campeão da Copa Mitropa, dessa vez em cima do Sparta Praga, atual campeão, marcando 4 gols em 10 jogos. Marcou 2 gols em 3 jogos pela seleção austríaca, que perdeu e muito a sua força após a Copa do Mundo de 1934 e a pressão do regime nazista de Hitler. Logo logo, ele morreria de forma misteriosa junto com sua namorada em 1939 em seu apartamento.

  Gyorgy Sárosi não foi nem vice do Campeonato Húngaro e caiu ainda nas oitavas de final da Copa Mitropa para o Slavia Praga, mas foi o artilheiro isolado e o líder de assistências do Campeonato Húngaro com 37 gols e 15 assistências em 21 jogos e marcou 4 gols em 2 jogos contra o Slavia Praga, sendo os 4 no jogo de ida. Pela seleção húngara, marcou 3 gols e 1 assistência em 5 jogos.

Gyorgy Sárosi, 1936.


  Sindelar foi mil vezes melhor coletivamente, mas individualmente não tem como comparar. Mas pelo ano calendário, acredito que tanto Sindelar quanto Meazza foram superiores ao húngaro. Sindelar marcou 20 gols em 33 jogos, enquanto Meazza, que foi o artilheiro da Copa Mitropa de 1936 e da Serie A 1935-36, marcou 29 gols em 37 jogos. Sárosi marcou 26 gols em 25 jogos. Para mim, o melhor jogador do mundo baseado no critério de ano calendário era o Sindelar, enquanto que nesta questão de temporada era o Sárosi mesmo.


Dados de: Sárosi (Ferencváros, centroavante/falso 9/meia-central, 24 anos, húngaro, 28 partidas, 44 gols, 16 assistências, artilheiro do Campeonato Húngaro, líder de assistências do Campeonato Húngaro)


1937

Escolhido: Gyorgy Sárosi (Ferencváros, centroavante/falso 9/meia-central, 25 anos, húngaro, 34 partidas, 51 gols, 24 assistências, campeão da Mitropa Cup, vice do Campeonato Hungaro, artilheiro da Mitropa Cup, líder de assistências do Campeonato Húngaro)

  Justíssimo.

  Sárosi teve azar novamente em tentar conquistar o Campeonato Húngaro, sendo o vice campeão e o vice artilheiro com 29 gols e 15 assistências em 19 jogos, sendo novamente o maior assistente. Finalmente foi campeão da Copa Mitropa, marcando dois tripletes contra a Lazio na final e ultrapassando Silvio Piola (que também foi muito bem nos dois confrontos) na artilharia, marcando 12 gols e 2 assistências em 9 jogos. Pela seleção húngara, marcou 3 gols e 7 assistências em 5 jogos, sendo 6 destas assistências em jogos da Copa Internacional Central Europeia de 1936-38, onde ele seria o líder de assistências. Melhor temporada da carreira dele. Melhor ano também, já que o mesmo marcou absurdos 69 gols em 40 jogos. Ninguém chegava perto nele, e olha que tinha muitíssimos bons nomes: Arsenio Erico, José Manuel Moreno, Sindelar, Meazza, Piola, etc...

Sárosi recebendo flores após a conquista da Copa Mitropa de 1937 em cima da Lazio por 5 a 4 em Roma.



1938

Escolhido: Arsenio Erico (Independiente, centroavante, 23 anos, paraguaio, 32 partidas, 46 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina, da Copa Ibarguren e da Copa Aldao, artilheiro da Primera División Argentina)

  Difícil, mas não impossível. Ele tem 3 concorrentes pesadíssimos: O jovem Peyroteo, o centroavante austro-tchecoslovaco Bican e o húngaro Sárosi.

  Arsenio Erico foi campeão da Primeira Divisão Argentina, da Copa Ibarguren e da Copa Aldao. Marcou 43 gols em 30 jogos pela Primeira Divisão Argentina, 2 gols pela Copa Ibarguren vencida sobre o Rosario Central por 5 a 3 e também marcou contra o Penãrol na decisão da Copa Aldao vencida por 3 a 1. Infelizmente, não jogou a Copa do Mundo por estar fora do Paraguai e pela seleção paraguaia ser muito ruim. Vale lembrar que o campeonato argentino ainda era forte.

Arsenio Erico na capa do El Gráfico, 1938.

Erico em foto com dois de seus companheiros de equipe, 1938.


  Mesmo tendo conseguido ser finalmente campeão húngaro sendo o vice artilheiro com 29 gols e o líder de assistências com 12 assistências em 20 jogos, foi vice da Copa Mitropa pela segunda vez, desta vez sendo para o Slavia Praga de Josef Bican perdendo por 2 a 0 em sua própria casa, sendo o vice artilheiro com 7 gols e 1 assistência em 8 jogos. Foi sensacional pela Copa do Mundo na França, marcando em todos os jogos inclusive na final, perdida para a Itália por 4 a 2. Foi o vice artilheiro e um dos líderes de assistências com 5 gols e 3 assistências em 4 jogos.

Gyorgy Sárosi foi vice da Copa Mitropa de 1938 para o Slavia Praga de Josef Bican

e da Copa do Mundo de 1938 para a Itália de Silvio Piola e Giuseppe Meazza.


  Bican foi campeão da Copa Mitropa sendo o melhor jogador disparado com 10 gols marcados em 8 jogos (com destaque para os 9 a 0 em cima da Ambrosiana-Inter de Meazza em Praga, marcando 5 gols). Também foi o artilheiro da Primeira Liga Tchecoslovaca com 22 gols em 19 jogos, mas infelizmente foi vice. Não conseguiu a cidadania tchecoslovaca a tempo (ele era austríaco) e não participou da Copa do Mundo, em que a Tchecoslováquia foi eliminada para o Brasil de Leônidas nas quartas de final. Assim que conseguiu a cidadania, no mesmo ano, marcou 8 gols em 6 jogos pela Tchecoslováquia.

Josef Bican marcou 5 gols na goleada por 9 a 0 sobre a Ambrosiana-Inter de Meazza em Praga.

Giuseppe Meazza e Josef Bican apertando mãos antes do início da partida.


  Estreando no mundo do futebol aos 19 anos, Fernando Peyroteo foi o artilheiro isolado do Campeonato da Liga Portuguesa com assustadores 34 gols em 14 jogos, mas ainda assim não foi nem vice. Foi campeão da Taça de Portugal marcando 11 gols em 6 jogos, derrotando o Benfica por 3 a 1. Pela seleção portuguesa, marcou 1 gol em 3 jogos. O campeonato português, porém, era absurdamente mais fraco do que os outros.

Fernando Peyroteo, 1938.


  Darei o prêmio para Arsenio Erico, que era o melhor jogador das Américas. Nem me falem de Leônidas da Silva.

  Muito provavelmente a Tchecoslováquia chegaria na final da Copa do Mundo de 1938 se Josef Bican estivesse no time.

  No ano calendário de 1938, Peyroteo marcou 68 gols em 30 jogos e Gyula Zsengeller marcou 63 gols. Para mim, Gyula Zsengeller foi o melhor jogador do ano calendário de 1938, até por ter jogado muito na Copa de 1938 também.


Dados de: Sárosi (Ferencváros, centroavante/falso 9, 26 anos, húngaro, 33 partidas, 42 gols, 16 assistências, 4º lugar, campeão do Campeonato Húngaro, vice da Copa do Mundo e da Mitropa Cup, vice artilheiro do Campeonato Húngaro e da Mitropa Cup, chuteira e bola de bronze da Copa do Mundo, artilheiro da Copa Internacional Central Europeia, líder de assistências do Campeonato Húngaro e da Copa Internacional Central Europeia, vice líder de assistências da Copa do Mundo)

Peyroteo (Sporting, centroavante, 20 anos, português, 33 partidas, 58 gols, ?? assistências, campeão da Taça de Portugal e do Campeonato de Lisboa, vencedor da Bola de Prata, artilheiro da Taça de Portugal)

Bican (Slavia Praga, centroavante/segundo-atacante, 34 anos, tchecoslovaco/austríaco, 5º lugar, 34 partidas, 44 gols, ?? assistências, campeão da Mitropa Cup, vice da Liga Tchecoslovaca, artilheiro da Liga Tchecoslovaca e da Mitropa Cup)


1939

Escolhido: Arsenio Erico (River Plate, centroavante, 24 anos, paraguaio, 34 partidas, 46 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina, da Copa Ibarguren, da Copa Escobar e da Copa Aldao, artilheiro da Primera División Argentina)

Arsenio Erico tirando foto em frente a torcida, 1939.


  Foi incrível, mas Gyula Zsengellér foi melhor.

  Erico foi novamente campeão argentino sendo o artilheiro com 41 gols em 32 jogos. Também foi campeão da Copa Ibarguren, da Copa Escobar e da Copa Aldao jogando pra caralho nas três.

  Zsengellér foi campeão do Campeonato Húngaro com 56 gols em 26 jogos e da Copa Mitropa com 9 gols em 6 jogos. Acabou o caô. Zsengeller marcou 47 gols no ano calendário de 1939 enquanto Bican marcou 54 gols, e o número de gols do Erico obviamente não mudou. Para mim o húngaro era o melhor do mundo.

Elenco do Újpest campeão da Copa Mitropa de 1939 em cima do Ferencváros de Gyorgy Sárosi,

Gyula Zsengellér também jogou a famosa "ultima partida" contra a Polônia fora de casa perdida por 4 a 2, marcando nesse jogo.


Dados de: Zsengellér (Újpest, centroavante/segundo atacante, 24 anos, 2º lugar, húngaro, 40 partidas, 71 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Húngaro e da Mitropa Cup, artilheiro do Campeonato Húngaro e da Mitropa Cup, jogador do ano da federação húngara de futebol, artilheiro mundial)


1940

Escolhido: Leônidas da Silva (Flamengo, centroavante/segundo-atacante, 27 anos, brasileiro, 39 partidas, 51 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, vice do Campeonato Carioca, artilheiro e melhor jogador do Campeonato Carioca, artilheiro e melhor jogador do Torneio Rio-São Paulo)

Leônidas, 1940.


  Sim! Ele era o melhor jogador do mundo junto de Josef Bican.

  Leônidas da Silva não conseguiu repetir seu desempenho em 1938 no ano de 1939, mesmo tendo finalmente conquistado o Campeonato Carioca. Mas seu ano seguinte seria o melhor de toda a sua vida: Foi o artilheiro e o melhor jogador do Campeonato Carioca de 1940 com 30 gols em 24 jogos, mas ainda assim foi vice para o Fluminense mais uma vez. No Rio-São Paulo de 1940 ele foi avassalador marcando 13 gols em 7 jogos, com direito a marcar 6 na vitória por 9 a 1 contra a Portuguesa FORA DE CASA. O torneio foi cancelado na metade por desistência dos paulistas, mas o Flamengo terminou no topo junto do Fluminense. Pela seleção, Leônidas marcou 6 gols em 6 jogos, e apesar das diversas derrotas para Argentina e Uruguai, ele marcou em 5 dos 6 confrontos. Ah, e ele marcou 2 gols em 2 jogos pelo Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1940.

  Mesmo com o fato de que Bican jogou em uma liga enfraquecida pela anexação da Alemanha Nazista, ele ainda marcou 50 gols em 22 jogos.

  Peyroteo era o terceiro melhor jogador do mundo, com 56 gols em 32 jogos e sendo campeão da Primeira Divisão Portuguesa e da Taça de Portugal sendo o artilheiro de ambos. Ao meu ver o Leônidas foi levemente superior devido ao fato de jogar numa liga mais competitiva.

  Tecnicamente falando, Leonidas jogou 37 partidas e marcou 49 gols. Seus 2 jogos e 2 gols pelo Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1940 ocorreram em janeiro de 1941. Bican marcou 55 gols naquele ano.

Elenco do Slavia Praga, temporada 1939-40.


Dados de: Bican (Slavia Praga, centroavante/segundo-atacante, 27 anos, tchecoslovaco/austríaco, 26 partidas, 56 gols, ?? assistências, 2º lugar, campeão do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia, artilheiro do Campeonato do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia e artilheiro mundial)


1941

Escolhido: José Manuel Moreno (River Plate, meia-atacante/segundo-atacante, 25 anos, argentino, 34 partidas, 17 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina e da Copa América, vice artilheiro da Copa América)

José Manuel Moreno na capa do El Gráfico, 1941.


  Moreno foi ótimo, mas não acho que era o melhor do mundo. Sylvio Pirillo e Josef Bican estavam pau a pau um com o outro. O boludo marcou 14 gols em 28 jogos pela Primeira Divisão Argentina, números bons para um jogador que armava as jogadas do seu time e que jogava na liga mais forte do mundo, que era a argentina.

  Bican foi campeão nacional pela segunda vez pelo Slavia Praga, sendo também o artilheiro novamente com 38 gols em 22 jogos. Pelas copas nacionais, marcou 18 gols em 9 jogos ao todo, sendo campeão de todas elas.

Elenco do Slavia Praga, temporada 1940-41.

Foto tirada de Josef Bican durante a temporada 1940-41.


  O gaúcho Sylvio Pirillo foi vice campeão carioca com o Flamengo, mas foi o artilheiro isoladíssimo marcando assustadores 39 gols em 28 jogos. Pirillo também foi o protagonista da seleção do Distrito Federal (antiga cidade do Rio de Janeiro) no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais sendo o artilheiro da competição com 11 gols em 6 jogos, mas também foi vice para a seleção paulista.

Elenco do Flamengo no ano de 1941. Sylvio Pirillo é o terceiro agachado da esquerda para a direita.

Elenco da Seleção Carioca de 1941.


  Devido a suspensão do campeonato inglês e o enfraquecimento de vários outros campeonatos devido a Segunda Guerra Mundial, o campeonato carioca e o campeonato paulista ganharam mais valor. Dá até pra se dizer que os dois campeonatos juntos já eram mais fortes do que o campeonato uruguaio. Qualquer um dos dois que forem escolhidos já está de bom tamanho para mim, mas eu escolherei o Pirillo por ter jogado pelo Flamengo :3

  Outros dois bons atacantes com média absurda de gols devem ser honrosamente mencionados: O austríaco nacionalizado alemão Franz Binder e o português Fernando Peyroteo. Josef Bican foi meio decepcionante no ano calendário de 1941, marcando somente 36 gols.


Dados de: Bican (Slavia Praga, centroavante/segundo-atacante, 28 anos, tchecoslovaco/austríaco, 31/32 partidas, 56/60 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia, da Copa do Protetorado da Boêmia e Morávia e da Copa da Boêmia, artilheiro do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia e da Copa do Protetorado da Boêmia e Morávia, artilheiro mundial)

Pirillo (Flamengo, centroavante, 25 anos, brasileiro, 34 partidas, 52 gols, ?? assistências, 4º lugar, vice do Campeonato Carioca e do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, artilheiro do Campeonato Carioca e do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais)


1942

Escolhido: José Manuel Moreno (River Plate, meia-atacante/segundo-atacante, 26 anos, argentino, 39 partidas, 18 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina, vice da Copa América, artilheiro da Copa América)

José Manuel Moreno marcando gol em 1942.


  Moreno teve praticamente o mesmo desempenho do ano passado, sendo um pouco melhor devido a Copa América. Não acho que era o melhor do mundo também.

  Bican marcou 45 gols em 22 jogos pelo campeonato nacional e foi campeão, portanto, era o melhor jogador do mundo novamente. Peyroteo, que naquela mesma temporada marcou 52 gols em 26 jogos sendo 28 gols em 12 jogos da liga portuguesa, era o segundo melhor jogador do mundo, pois não foi o artilheiro da liga nacional e nem foi campeão de título algum.

Elenco do Slavia Praga na temporada 1941-42. Bican é o primeiro jogador em pé da esquerda para a direita.


  Tinha muito nego bom jogando na América Latina além do Charro Moreno. Tinha Atílio García, Bibiano Zapirain, Rinaldo Martino, Adolfo Pedernera, Obdulio Varela, dentre outros. Bican marcou 64 gols oficiais no ano calendário de 1942.


Dados de Bican: (Slavia Praga, centroavante/segundo-atacante, 29 anos, tchecoslovaco/austríaco, 30 partidas, 63 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia e da Copa do Protetorado da Boêmia e Morávia, artilheiro do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia e da Copa do Protetorado da Boêmia e Morávia, artilheiro mundial)


1943

Escolhido: Severino Varela (Boca Juniors, segundo atacante, 30 anos, argentino, 24 partidas, 20 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina)

Severino Varela, 1943.


  Também não. Mesmo o campeonato argentino sendo o campeonato mais forte dessa época devido aos fatores políticos com Severino Varela dando o título da liga argentina de forma surpreendente contra o River Plate marcando 20 gols em 24 jogos, ainda acredito que ele não era o melhor do mundo. Mas ainda assim foi o grande nome do Boca Juniors na conquista do Campeonato Argentino de 1943 ao lado de Mario Boyé, ponta-direita do time.

  Bican, marcou 39 gols em 20 partidas pela liga e foi tricampeão nacional. Também marcou 59 gols no ano calendário de 1943. Próximo!

Elenco do Slavia Praga tetracampeão da liga nacional, temporada 1942-43.


Dados de: Bican (Slavia Praga, centroavante/segundo-atacante, 29 anos, tchecoslovaco/austríaco, 24 partidas, 46 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia, artilheiro do Campeonato do Protetorado da Boêmia e Morávia, artilheiro mundial)


1944

Escolhido: Zizinho (Flamengo, meia-atacante/segundo-atacante, 23 anos, brasileiro, 23, partidas, 9 gols, campeão do Campeonato Carioca e do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais)

Zizinho, tri-campeão carioca, em 1944.


  Como???? Não esteve nem na lista de artilheiros do Campeonato Carioca. Marcou somente 8 gols em 18 jogos e também não foi o protagonista do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais e nem jogou a Copa América de 1944 devido a um terremoto na cidade de San José. Eu acredito que o Zizinho não era nem o melhor jogador do Brasil, este posto quem ocupava era o Ademir de Menezes, até porque muitos dizem que a final do Campeonato Carioca de 1944 foi roubada do Vasco e dada para o Flamengo, sem falar que quem levou a seleção carioca ao título de 1944 foi o Ademir, sendo o vice artilheiro da competição com 6 gols.

  Mesmo sendo vice dessa vez, Bican ainda marcou 57 gols em 26 jogos pela liga nacional. Foda-se, vou pra 1945.

Josef Bican entrando para jogar o "Derby do S" entre Slavia e Sparta Praga pela temporada 1943-44.


  Apesar da última partida de Josef Bican ter sido em 04/08/1944 devido ao cancelamento da liga na temporada 1944-45, ele ainda marcou 47 gols ao todo no ano calendário de 1944. Se tivesse jogado até dezembro, teria chegado no mínimo aos 60 gols.

Dados de: Bican (Slavia Praga, centroavante/segundo-atacante, 31 anos, tchecoslovaco/austríaco, 32 partidas, 76 gols, ?? assistências, vice da Primeira Liga Tchecoslovaca, artilheiro da Primeira Liga Tchecoslovaca e artilheiro mundial)


1945

Escolhido: Rinaldo Martino (San Lorenzo, meia-atacante/segundo-atacante 24 anos, argentino, 38 partidas, 25 gols, ?? assistências, campeão da Copa América)

Rinaldo Martino sendo carregado pelos jogadores e pela torcida argentina após ser o herói do título da Copa América de 1945.


  Não, Rinaldo Martino também não. Há opções melhores, como Telmo Zarra, Angel Labruna e Gyula Zsengeller. Josef Bican não irá dar as caras pois não houve campeonato nacional para ele naquela temporada, foi cancelado.

  Rinaldo Martino e Norberto Méndez foram os heróis da argentina na Copa América de 1945, com Norberto Méndez espancando o Brasil com um triplete no penúltimo jogo e Rinaldo Martino marcando o gol do título contra o Uruguai, na vitória por 1 a 0. Rinaldo marcou 4 gols em 6 jogos pela Copa América, e 6 gols em 8 jogos ao todo pela seleção argentina. Pela liga argentina, marcou 19 gols em 30 jogos.

  Zarra foi o artilheiro da LaLiga 1944-45 com 20 gols em 26 jogos, mesmo com o Athletic Bilbao ficando em sexto. Seu desempenho na Copa do Rei foi bem melhor, sendo campeão e artilheiro com 14 gols em 9 jogos, marcando o 1 a 1 contra o Valência aos 21 minutos do primeiro tempo antes de ser expulso aos 41 minutos do segundo tempo. Pela seleção espanhola, marcou 2 gols em 2 jogos.

Rosto de Telmo Zarra em um joguinho de tabuleiro/cartas, 1945.


  Ángel Labruna era o melhor jogador das Américas, mesmo não tendo jogado a Copa América de 1945 em janeiro/fevereiro. Foi campeão e artilheiro da Primeiro Divisião Argentina com 25 gols em 29 jogos. Venceu também a Copa Aldao em cima do Peñarol marcando todos os gols do River Plate tanto na ida quanto na volta, terminando então com 5 gols em 2 jogos. A Wikipédia espanhola diz que ele marcou outros 3 gols em 2 jogos de alguma copa nacional, mas eu não consegui encontrar o torneio que era... Pela seleção, marcou 1 gol em 3 jogos.

Labruna vs Araguez, 1945.

   Gyula Zsengeller foi quem teve os melhores números. Juntando sua temporada de 1945 e o ano de 1945 da sua temporada 1945-46, ele teve 37 partidas e 59 gols feitos. Muito bom!

  A briga fica entre Labruna e Zsengeller devido ao fato de que eu julgo que um era o melhor jogador das América e o outro era o melhor jogador da Europa. Mas apesar da liga argentina ser a mais forte do mundo, a diferença de média de gols de um para o outro é enorme.


Dados de: Zarra (Athletic Bilbao, centroavante, 24 anos, espanhol, 37 partidas, 36 gols, ?? assistências campeão da Copa del Rey, vencedor do Troféu Pichichi e artilheiro da Copa del Rey)

Labruna (River Plate, segundo-atacante, 27 anos, argentino, 36 partidas, 34 gols, ?? assistências, 5º lugar, campeão da Primera División Argentina e da Copa Aldao, artilheiro da Primera División Argentina e da Copa Aldao)

Zsengeller (Újpest, centroavante/segundo-atacante/meia-atacante/centroavante, 30 anos, húngaro, 37 partidas, 59 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Húngaro, artilheiro do Campeonato Húngaro, artilheiro mundial)


1946

Escolhido: René Pontoni (San Lorenzo, centroavante, 26 anos, argentino, 27 partidas, 20 gols, campeão da Primera División Argentina e da Copa América)

René Pontoni junto de Rinaldo Martino e Armando Farro, em 1946.


  COMO que Ferenc Deák ficou só em quinto?

  René Pontoni foi campeão argentino ao lado de Armando Farro e Rinaldo Martino e ficou entre os artilheiros com 20 gols em 25 jogos. Foi campeão da Copa América sendo reserva, jogando 2 jogos e não marcando gol.

  Tendo jogado 34 jogos pelo Campeonato Húngaro, Deák marcou assustadores 66 gols jogando por um time fraquíssimo. Não preciso nem mostrar os números dele por seleção. No ano calendário, marcou 68 gols em 37 jogos. 

Ferenc Deák, 1946.


Dados de: Deák (Szentlôrinci, centroavante, 25 anos, húngaro, 36 partidas, 71 gols, ?? assistências, 5º lugar, artilheiro do Campeonato Húngaro, artilheiro mundial, jogador do ano da federação húngara de futebol)


1947

Escolhido: José Manuel Moreno (River Plate, meia-atacante, 31 anos, argentino, 36 partidas, 13 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Argentina, da Copa América e da Copa Aldao, melhor jogador da Copa América)

José Manuel Moreno e o jovem Alfredo di Stéfano juntos em 1947.

O poderoso ataque da Argentina na Copa América de 1947.


  NUNCA. José Manuel Moreno não era nem o melhor jogador argentino (Di Stéfano era disparado o melhor), e há tantos jogadores que foram superiores a ele esse ano que eu nem vou me esforçar para mostrar as suas estatísticas, até porque estou escrevendo isso as 00:16 e eu tenho que acordar as 08:00 amanhã. Enfim: O prêmio fica entre Ferenc Deák, Valentino Mazzola e Alfredo di Stéfano. Menções honrosas para Ferenc Puskás e Fernando Peyroteo.

  Mesmo seu time não ficando nem no Top 5 do Campeonato Húngaro, Deák foi o artilheiro isolado com 48 gols em 33 jogos, na frente até de Puskás, que marcou 32 em 29. Pela Copa Balcã, foi campeão e artilheiro com 5 gols, marcando 4 contra a Bulgária na vitória por 9 a 0. Era novamente o artilheiro do mundo. Pelo ano calendário, ele era o melhor também.

Hungria 9 x 0 Bulgária, 4 gols de Ferenc Deák.


  Valentino Mazzola teve a melhor temporada da carreira. Foi o artilheiro isolado da Serie A 1946-47 com 29 gols em 38 jogos, sendo campeão. Pela seleção italiana, marcou 1 gol em 4 jogos. Seus números no ano calendário de 1947 não mudaram.

Valentino Mazzola contra a Hungria, 1947. A Itália ganhou este jogo por 3 a 2.


  Alfredo di Stéfano era o melhor jogador das Américas, e jogava ao lado de vários craques no River Plate dos anos 40. Foi o artilheiro isolado da liga argentina de 1947 com 27 gols em 30 jogos, sendo campeão com folga de 6 pontos diante do Boca. Marcou 1 gol em 2 jogos pela Copa Aldao disputada contra o Nacional do Uruguai, sendo campeão. Foi o artilheiro da argentina na Copa América de 1947 ao lado de Norberto Méndez, marcando 6 gols em 6 jogos. Terminou como o campeão também.

  Os três ocupavam estilos diferentes de jogo. Deák era um centroavantão sem habilidade, velocidade ou capacidade de passe, mas com um bom físico e um ótimo faro de gol por um time extremamente fraco. Alfredo di Stéfano, apesar de ser centroavante, poderia atuar como um falso 9 e criar jogadas para José Manuel Moreno e Ángel Labruna. Inclusive, o estilo de jogo de Di Stéfano foi muito inspirado no de Moreno. Mazzola atuava onde quisesse, seu estilo era como o de um meia-atacante. Para mim, Mazzola era o melhor jogador do mundo.

  Muitos jogadores foram bons no ano calendário de 1947. Deák marcou 48 gols em 33 jogos, Mazzola marcou 30 gols em 42 jogos, Di Stéfano marcou 34 gols em 38 jogos e Puskás marcou 47 gols em 36 jogos. Deák era quem jogava no clube mais fraco, mas para mim o Mazzola ainda foi melhor. Vale mencionar a excelente temporada de Josef Bican, onde o mesmo marcou 49 gols em 28 jogos. Pelo ano calendário, porém, marcou só 30 gols.


  Pronto, vou sair do Notebook. São 00:20 agora, vou desligar o Notebook e dormir daqui algum tempo. Até amanhã!


Dados de: Deák (Szentlôrinci, centroavante, 26 anos, húngaro, 33? partidas, 53 gols, campeão da Copa Balcã, artilheiro do Campeonato Húngaro e da Copa Balcã, artilheiro mundial)


Alfredo di Stéfano (River Plate, centroavante/falso 9, 21 anos, argentino, 38 partidas, 34 gols, ?? assistências, 5º lugar, campeão da Primera División Argentina, da Copa Aldao e da Copa América, artilheiro da Primera División Argentina, vice artilheiro da Copa América)


Valentino Mazzola (Torino, meia-atacante, 28 anos, italiano, 42 partidas, 30 gols, ?? assistências, 2º lugar, campeão da Serie A, artilheiro da Serie A)


1948

Escolhido: Stanley Matthews (Blackpool, ponta-direita, 33 anos, inglês, 45 partidas, 2 gols, ?? assistências, campeão da British Home Championship, vice da FA Cup, futebolista do ano da FWA)

Stanley Matthews vencendo o prêmio de futebolista do ano da FWA 1947-48.


  Primeiramente, bom dia! Já são 08:46 da manhã :). Segundamente, qual o critério que esse retardado desse gringo usou para dar os prêmios mesmo? Ignorou totalmente o Puskás, que não ficou nem no Top 3.

  Matthews foi vice da FA Cup tendo jogado 6 jogos sem fazer nenhum gol e ganhou o prêmio de Futebolista do Ano da FWA tendo marcado somente 1 gol em 33 jogos e seu time tendo ficado em nono lugar. Não devia nem ser Top 30. Não vou nem citar o desempenho dele pela seleção.

  Puskás, mesmo tendo ficado somente em quarto no Campeonato Húngaro, foi o artilheiro isolado com 50 gols e 9 assistências em 31 jogos. Pela seleção húngara, jogou 6 jogos e marcou 7 gols e 5 assistências. Números excelentes. Pelo ano calendário, o húngaro marcou 47 gols em 35 jogos, mas Ferenc Deák marcou 61 gols em somente 37 jogos.

O jovem Ferenc Puskás no ano de 1947 (provavelmente pela temporada 1947-48).


  Nunca que eu vou colocar um ponta que marcou só 1 gol em toda a temporada como o melhor jogador do mundo, mesmo jogando numa liga forte como a inglesa. Mazzola jogou muito na temporada e no ano também.


Dados de: Puskás (Kispest, segundo-atacante/meia-atacante, 21 anos, húngaro, 37 partidas, 57 gols, 15+ assistências, artilheiro do Campeonato Húngaro, vencedor da Chuteira de Ouro do Mundo)


1949

Escolhido: Ademir de Menezes (Vasco da Gama, segundo-atacante/centroavante, 27 anos, brasileiro, 25 partidas, 38 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Carioca e da Copa América, artilheiro da Copa América e do Campeonato Carioca, melhor jogador da Copa América e do Campeonato Carioca) 

Vasco campeão do campeonato carioca de 1949. Ademir de Menezes é o segundo agachado da esquerda para a direita.

Ademir de Menezes tirando foto com Zizinho e outro companheiro de equipe pela Copa América de 1949.

  Uma de minhas fontes diziam que ele marcou 54 gols em 49 jogos esse ano, mas a mais confiável era de 52 gols em 41 jogos, apesar de eu ter encontrado somente 25 partidas oficiais e 38 gols marcados.

  Mesmo jogando em uma liga forte e sendo a principal estrela do Vasco, tanto Ferenc Puskás quanto Ferenc Deák, que também estavam jogando em uma liga decente, foram melhores do que ele. Mas irei falar só do Deák.

  Ademir de Menezes foi disparado o melhor jogador do Campeonato Carioca em que o Vasco foi campeão invicto com 18 vitórias e 2 empates em 20 jogos, sendo o artilheiro isolado com 31 gols em 20 jogos. Foi eleito o melhor jogador da Copa América, sendo o campeão e o vice artilheiro com 7 gols em 5 jogos, marcando um triplete na finalíssima contra o Paraguai vencida por 7 a 0.

  Sendo o novo protagonista do Ferencváros, Deák foi o artilheiro e campeão do Campeonato Húngaro com 59 gols em 30 jogos (Puskás marcou 46 em 28, e também foi assustador considerando o fato de que ele também era um jogador criativo ao contrário de Deák que era mais um pivozão). Pela Hungria também foi muito bem: 11 gols em 8 jogos.

Ferenc Deák, 1949.


  Déak marcou 70 gols ao todo mesmo tendo jogado menos de 40 partidas. Justo. No ano calendário, marcou 59 gols em 40 jogos.

  Fernando Peyroteo, que se aposentou neste mesmo ano aos 31 anos, também foi tão bom quanto. Ademir na verdade marcou 40 gols em 27 jogos, porque o primeiro jogo do Vasco no Rio-São Paulo de 1950 se passsou em dezembro de 1949.


Dados de: Deák (Ferencváros, centroavante, 27 anos, húngaro, 38 partidas, 70 gols, 2º lugar, campeão do Campeonato Húngaro, artilheiro do Campeonato Húngaro, artilheiro mundial)


1950

Escolhido: Ademir de Menezes (Vasco da Gama, centroavante/segundo-atacante, 28 anos, brasileiro, 40 partidas, 49 gols, 6+ assistências, campeão do Campeonato Carioca e do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, vice do Torneio Rio-São Paulo e da Copa do Mundo, artilheiro do Campeonato Carioca, melhor jogador do Campeonato Carioca, chuteira de ouro da Copa do Mundo, bola de bronze da Copa do Mundo, vice artilheiro do Torneio Rio-São Paulo)

Ademir de Menezes, 1950.

Ademir passou em branco contra o Uruguai, infelizmente.


  Infelizmente para nós, brasileiros, os húngaros iriam continuar dominando o futebol mundial. E dessa vez Ferenc Puskás seria novamente o melhor jogador do mundo.

  Ademir teve outro ano bom, sendo bicampeão carioca e o artilheiro com 25 gols em 19 jogos. O Vasco foi vice do Torneio Rio-São Paulo para o Corinthians e o Queixada foi o vice artilheiro com 8 gols em 7 jogos. Pela Copa do Mundo, foi sem dúvidas o melhor jogador daquela competição sendo o artilheiro com 8 gols e 6 assistências em 6 jogos, mas ainda foi uma das vítimas do Maracanazo. Ao todo, marcou 14 gols em 9 jogos pela seleção brasileira naquele ano. Pela seleção carioca, foi campeão brasileiro marcando 2 gols em 5 jogos.

  É complicado de explicar, mas Puskás jogou o Campeonato Húngaro da temporada 1949-50 e o do ano de 1950, devido a revolução comunista de 1949 na Hungria. Devido a essa bagunça, terei de analisar suas partidas pelo ano e não pela temporada. 

  Na parte de 1950 da temporada 1949-50, Puskás marcou 15 partidas em 21 gols. Na temporada de 1950 foram 25 gols e 8 assistências em 15 jogos. A Hungria não quis participar da Copa do Mundo, mas com certeza seria uma das favoritas. Por seleção, Puskás jogou 6 jogos e marcou 12 gols e 3 assistências.

  Escolho o Puskás por uma margem pequena. Tadinho do Ademir :(

  No ano calendário do Ademir, ele jogou 2 jogos a menos e marcou 4 gols a menos. O primeiro jogo do Vasco no Rio-São Paulo de 1950 se passou em dezembro de 1949 e o jogo decisivo do título Campeonato Carioca de 1950 entre Vasco e América se passou em 28 de janeiro de 1951.

Ferenc Puskás, temporada 1949-50.


Dados de: Puskás (Budapesti Honvéd, meia-atacante/segundo-atacante, 23 anos, húngaro, 2º lugar, 36 partidas, 58 gols, 11-29 assistências, campeão do Campeonato Húngaro duas vezes, artilheiro do Campeonato Húngaro duas vezes, jogador do ano da federação húngara de futebol, artilheiro mundial)


1951

Escolhido: Gunnar Nordahl (Milan, centroavante, 30 anos, sueco, 39 partidas, 38 gols, ?? assistências, campeão da Serie A e da Copa Latina, artilheiro da da Serie A e da Copa Latina)

Nordahl no dérbi de Milão, temporada 1950-51.


  Esse ano aqui foi o mais equilibrado de todos, pois tinha 6 concorrentes à altura do sueco: Telmo Zarra, espanhol do Athletic Bilbao; Refik Resmja, albanês do Partizani Tirana; Alfredo di Stéfano, argentino naturalizado colombiano do Millionarios; Os húngaros Sándor Kocsis e Ferenc Puskás, do Budapest Honvéd e o húngaro nascido na França, István Nyers.

  Gunnar Nordahl, jogando na liga mais forte do mundo na época (ao meu ver), foi o artilheiro e campeão italiano com 34 gols em 37 jogos. Pela Copa Latina, foi o artilheiro e campeão com 4 gols em 2 jogos, marcando um triplete na final contra o Lille vencida por 5 a 0. Aí você me pergunta: Como ele não era o melhor do mundo? Bom, olhe o resto.

  Zarra, mesmo vendo seu time ficar só em sétimo no espanhol, o ajudou a ter o melhor ataque com 88 gols em 30 jogos. Desses 88 gols, Zarra marcou 38 em 30 jogos e venceu o Troféu Pichichi. Também foi o artilheiro da Copa do Generalíssimo com 8 gols em 6 jogos. Pela Espanha, jogou 3 jogos e marcou 6 gols. A LaLiga, porém, era mais fraca do que a Serie A, apesar de ser a segunda melhor liga da Europa Latina.

Telmo Zarra, 1950-51.


  Resmja é único aqui que eu tenho certeza ABSOLUTA que ninguém nunca ouviu falar. Pela Categoria Superior Albanesa, marcou assustadores 59 gols em 23 jogos, mas ainda assim foi vice para o Dinamo Tirana, sendo também vice para o mesmo na Copa Albanesa, onde foi o artilheiro também. Só foi estrear pela Albânia, que era dominada por um regime comunista, no ano seguinte.

Refik Resmja, 1951


  Di Stéfano já não estava mais em uma das principais ligas do mundo, pois largou o River Plate no meio do ano 1949 para ganhar rios de dinheiro, jogando junto de Adolfo Pedernera e Néstor Rossi, jogadores com quem já jogou no River e na seleção argentina. Junto deles, formou um dos melhores times do mundo e o melhor da América Latina. Ainda assim, foi o artilheiro e um dos líderes de assistências da liga colombiana com 31 gols e 13 assistências em 34 jogos.

Alfredo di Stéfano com seus companheiros na Bolívia, em 1951.


  Puskás e Kocsis foram vice campeões nacionais para o Budapesti Bastya de Nándor Hidegkuti, mas ainda eram os melhores em território húngaro. Puskás marcou 21 gols em 21 jogos e Kocsis marcou 30 gols em 26 jogos pelo Campeonato Húngaro, com Kocsis terminando como artilheiro. Pela Copa Húngara, Kocsis marcou 3 num jogo e Puskás marcou 4 gols em 2 jogos. Pela seleção, Puskás marcou 3 gols em 4 jogos e Kocsis marcou 6 gols em 3 jogos.

  István Nyers foi, para muitos, o melhor jogador da Serie A daquela temporada junto de Nordahl. Foi vice-campeão e vice-artilheiro da Serie A com 31 gols em 36 jogos.

István Nyers, em 1951.


  O grande técnico da Hungria dos anos 50, Guzstáv Sebes, disse que Refik Resmja era digno de jogar ao lado de Ferenc Puskás. Ele foi o artilheiro mundial disparado, porém jogava numa liga de merda. Difícil demais de analisar um cara com uma média de quase 3 gols por jogo sendo que o mesmo joga numa liga bairrista. Então eu excluo ele e também excluo István Nyers, pois julgo que o mesmo foi inferior a Gunnar Nordahl.

  Kocsis teve números levemente melhores que os de Puskás, porém Puskás jogava mais recuado e tinha mais habilidade e visão de jogo, então eu o ponho como melhor que Kocsis. Também o classifico como um jogador superior ao Di Stéfano, considerando o nível da liga de cada um. Nordahl, apesar de ter bem menos habilidade e visão de jogo, era talvez o jogador mais forte do mundo, além de sua dominância dentro da área. Eu o julgo como sendo superior ao Puskás.

  Mesmo com tanto concorrente bom, incluindo o sueco do Milan, eu creio que Zarra ainda foi visivelmente superior individualmente. O cara foi o artilheiro da liga e da copa espanhola em um time que ficou em SÉTIMO na liga, de tão ruim. Ainda por cima o time dele teve o melhor ataque do campeonato, e quase chegou na final da Copa do Generalíssimo. Sem falar o desempenho assustador que teve pela seleção espanhola.

  De todos os 7 concorrentes, 4 tiveram suas temporadas jogadas dentro do ano calendário. Gunnar Nordahl marcou 30 gols em 37 jogos pelo ano calendário de 1951, enquanto Nyers marcou 32 gols em 32 jogos e Zarra marcou 38 gols em 28 jogos. Zarra esteve lesionado durante quase todo o segundo trimestre de 1951, então eu acho que Nordahl foi o melhor jogador do ano calendário de 1951. Não por muito, os outros tiveram anos tão bons quanto o dele.
  

Dados de: Zarra (Athletic Bilbao, centroavante, 29 anos, espanhol, 39 partidas, 52 gols, 1+ assistências, vencedor do Troféu Pichichi, artilheiro da Copa del Generalissimo)

Refik Resmja (Partizani Tirana, centroavante/segundo atacante, 20 anos, albanês, 23+ partidas, 65 gols, ?? assistências, vice da Superliga Albanesa e da Copa Albanesa, artilheiro da Superliga Albanesa e da Copa Albanesa, artilheiro mundial)

Alfredo di Stéfano (Millionarios, centroavante/falso 9, 25 anos, argentino/colombiano, 34 partidas, 31 gols, 13 assistências, campeão do Campeonato Colombiano, artilheiro do Campeonato Colombiano

Ferenc Puskás (Budapest Honvéd, meia-atacante/segundo-atacante, 24 anos, 26 partidas, 28 gols, 17 assistências, vice do Campeonato Húngaro)

Sándor Kocsis (Budapest Honvéd, segundo-atacante, 23 anos, 30 partidas, 39 gols, 15 assistências, vice do Campeonato Húngaro, artilheiro do Campeonato Húngaro)

István Nyers (Inter Milano, ponta-esquerda, 27 anos, 5º lugar, 36 partidas, 31 gols, ?? assistências, vice da Serie A, vice artilheiro da Serie A)


1952


Escolhido: Laszló Kubala (Barcelona, segundo atacante/meia-atacante, 25 anos, húngaro/tchecoslovaco) 28 partidas, 39 gols, ?? assistências, campeão da LaLiga, da Copa del Generalissimo, da Copa Latina e da Copa Eva Duarte, artilheiro da Copa del Generalissimo, vice artilheiro da LaLiga)

  Fica entre ele e o Kocsis.

  Laszló Kubala, primeiramente, foi campeão de tudo que disputou: LaLiga, Copa do Generalíssimo, Copa Eva Duarte e Copa Latina. Jogando somente 19 jogos pela LaLiga, marcou 26 gols e terminou como o vice artilheiro. Pela Copa do Generalíssimo, foi o artilheiro isolado com 12 gols em 7 jogos, marcando na final contra o Valencia vencida por 4 a 2. Pela Copa Latina, jogou 2 jogos e marcou 1 gol contra a Juventus na semifinal vencida por 4 a 2. Não jogou as Olimpíadas de Helsinki devido ao fato de estar jogando fora da Hungria após ter fugido dos comunistas em 1949 e ter se refugiado na Catalunha.


Laszló Kubala, fotos da temporada 1951-52 e do ano de 1952.


  Sándor Kocsis, junto com Puskás, Hidegkuti, Bozsik, Grosics, Czibor e cia, acabou ficando na Hungria ao contrário de Kubala. Foi campeão invicto do Campeonato Húngaro sendo artilheiro com 36 gols em 26 jogos. Pela Copa Húngara, foi o artilheiro com 13 gols em 3 jogos. Jogou as Olimpíadas e foi campeão sendo o vice artilheiro com 6 gols em 5 jogos, marcando em todos exceto na final contra a Iugoslávia, vencida por 2 a 0. Ao todo, marcou 16 gols em 12 jogos pela seleção húngara naquele ano.

Kocsis treinando com Puskás e Gyula Grosics nas Olimpíadas de Helsinki, 1952.


  Ao meu ver, Kocsis foi melhor. Puskás era o terceiro melhor jogador do mundo se considerada a temporada, e o segundo melhor se considerado o ano calendário, já que Kubala esteve lesionado tanto em parte do primeiro semestre de 1952 quanto no segundo.


Dados de: Kocsis (Budapest Honvéd, segundo-atacante, 23 anos, 3º lugar, húngaro, 41 partidas, 65 gols, ?? assistências, campeão invicto do Campeonato Húngaro e dos Jogos Olimpicos, artilheiro do Campeonato Húngaro e da Magyar Kupa, vice artilheiro dos Jogos Olimpicos)


1953


Escolhido: Ferenc Puskás (Budapest Honvéd, meia-atacante/segundo-atacante, 26 anos, húngaro, 36 partidas, 45 gols, 37+ assistências, campeão da Copa Internacional Central Europeia, vice do Campeonato Húngaro, artilheiro do Campeonato Húngaro, da Copa Internacional Central Europeia e da Magyar Kupa, jogador do ano da World Soccer, líder isolado de assistências do Campeonato Húngaro)

  Justo demais.

  Mesmo sendo vice do Campeonato Húngaro para o Voros Lobogó de Nándor Hidegkuti, Puskás foi o artilheiro da liga húngara com 27 gols em 26 jogos. Pela Copa Húngara, foi o artilheiro com 12 gols em 3 jogos. Por último, foi o campeão da Copa Internacional Central Européia sendo o artilheiro com 10 gols e marcando no último jogo contra a Itália vencido por 3 a 0 fora de casa. Em geral, jogou 7 jogos e marcou 6 gols e 5 assistências pela Hungria naquele ano, incluindo 1 gol (um golaço, inclusive) e 2 assistências contra a Inglaterra no jogo do século em Wembley, vencido por 6 a 3.

  Sem mais.

Ferenc Puskás, 1953.


1954

Escolhido: Sándor Kocsis (Budapest Honvéd, segundo-atacante/centroavante, 25 anos, húngaro, 45 partidas, 69 gols, 1+ assistências, campeão do Campeonato Húngaro, vice da Copa do Mundo, jogador do ano da federação húngara de futebol, chuteira de ouro da Copa do Mundo, bola de prata da Copa do Mundo, artilheiro do Campeonato Húngaro e da Magyar Kupa)

  Também foi justíssimo.

  Foi novamente campeão húngaro sendo o artilheiro com 33 gols em 26 jogos, e novamente artilheiro da Copa Húngara com 13 gols em 5 jogos. Pela Copa do Mundo foi sem dúvidas o melhor jogador, marcando 11 gols e 1 assistência em 5 jogos, marcando em todos os jogos exceto na final em que houve o Desastre de Berna, em que a favorita Hungria perdeu para a Alemanha de virada por 3 a 2. Ao todo, Kocsis marcou 23 gols em 14 jogos pela Hungria naquele ano.

  69 gols em um ano. Bom demais.

Kocsis marcando 2 contra o Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo de 1954.

Kocsis, 1954.

  
  No ano calendário de Kocsis, ele jogou uma partida a menos e marcou dois gols a menos. A última rodada do Campeonato Húngaro de 1954 foi em 5 de janeiro de 1955.


1955

Escolhido: Ferenc Puskás (Budapest Honvéd, meia-atacante, 28 anos, húngaro, 48 partidas, 35 gols, 36+ assistências, campeão do Campeonato Húngaro, vice da Magyar Kupa, líder isolado de assistências do Campeonato Húngaro)

Puskás, 1955.


  Sim. Puskás ainda era um dos melhores jogadores do mundo, apesar de que o domínio húngaro seria encerrado por Di Stéfano e pelo Real Madrid dos anos 50. Apesar disso, devo citar os números do Di Stéfano.

  Puskás foi campeão húngaro marcando 18 gols em 26 jogos, e pela Copa Húngara, marcou 4 gols em 6 jogos. Pela Copa Mitropa, caiu nas semifinais para o Voros Lobogó de Hidegkuti, marcando 4 gols em 4 jogos. Pela seleção húngara, marcou 10 gols e 6 assistências em 12 jogos. O Campeonato Húngaro já começaria a perder e muito a sua força após o desastre na Copa do Mundo de 1954 e devido ao domínio da União Soviética sobre a Hungria na revolução de 1956.

  Di Stéfano foi campeão espanhol e da Copa Latina pelo Real Madrid, sendo o vice artilheiro da LaLiga com 25 gols em 30 jogos e jogando 2 jogos sem marcar pela Copa Latina. Não jogava pela Argentina desde 1947, e só voltaria a jogar um jogo oficial por uma seleção em 1957.

  Descobri recentemente esse número de assistências do Puskás após atualização da Wikipédia. Impressionante.
Alfredo di Stéfano carregando o troféu da LaLiga 1954-55.

  
  No ano calendário de 1955, Puskás jogou uma partida a mais. A última partida do Campeonato Húngaro de 1954 foi jogada em 05/01/1955.


Dados de: Di Stéfano (Real Madrid, centroavante/falso 9, 29 anos, argentino/colombiano, 32 partidas, 25 gols, ?? assistências, campeão da LaLiga e da Copa Latina, vice artilheiro da LaLiga)


  Dessa vez é a Bola de Ouro da France Football, a qual corrigirei unicamente de 1956 até 1990, e então a corrigirei junto com o prêmio de melhor jogador do ano da FIFA de 1991 até 2009.


1956

Escolhido: Stanley Matthews (Blackpool, ponta-direita, 41 anos, inglês, 42 partidas, 4 gols, 1+ assistências, campeão da British Home Championship, vice da First Division)

Stanley Matthews com o Ballon D'Or de 1956.


  Piada. P-I-A-D-A. Di Stéfano ainda era o melhor do mundo.

  Ao contrário de sua temporada 1947-48, Matthews foi pelo menos vice da Primeira Divisão Inglesa, marcando 3 gols em 36 jogos. Jogou só um jogo pela FA Cup, e sua melhor partida naquele ano foi o 4 a 2 da Inglaterra sobre o Brasil em Wembley, onde participou de todos os gols e deixou Nilton Santos no bolso. Em geral, Stanley Matthews marcou 1 gol em 5 jogos pela Inglaterra.

  Mesmo o Real Madrid tendo ficado somente em terceiro na LaLiga, Alfredo di Stéfano ainda venceu o Troféu Pichichi marcando 24 gols em 30 jogos. Pela Copa Europeia, foi campeão marcando 5 gols em 7 jogos, incluindo na final contra o Stade de Reims de Raymond Kopa. Por último, também foi campeão e artilheiro da Pequena Taça do Mundo de Clubes com 4 gols, onde participaram também Vasco, Roma e Porto.

Di Stéfano, 1956.



Di Stéfano >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Matthews

  Di Stéfano marcou 43 gols no ano calendário de 1956.


Dados de: Di Stéfano (Real Madrid, centroavante/falso 9, 30 anos, argentino/colombiano, 2º lugar, 43 partidas, 33 gols, ?? assistências, campeão da Copa Europeia e da Pequena Copa do Mundo de Clubes, vencedor do Troféu Pichichi, artilheiro da Pequena Copa do Mundo de Clubes)


1957

Escolhido: Alfredo di Stéfano (Real Madrid, centroavante/falso 9, 31 anos, espanhol/argentino, 50 partidas, 50 gols, ?? assistências, campeão da LaLiga, da Copa Europeia e da Copa Latina, vencedor do Troféu Pichichi, jogador e atleta espanhol do ano)

  A melhor temporada da carreira do Di Stéfano.

  Conseguiu ser campeão da LaLiga dessa vez, marcando 31 gols em 30 jogos e assim vencendo o Troféu Pichichi. Pela Copa do Generalissimo, marcou 3 gols em 3 jogos, e pela Copa Europeia, marcou 7 gols em 8 jogos, marcando de pênalti na final contra a Fiorentina de Botelho e Montuori em Madrid, onde foi campeão. Pela Copa Latina, marcou 2 gols em 2 jogos e foi campeão marcando o gol do título contra o Benfica de José Águas e Mário Coluna. Por último, estreou pela seleção espanhola e marcou 7 gols em 7 jogos.

  50 gols em 50 jogos ao todo, ganhando todos os títulos com exceção da Copa do Generalíssimo. Diferenciado. Marcou menos gols no ano calendário, sendo 41 gols em 48 jogos.

Di Stéfano marcando de pênalti na final da Copa Europeia 1956-57 contra a Fiorentina.

Di Stéfano com o Ballon D'Or de 1957.

Di Stéfano com o Troféu Pichichi de artilheiro da LaLiga 1956-57.


  Não se esqueçam que surgiu o Ballon D'Or Nouveau Palmarés, que corrigiria algumas premiações a favor dos não-europeus.


1958

Escolhido: Raymond Kopa (Pelé) (Santos, segundo atacante/centroavante, 18 anos, brasileiro, 53 partidas, 75 gols, 2+ assistências, campeão do Campeonato Paulista e da Copa do Mundo, artilheiro do Campeonato Paulista, melhor jogador jovem da Copa do Mundo, bola e chuteira de prata da Copa do Mundo)

  Foi aqui que Pelé nasceu para o futebol mundial, apesar de já se destacar desde os 15 anos.

  Pelé foi campeão paulista sendo o artilheiro com 58 gols em 38 jogos, e foi também o artilheiro do Santos no Torneio Rio-São Paulo. Pela Copa do Mundo, Pelé só foi ser titular pela primeira vez contra a União Soviética, dando uma assistência na vitória por 2 a 0. Foi campeão marcando um doblete na final contra a anfitriã Suécia, na goleada por 5 a 2. Marcou 6 gols e 1 assistência em 4 jogos e foi um dos melhores jogadores da competição (o terceiro melhor jogador ao meu ver, atrás de Raymond Kopa e Just Fontaine). Em geral, marcou 9 gols e 2 assistências em 7 jogos pelo Brasil.

  O cara marcou quase 80 gols nesse ano, e temos que considerar também que nessa época o campeonato paulista e o carioca estavam mais fortes do que nunca.

Pelé campeão paulista de 1958.

Pelé tirando foto com a taça Jules Rimet, 1958.

O Brasil goleou a Suécia por 5 a 2 na final da Copa do Mundo com 2 gols de Pelé, que caiu no choro.


1959

Escolhido: Alfredo di Stéfano (Pelé) (Santos, segundo-atacante/centroavante, 19 anos, brasileiro, 59 partidas, 69 gols, 5+ assistências, campeão do Torneio Rio-São Paulo e do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, vice da Taça Brasil, do Campeonato Paulista e da Copa América, artilheiro do Campeonato Paulista, melhor jogador da Copa América, artilheiro da Copa América, vice artilheiro do Torneio Rio-São Paulo)


  Pelé continuava sendo o melhor do mundo.

  Mesmo sendo vice do campeonato paulista para o Palmeiras perdendo por 2 a 1 no jogo final, ainda foi o artilheiro com 45 gols em 32 jogos. Pela Taça Brasil, foi vice para o poderoso Bahia de Léo Briglia (Itabunense, assim como o dono do blog :3), e marcou 2 gols em 4 jogos. Felizmente, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo sendo o vice artilheiro com 6 gols em 7 jogos, mas foi vice de mais um campeonato: Da Copa América para a Argentina, onde foi o melhor jogador e o artilheiro jogando 6 jogos e marcando 8 gols e 3 assistências. Em geral, jogou 9 jogos e marcou 11 gols e 5 assistências pelo Brasil. Foi campeão do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1959 também, marcando 5 gols em 7 jogos.

  Bora que dessa vez irei falar mal do Pelé. Antes disso, devo avisar que no ano calendário de 1959, Pelé jogou 10 partidas a menos e marcou 7 gols a menos. A melhor de 3 da final do Campeonato Paulista de 1959 rolou em janeiro de 1960 e a seleção paulista disputou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1959 de janeiro até fevereiro de 1960.

Pelé x Argentina, na final da Copa América de 1959.

Houve um amistoso entre os dois melhores jogadores do mundo esse ano, e Di Stéfano saiu com a melhor.



1960

Escolhido: Luis Suárez Miramontes (Pelé) (Santos, segundo atacante/centroavante, 20 anos, brasileiro, 39 partidas, 37 gols, 1+ assistências, campeão do Campeonato Paulista, artilheiro do Campeonato Paulista)

Pelé, 1960.


  Não entendi muito bem o porquê ele venceu nesse ano. Puskás voltou a se destacar no cenário mundial após sumir do futebol por uns 2 anos devido a revolução de 1956.

  Pelé conseguiu ser campeão paulista dessa vez, marcando 33 gols em 30 jogos e sendo o artilheiro. Pelo Torneio Rio-São Paulo, jogou 3 jogos e não marcou nenhum gol. Pelo Brasil, jogou 6 jogos e marcou 4 gols e 1 assistência. Pronto. Só isso. Isso foi o resumo de toda a temporada dele.

  Ferenc Puskás se tornou o protagonista do Real Madrid devido ao início do declínio de Alfredo Di Stéfano. Mesmo tendo sido vice do espanhol para o Barcelona de Evaristo de Macedo, Zoltán Czibor, Sándor Kocsis (esses últimos dois que conseguiram fugir da Hungria) e Luis Suárez Miramontes, venceu o Troféu Pichichi marcando 25 gols em 24 jogos. Pela Copa do Generalissimo, foi o artilheiro com 10 gols em 5 jogos, mas foi vice para o Atlético de Madrid perdendo de virada por 3 a 1 (Ele marcou um gol olímpico nesse jogo). Pela Copa Europeia, ajudou o Real Madrid a ser campeão pela quinta vez seguida sendo o artilheiro isolado com 12 gols em 7 jogos, com ele e Di Stéfano marcando todos os gols do Real Madrid na goleada de 7 a 3 sobre o Eintracht Frankfurt. Por último, foi campeão da Copa Intercontinental em cima do Peñarol de Pedro Rocha e Alberto Spencer, marcando 2 gols no jogo do título vencido por 5 a 1 em casa.

Puskás marcou 4 contra o Eintracht Frankfurt na final da Copa Européia 1959-60, vencida por 7 a 3.

Real Madrid pentacampeão europeu, 1960.

Ferenc Puskás e Alfredo di Stéfano marcaram todos os gols do Real Madrid nessa final.


  Enfim, não sei muito bem o porquê o Pelé foi o melhor do mundo esse ano, mas tanto faz. Já arrumei. Puskás teve praticamente a mesma quantidade de gols e partidas no ano calendário de 1960, tendo jogado somente uma partida a mais e marcado 1 gol a menos. Pelé jogou 10 partidas e mais e marcou 7 gols a mais no ano calendário também, como eu expliquei na premiação anterior.


Dados de: Puskás (Real Madrid, segundo-atacante/meia-atacante, 33 anos, húngaro, 2º lugar, 38 partidas, 49 gols, 26+ assistências, campeão da Copa Européia e da Copa Intercontinental, vice da LaLiga e da Copa del Generalissimo, vencedor do Troféu Pichichi, artilheiro da Copa Européia, artilheiro da Copa del Generalissimo, membro do World XI da World Soccer, líder de assistências da LaLiga)


1961

Escolhido: Omar Sívori (Pelé) (Santos, segundo atacante/centroavante, 21 anos, brasileiro, 38 partidas, 62 gols, ?? assistências, campeão da Taça Brasil e do Campeonato Paulista, artilheiro da Taça Brasil e do Campeonato Paulista, vice artilheiro do Torneio Rio-São Paulo, membro do World XI da World Soccer)

  Pronto, o mundo voltou ao normal.

  Pelé foi campeão do Campeonato Paulista novamente sendo o artilheiro com 47 gols em 26 partidas. Pelo Torneio-Rio São Paulo, foi o vice artilheiro com 8 gols em 7 jogos, atrás somente de Pepe e Coutinho. Pela Taça Brasil, foi campeão metendo um triplete na final contra o Bahia na Vila Belmiro, em jogo vencido por 5 a 1. Terminou como o artilheiro da Taça Brasil com 7 gols em 5 jogos.

  Alguma refutação?

Pelé, 1961.

Pelé e Julinho Botelho juntos na capa da Revista do Esporte, 1961.

Pelé comemorando a conquista da Taça Brasil de 1961 em cima do Bahia.

Pelé visitando a linha de montagem da Volkswagen em Wolfsburg, 1961.

Omar Sívori e Pelé tirando foto juntos, 1961.



1962

Escolhido: Josef Masopust (Garrincha) (Botafogo, ponta-direita, 29 anos, brasileiro, 44 partidas, 16 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Carioca, do Torneio Rio-São Paulo, da Copa Interestadual dos Clubes Campeões e da Copa do Mundo, vice da Taça Brasil, bola e chuteira de ouro da Copa do Mundo, melhor jogador da Taça Brasil, do Torneio Rio-São Paulo, da Copa Interestadual dos Clubes Campeões e do Campeonato Carioca, membro do World XI da World Soccer)

Pelé e Garrincha juntos na Copa do Mundo de 1962.

Garrincha marcando contra o Flamengo na final do Campeonato Carioca de 1962.


  Injusto. O verdadeiro melhor do mundo ainda era o Pelé, mesmo lesionado.

  Garrincha, porém, teve de longe a melhor temporada da carreira, sendo campeão de praticamente tudo que disputou com exceção da Taça Brasil. Foi campeão carioca marcando 8 gols em 20 jogos e foi eleito o melhor jogador, marcando dois no jogo final contra o Flamengo vencido por 3 a 0. Pelo Torneio Rio-São Paulo, marcou 2 gols em 7 jogos e foi campeão em cima do São Paulo por 3 a 1 sendo o melhor jogador. Também foi campeão da Copa dos Campeões Interestaduais sendo o melhor jogador, e por último, foi vice da Taça Brasil para o Santos de Pelé perdendo na finalíssima por 5 a 0 em pleno Maracanã. Mesmo jogando 5 jogos e não marcando nenhum gol, foi eleito o melhor jogador da competição também. Pela Copa do Mundo, assumiu o protagonismo após a lesão do Pelé e terminou como o artilheiro com 4 gols em 6 jogos, terminando também como o melhor jogador e campeão. Em geral, marcou 6 gols em 12 jogos pelo Brasil.

  Pelé também ganhou tudo esse ano com exceção do Torneio Rio-São Paulo. Primeiro, foi campeão paulista marcando 37 gols em 26 jogos. Na decisão da Taça Brasil, marcou 2 dos 5 gols do Santos sobre o Botafogo de Garrincha, Quarentinha, Amarildo, Mário Zagallo, Manga e Nilton Santos em pleno Maracanã na vitória por 5 a 0. Marcou só esses 2 gols em 5 jogos. Pela Libertadores, foi campeão marcando dois na final contra o Peñarol na vitória por 3 a 0 no jogo decisivo, sendo o vice artilheiro com 4 gols e 1 assistência em 4 jogos. Pela Copa Intercontinental, destruiu o Benfica de Eusébio e Coluna marcando 2 gols na vitória por 3 a 2 no jogo de ida e marcou um triplete e 2 assistências na goleada histórica por 5 a 2 em pleno Estádio da Luz no jogo de volta. Pela Copa do Mundo, ainda marcou 1 gol e 1 assistência em 2 jogos antes da lesão. Em geral, jogou 8 jogos e marcou 8 gols e 4 assistências pelo Brasil.

Pelé e Alberto Spencer na final da Copa Libertadores de 1962.

Eusébio e Pelé tirando foto juntos, 1962.

Os jogadores do Santos comemoram o título da Copa Intercontinental no vestiário do Estádio da Luz, em 1962.


  Garrincha era sim o melhor ponta-direita do mundo, mas a diferença entre ele e Pelé era a mesma do Benzema para o Lewandowski.

  Tanto o Pelé quanto o Garrincha jogaram 5 partidas a menos no ano calendário de 1962, já que a Taça Brasil daquele ano foi disputada de janeiro até abril de 1963. Pelé também teve dois gols a menos.


Dados: Pelé (Santos, segundo atacante/centroavante 22 anos, brasileiro, 45 partidas, 56 gols, 7+ assistências, campeão do Campeonato Paulista, da Taça Brasil, da Copa Libertadores, da Copa Intercontinental e da Copa do Mundo, artilheiro da Copa Intercontinental e do Campeonato Paulista, vice artilheiro da Copa Libertadores, membro do World XI da World Soccer)


1963

Escolhido: Lev Yashin (Pelé) (Santos, segundo atacante/centroavante, 23 anos, brasileiro, 43 partidas, 58 gols, 4+ assistências, campeão da Taça Brasil, da Copa Libertadores, da Copa Intercontinental e do Torneio Rio-São Paulo, artilheiro da Copa Intercontinental, da Taça Brasil, do Campeonato Paulista e do Torneio Rio-São Paulo, vice artilheiro da Copa Libertadores, membro do World XI da World Soccer)

  Sim, mas vale falar um pouquinho sobre o Lev Yashin aqui primeiro. Os números dele são assombrosos para um goleiro.

  Jogando pela Liga da Elite Soviética, ajudou o fraco Dinamo de Moscou a ser campeão soviético sofrendo somente 6 gols em 27 jogos e ficou 22 jogos sem tomar gols, ou seja: O FILHO DA PUTA FICOU 80% DAS PARTIDAS SEM TOMAR GOL NENHUM. Não é a toa que é considerado o melhor goleiro da história. Jogou 4 jogos pela União Soviética naquele ano, tomando 4 gols em 4 jogos, sendo 1 gol a cada jogo.

Lev Yashin com o Ballon D'Or de 1963.

Lev Yashin contra a Inglaterra, 1963.


  Esse ano, porém, foi o segundo melhor ano da carreira do Pelé juntando o desempenho coletivo e os números individuais. Apesar do vice para o Palmeiras, foi o artilheiro do Campeonato Paulista novamente marcando 22 gols em 19 partidas. Pelo Torneio Rio-São Paulo, foi campeão sendo o artilheiro disparado com 14 gols em 8 jogos. Pela Taça Brasil, o Bahia foi a vítima novamente. Pelé marcou 2 no jogo de ida vencido por 6 a 0 em casa, e os dois do título na vitória por 2 a 0 em Salvador, terminando como o artilheiro da Taça Brasil com 8 gols em 4 jogos. Pela Copa Libertadores, foi o vice artilheiro com 4 jogos jogados e 5 gols e 2 assistências feitos, incluindo uma assistência no jogo de ida vencido por 3 a 2 no Brasil e uma assistência para Coutinho junto com o gol do título sobre o Boca Juniors por 2 a 1 na La Bombonera. Pela Copa Intercontinental, foi campeão e jogou somente o jogo de ida no San Siro, marcando os 2 gols do Santos na derrota por 4 a 2. Não jogou a Copa América na Bolivia, em que a anfitriã foi campeã. Em geral, jogou 7 jogos e marcou 7 gols e 3 assistências pela seleção brasileira naquele ano.

Pelé, 1963.

Pelé marca o gol do título da Libertadores sobre o Boca Juniors na La Bombonera, 1963.

Pelé e Giovanni Trapattoni juntos no jogo de ida da Copa Intercontinental de 1963.

Pelé e Gianni Rivera juntos, 1963.



  Pelé era o melhor do mundo, mas Yashin era o segundo melhor.

  A Taça Brasil de 1962 foi disputada no início de 1963 e a Taça Brasil de 1963 foi disputada no início de 1964. Ou seja: Os 8 gols em 4 jogos na Taça Brasil de 1963 seriam trocados por 2 gols em 5 jogos. 1 partida a mais e 6 gols a menos, cruel...


Dados de: Yashin (Dynamo Moscow, goleiro, 34 anos, soviético, 31+? partidas, 10+? gols sofridos, 22+? partidas sem tomar gols, campeão da Primeira Divisão Soviética, goleiro europeu do ano, goleiro do ano da USSR, membro do FIFA XI, membro do World XI da World Soccer)


1964

Escolhido: Denis Law (Pelé) (Santos, segundo atacante/centroavante, 24 anos, brasileiro, 34 partidas, 46 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Paulista, da Taça Brasil e do Torneio Rio-São Paulo, artilheiro do Campeonato Paulista e da Taça Brasil)

  Esse ano não foi tão disputado assim, e o Pelé continuava jogando muito.

  Foi campeão paulista pela milésima vez, sendo também o artilheiro pela milésima vez com 34 gols em 21 jogos. Também foi campeão do Torneio Rio-São Paulo, marcando 3 gols em 4 jogos. Pela Taça Brasil, foi novamente campeão e artilheiro com 7 gols em 6 jogos, marcando um triplete contra o Flamengo. Não jogou a Libertadores em que o Santos caiu na semifinal para o Independiente, e pela seleção, marcou 2 gols em 3 jogos.

  Já são 6 vezes desde 1958.

Pelé jogando de goleiro contra o Grêmio, 1964.

Pelé tirando foto com Garrincha, 1964.

  
  Como eu falei antes, a Taça Brasil de 1963 foi disputada logo no início de 1964. Pelé então teria mais 4 jogos e 8 gols a mais. Felizmente a Taça Brasil de 1964 foi disputada no final do ano de 1964. Mas a final do Rio-São Paulo de 1964 foi disputada em 10 de janeiro de 1965. Uma partida a menos.


1965

Escolhido: Eusébio (Benfica, segundo atacante/centroavante, 23 anos, 1° lugar, português/moçambicano, 43 partidas, 55 gols, 1+ assistências, campeão da Primeira Divisão e da Taça de Honra de Lisboa, vice da Taça de Portugal e da Copa Europeia, vencedor da Bola de Prata, artilheiro da Taça de Portugal e da Copa Europeia, membro do World XI da World Soccer)

Eusébio com o Ballon D'Or de 1965.


  Eusébio era o melhor jogador europeu, não o melhor do mundo. Pelé ainda era o melhor.

  O moçambicano naturalizado português foi campeão da Primeira Divisão Portuguesa sem dificuldades, vencendo a Bola de Prata após marcar 28 gols em 20 jogos. Também foi campeão da Taça de Honra de Lisboa, mas acabou sendo vice da Taça de Portugal sendo o artilheiro e também foi vice da Copa Europeia para a retranqueira Internazionale de Luis Suárez, Sandro Mazzola e Giacinto Facchetti por 1 a 0, mas também foi o artilheiro com 9 gols em 9 jogos. Pela seleção portuguesa, marcou 7 gols e 1 assistência em 7 jogos. A Primeira Divisão Portuguesa, apesar de ter um nível melhor do que na era Peyroteo, ainda era uma liga fraca.

  Quanto ao Pelé, eu não preciso nem falar sobre o Campeonato Paulista. Foi o artilheiro com 49 gols em 28 jogos. Marcou 5 gols em 7 jogos pelo Torneio Rio-São Paulo, e marcou o gol do pentacampeonato brasileiro contra o Vasco na vitória por 1 a 0 no Maracanã, marcando 2 gols em 4 jogos no total. Pela Copa Libertadores, caiu nas semifinais para o Penãrol em 3 confrontos complicados, marcando 1 gol e 2 assistências no jogo de ida vencido por 5 a 4 no Maracanã (perdeu um pênalti), perdendo em Montevideo por 3 a 2 dando uma assistência e perdendo no jogo decisivo por 2 a 1 na prorrogação marcando para o Santos. Em geral, foi o artilheiro e um dos líderes (se não o líder) de assistências com 7 gols e 4 assistências em 7 jogos. Pelo Brasil, jogou 8 jogos e marcou 9 gols e 1 assistência.

Pelé e Eusébio tirando foto juntos num amistoso de Brasil x Portugal em 1965.

Pelé, 1965.


  Além de Pelé ter tido uma temporada melhor coletivamente e individualmente, jogou em uma liga muito melhor, na que eu considero talvez até a melhor do mundo na época ao lado da liga italiana. Segundo o que eu expliquei anteriormente, Pelé teria uma partida a mais neste seu ano calendário de 1965.


Dados de: Pelé (Santos, segundo atacante/centroavante, 25 anos, brasileiro, 54 partidas, 73 gols, 5+ assistências, campeão do Campeonato Paulista e da Taça Brasil, artilheiro do Campeonato Paulista e da Copa Libertadores, líder de assistências da Libertadores)


1966

Escolhido: Bobby Charlton (Manchester United, falso 9/centroavante/meia-atacante/segundo-atacante, 29 anos, inglês, 68 partidas, 24 gols, ?? assistências, campeão da Copa do Mundo e da British Home Championship, futebolista do ano da FWA, bola de ouro da Copa do Mundo)

Bobby Charlton com o Ballon D'Or de 1966.


  Com certeza não era o melhor jogador. Eusébio sim quem era.

  Mesmo com o Manchester United ficando em quarto lugar na liga inglesa, Charlton jogou muito bem e marcou 16 gols em 38 jogos, sendo eleito o futebolista do ano da FWA (questionavelmente). Caiu na semifinal da FA Cup e da Copa Européia, jogando 7 jogos e não marcando nenhum gol e jogando 8 jogos e marcando 2 gols respectivamente (um desses gols foi contra o Benfica de Eusébio, que foi eliminado nas quartas numa derrota humilhante por 5 a 1 no Estádio da Luz). Pela Copa do Mundo, teve um desempenho bem superestimado apesar de ter sido campeão, marcando 3 (2 da vitória contra Portugal na semifinal) gols e 1 assistência em 6 jogos. Pela seleção inglesa ao todo, marcou 6 gols em 15 jogos.

  Eusébio foi ainda pior coletivamente, vencendo somente a Taça Ribeiro dos Reis. Foi vice da Primeira Divisão Portuguesa para o Sporting, mas ainda venceu a Bola de Prata ao marcar 25 gols em 23 jogos. Apesar da eliminação humilhante para o Manchester United de Charlton, Law e Best nas quartas de final da Copa Europeia, ainda foi o artilheiro da Copa Europeia com 7 gols em 5 jogos. Pela Copa do Mundo sim que o Eusébio foi barril, marcando 9 gols e 1 assistência em 6 jogos, ficando em terceiro lugar após um jogo com uma arbitragem polêmica a favor dos ingleses, que vinha desde as quartas contra a Argentina. Vale lembrar que a liga portuguesa era obviamente mais fraca do que a inglesa. Pela seleção, marcou 12 gols em 12 jogos em geral.

Eusébio pela Copa do Mundo de 1966 com Portugal.

Eusébio, a personalidade do ano da BBC Overseas Sports, junto do inglês Bobby Moore, campeão mundial. 


  O Eusébio foi individualmente superior pela Copa Europeia e MUITO superior pela Copa do Mundo. Seria ótimo ver Portugal enfrentando a Alemanha do jovem Franz Beckenbauer na final.

  No ano calendário de 1966, Eusébio marcou 50 gols em 44 jogos.

  O melhor jogador do Brasil neste ano era Toninho Guerreiro, do Santos, ao contrário do Pelé. Tostão e Dirceu Lopes ainda estavam um degrauzinho atrás.


Dados de: Eusébio (Benfica, segundo atacante/centroavante, 2º lugar, 24 anos, português/moçambicano, 42 partidas, 49 gols, ?? assistências, campeão da Taça Ribeiro dos Reis, vice da Primeira Divisão e da Taça de Honra de Lisboa, terceiro lugar da Copa do Mundo, vencedor da Bola de Prata, artilheiro da Copa Européia, chuteira de ouro da Copa do Mundo, bola de bronze da Copa do Mundo, personalidade do ano da BBC Overseas Sports)


1967

Escolhido: Florián Albert (Ferencváros, centroavante, 26 anos, húngaro, 45 partidas, 43 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Húngaro, artilheiro da Taça das Cidades com Feiras, futebolista húngaro do ano, vice artilheiro do Campeonato Húngaro)

Florián Albert com o Ballon D'Or de 1967.


  Este ano e o ano de 1951 foram os com mais concorrência, sem sombra de dúvidas: Albert, Johnstone, Gemmell, Muller, Cruyff, Mazzola e Eusébio. Todos concorrendo.

  Florián Albert foi campeão húngaro marcando 28 gols em 27 jogos, terminando como o vice artilheiro. Pela Taça das Cidades com Feiras, caiu nas oitavas para o Eintracht Frankfurt, mas terminou como o artilheiro com 8 gols em 6 jogos. Pela Hungria, jogou 6 jogos e marcou somente 1 gol. Pela Copa Húngara de 1967, jogou 6 partidas e marcou 6 gols, não chegando na final. O Campeonato Húngaro começou a entrar em decadência após o fim da era Albert. O húngaro foi eleito o melhor jogador de seu país pela segunda vez seguida.

  Jimmy Johnstone foi campeão de tudo naquele ano junto com Gemmell, com exceção da Copa Intercontinental. Foi campeão da Primeira Divisão Escocesa marcando 13 gols em 25 jogos, e mesmo não tendo os números de assistência dele, o Celtic marcou 111 gols em 38 jogos, e como ele era o criador de jogadas do time junto com Gemmell, deve ter dado inúmeras assistências. Foi campeão da Copa Escocesa também, jogando 5 jogos e não marcando nenhum gol. Pela Copa da Liga Escocesa, foi campeão em cima do Rangers jogando 10 jogos e marcando 1 gol. Pela Copa Europeia, foi campeão e marcou 2 gols e 1 assistência (foi mais com toda a certeza) em 9 jogos, dando o passe pro gol de empate de Gemmell contra a Internazionale na final, até o mesmo criar a jogada pro gol do título de Chalmers. Pela Copa Intercontinental contra o time violento do Racing, jogou 3 jogos e não marcou nenhum gol, participando da confusão do jogo decisivo em Montevideo, em que o Celtic perdeu por 1 a 0 e ele foi expulso aos 3 do segundo tempo. Pela Escócia jogou somente 2 jogos, e não marcou nenhum gol.

Jimmy Johnstone, 1967.

Armando Picchi e Jimmy Johnstone disputando uma bola juntos na final da Copa Européia 1966-67.


  Em termos de importância para o time, Tommy Gemmell estava praticamente no mesmo nível do Johnstone. Pela liga escocesa, marcou 9 gols em 34 jogos. Pela Copa Escocesa, marcou 1 gol em 10 jogos. Pela Copa da Liga Escocesa, marcou 2 gols em 6 jogos. Pela Copa Europeia ele foi o vice artilheiro do time atrás somente de Chalmers, e marcou 4 gols em 9 jogos. Pela Copa Intercontinental, marcou 1 gol em 3 jogos. Por último, jogou no histórico jogo em que a Escócia bateu a Inglaterra por 3 a 2 em Wembley. Em geral, jogou 3 jogos pela Escócia e não jogou nenhum gol. Mesmo com a Primeira Divisão Escocesa não sendo nem 50% do que era nos anos 20, o time do Celtic era sem dúvidas o melhor do mundo.

Jimmy Johnstone, 1967.

Os jogadores do Celtic se apresentando para a final contra a Internazionale.

Tommy Gemmell manda uma bomba pro gol e empata o jogo após passe de Johnstone.

Os jogadores saem por Glasgow com o título da Copa Européia 1966-67.


  Aos 22 anos, Gerd Muller já havia se tornado o melhor centroavante do mundo. Mesmo ficando em sexto na Bundesliga, venceu o Torjagerkanone ao marcar 28 gols e 5 assistências em 32 jogos. Pela Copa da Federação Alemã, foi campeão marcando em todos os jogos, incluindo 2 gols contra o Hamburgo na final vencida por 4 a 0, terminando como o artilheiro com 7 gols em 4 jogos. Pela Taça dos Vencedores de Taças, foi campeão em cima do Rangers por 1 a 0 na prorrogação (imagina só o tanto que os torcedores do Celtic ficaram tristeskkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk), e terminou como o vice artilheiro da competição com 8 gols em 9 jogos. Pela Alemanha ele também foi muito bem, marcando 6 gols em 4 jogos.

Gerd Muller com o Torjagerkanone da temporada 1966-67 da Bundesliga.


  Cruyff já era um monstro desde muito jovem. Além de ter sido bicampeão holandês, foi o artilheiro isolado com 33 gols em 30 jogos, tendo também dado mais ou menos 10 assistências. Também foi campeão da Copa KNVB sendo o artilheiro com 5 gols e 3 assistências em 5 jogos, marcando na final contra o NAC vencida por 2 a 1 na prorrogação. Sinto que poderia ter tido um confronto direto entre Cruyff e os escoceses na semifinal, até pelo histórico 5 a 1 que o Ajax aplicou no Liverpool em casa pelas oitavas, mas caiu nas quartas de final para o surpreendente Dukla Praga, e Cruyff marcou 3 gols em 6 jogos. Pela seleção holandesa, marcou somnte 1 gol em 3 jogos.

Johan Cruyff vs Liverpool, temporada 1966-67.

  
  Este foi o último ano de Mazzola em seu auge. Foi o vice artilheiro da Serie A com 17 gols em 30 jogos, sendo também o vice campeão. Marcou 2 gols em 2 jogos pela Copa da Itália, mas caiu na semifinal para o Padova por 3 a 2, deixando o seu. Além do fato da Inter ter um time com uma ótima defesa, Mazzola ajudava muito no ataque, marcando 4 gols em 10 jogos pela Copa Europeia, incluindo o de pênalti na final contra o Celtic. Pela seleção italiana, marcou 3 gols em 3 jogos.

Mazzola marcando de pênalti na final da Copa Europeia 1966-67 contra o goleiro Ronnie Simpson.


  Eusébio seguiria com boas atuações, apesar do Benfica ter decaído um pouco. Foi campeão da Primeira Divisão Portuguesa e venceu a Bola de Prata como o artilheiro com 31 gols em 26 jogos. Pelas copas nacionais marcou 7 gols em 3 jogos, vencendo a Taça de Honra de Lisboa. Não teve sucesso na Copa das Cidades com Feiras, caindo nas oitavas para o Lok Leipzig da Alemanha Oriental após perder por 3 a 1 na ida fora de casa e vencer por 2 a 1 em Lisboa com dois gols seus, terminando a competição com 4 gols em 4 jogos. Pela seleção portuguesa, marcou 3 gols em 6 jogos.

Cartinha do Eusébio na temporada 1966-67 feita pela Panini Calciatori.


  Johnstone com certeza era o melhor ponta-direita do mundo. Gemmell era o melhor defensor do mundo, acima até mesmo de Facchetti. Muller também era o melhor centroavante do mundo, enquanto Cruyff e Eusébio atuavam mais como segundos-atacantes, com ambos tendo estilos de jogo diferentes. Mazzola era o melhor atacante da Itália. Albert já pode ser dispensado.

  Acho que o Sandro Mazzola também devia estar fora da competição. Gemmell foi tão importante quanto Johnstone, porém Johnstone ainda foi superior. Johnstone, porém, não foi nem sequer eleito o melhor jogador da liga escocesa, e seus números pelas outras competições não me impressionou. Sobram então Eusébio, Cruyff e Muller.

  A partir daqui, já vou dar meu veredito. Minha escolha, por uma margem minúscula, é... Johan Cruyff! Não faço ideia de como o Ajax foi elimintado pelo Dukla Praga do goleiro Ivo Viktor nas quartas de final da Copa Europeia... Se o Ajax passasse para a semifinal, teria grandes chances de eliminar o Celtic, mesmo julgando que o elenco escocês fosse mais forte. Eu deixo Gerd Muller em segundo pelo fato de jogar num time mais fraco que o do Eusébio, e também por jogar em uma liga mais forte, né?

  Para mim o Cruyff também era o melhor jogador do ano calendário de 1967. 49 partidas, 39 gols e 24 assistências, tendo um segundo semestre de 1967 pornográfico.


Dados de: Johnstone (Celtic, ponta-direita, 23 anos, escocês, 3º lugar, 56 partidas, 16 gols, 1+ assistências, campeão da Scottish First Division, da Scottish Cup, da Scottish League Cup e da Copa Européia, vice da Copa Intercontinental)

Gemmell (Celtic, zagueiro, 24 anos, escocês, 6º lugar, 68 partidas, 17 gols, ?? assistências, campeão da Scottish First Division, da Scottish Cup, da Scottish League Cup e da Copa Européia, vice da Copa Intercontinental)

Muller (Bayern Munich, centroavante, 22 anos, 7º lugar, alemão, 49 partidas, 49 gols, 5 assistências, campeão da DFB-Pokal e da Taça dos Vencedores de Taças, futebolista alemão do ano, artilheiro da Bundesliga e da DFB-Pokal, vice artilheiro da Taça dos Vencedores de Taças)

Cruyff (Ajax, segundo-atacante, 20 anos, holandês, 30º lugar, 44 partidas, 42 gols, 15+ assistências, campeão da Eredivisie e da KNVB Cup, artilheiro da KNVB Cup e da Eredivisie, vice líder de assistências da KVNB Cup

Eusébio (Benfica, segundo-atacante/centroavante, 25 anos, moçambicano/português, 5º lugar, 39 partidas, 45 gols, ?? assistências, membro do FIFA XI, vencedor da Bola de Prata)


1968

Escolhido: George Best (Manchester United, ponta-direita, 22 anos, norte-irlandês, 55 partidas, 33 gols, ?? assistências, campeão da Copa Européia, vice da First Division e da Copa Intercontinental, artilheiro da First Division, futebolista do ano da FWA)

George Best com o Ballon D'Or de 1968.


  George Best era o melhor ponta do mundo e também o melhor driblador do mundo, mas Eusébio foi superior em todo o resto.

  Além de ser um ponta super driblador e cheio de fintas, ainda conseguiu ser o artilheiro da Primeira Divisão Inglesa marcando 28 gols em 41 jogos, e venceu o prêmio de futebolista do ano da FWA. Ainda assim, foi vice para o Manchester City. Foi campeão da Copa Europeia em cima do Benfica de Eusébio marcando um golaço na prorrogação, e o jogo acabou 4 a 1. Marcou 3 gols em 8 jogos no total (não sei quantas assistências deu). Pela FA Cup, jogou só 2 jogos e não marcou nenhum gol, e pela seleção da Irlanda do Norte, jogou 1 jogo e marcou 1 gol na vitória sobre a Turquia por 4 a 1. Por último, foi vice da Copa Intercontinental para o também violento time do Estudiantes, jogando 2 jogos e não marcando nenhum gol, sendo expulso aos 44 do segundo tempo no jogo de volta no Old Trafford, em que o Manchester United perdeu o título após o empate por 1 a 1.

  Eusébio, sendo campeão da Primeira Divisão Portuguesa após marcar 40 gols em 28 jogos, venceu a Bola de Prata e a Chuteira de Ouro Europeia. Também conseguiu ser o artilheiro da Copa Europeia marcando 6 gols em 9 jogos, apesar do vice. Pela Taça de Portugal, ainda marcou 2 gols em 2 jogos, e pela seleção portuguesa, 1 gol em 2 jogos.

Eusébio vence a primeira Chuteira de Ouro Europeia: A da temporada 1967-68.


  Eusébio foi claramente superior ao Best, e também era muito habilidoso com a bola no pé, tendo o bônus de uma finalização muito mais mortal.

  Best marcou 26 gols em 44 jogos no ano calendário, enquanto que Eusébio marcou 42 gols em 33 jogos. Ambos os dois decaíram no segundo semestre de 1968, principalmente o Eusébio. Para mim o Eusébio ainda foi melhor, pois o primeiro semestre dele foi extraordinário. Vale mencionar aqui o desempenho de outros jogadores como Bobby Charlton, Toninho Guerreiro, Pelé e Johan Cruyff, tanto pela temporada quanto pelo ano calendário.


Dados de: Eusébio (Benfica, segundo-atacante/centroavante, 26 anos, português/moçambicano, 8º lugar, 37 partidas, 51 gols, ?? assistências, campeão da Primeira Divisão e da Taça de Honra de Lisboa, vice da Copa Européia, vencedor da Bola de Prata, artilheiro da Copa Européia, vencedor da Chuteira de Ouro Européia)


1969

Escolhido: Gianni Rivera (Milan, meia-atacante/meia-central, 26 anos, italiano, 44 partidas, 7 gols, 14+ assistências, campeão da Copa Europeia e da Copa Intercontinental, vice líder de assistências da Copa Europeia)

Gianni Rivera com o Ballon D'Or de 1969.


  Com certeza não. Individualmente, Johan Cruyff foi superior a ele em tudo, nem vou citar os números dele porque outros jogadores como Luigi Riva e Gerd Muller foram muito superiores.

  Como eu ia dizendo, Cruyff foi superior a ele em tudo individualmente. Mesmo sendo vice da Eredivisie e da Copa Europeia perdendo para o Milan por 4 a 1, marcou 30 gols e deu 22 assistências em 39 jogos somando os dois campeonatos. Foi o vice artilheiro e o líder de assistências da Eredivisie com 24 gols e 18 assistências em 29 jogos. Pela Copa Europeia ele também foi o líder de assistências e o vice artilheiro marcando 6 gols e 4 assistências em 10 jogos. Deu gol ou assistência em todos os jogos da Copa Europeia, exceto no jogo de volta da semifinal e na final, onde o Ajax foi massacrado por Gianni Rivera que deu duas assistências e Pierino Prati que marcou um triplete e uma assistência. Pela Copa KNVB, caiu nas oitavas para o poderosíssimo Feyenoord, marcando 3 gols e 1 assistência em 3 jogos. Pela seleção holandesa, jogou 3 jogos e marcou 1 gol e deu uma assistência contra a Polônia na derrota por 2 a 1 pela disputa da classificação para a Copa do Mundo de 1970, onde mesmo com craques como van Beveren, Wim Suurbier, Rinus Israel e Willem van Hanegem ao seu lado, decepcionaram e muito, não se classificando.

Eusébio e Johan Cruyff juntos, após jogo das quartas de final da Copa Europeia.

Cruyff no jogo decisivo das quartas de final.

Cruyff ficou apagado na final contra o Milan, vendo Gianni Rivera e Pierino Prati botarem pra fuder.


  Mesmo com a decepção coletiva pelo Ajax e pela Holanda, tava na cara que o Cruyff era o melhor jogador do mundo. A era Cruyff também ajudou muito no desenvolvimento da Eredivisie, a fazendo crescer e muito de tamanho e ser mais competitiva e difícil. No ano calendário de 1969, Cruyff marcou 33 gols e deu 28 assistências em 45 jogos.


Dados de: Cruyff (Ajax, segundo-atacante/centroavante, 22 anos, holandês, 4º lugar, 46 partidas, 35 gols, 24 assistências, vice da Eredivisie e da Copa Europeia, vice artilheiro da Eredivisie e da Copa Europeia, líder de assistências da Eredivisie)


1970

Escolhido: Gerd Muller (Pelé) (Santos, segundo-atacante/centroavante, 30 anos, brasileiro, 43 partidas, 19 gols, 12+ assistências, campeão da Copa do Mundo, bola de ouro da Copa do Mundo, líder de assistências da Copa do Mundo, personalidade do ano da BBC Overseas Sports)

Pelé foi um dos melhores jogadores da final da Copa do Mundo de 1970 contra a Itália, marcando 1 gol e 2 assistências na final vencida por 4 a 1.


  Pelé não jogou nada pelo Santos, só jogou bem na Copa do Mundo. 11 gols em 28 jogos pelo Santos. Cruyff e Muller é quem eram os dois melhores jogadores do mundo.

  Gerd Muller venceu mais uma vez o Torjagerkanone marcando 38 gols e 9 assistências em 33 jogos e acabou vencendo também a Chuteira de Ouro Europeia, mas foi vice da Bundesliga. Pela Copa da Federação Alemã, caiu nas quartas para o Nuremberg, e marcou 4 gols em 3 jogos. Pela Copa Europeia, caiu na primeira eliminatória para o Saint-Étienne. Pela Copa do Mundo, foi sem dúvidas o melhor jogador junto com Jairzinho e Pelé, marcando 10 gols e 3 assistências em 6 jogos e sendo o artilheiro marcando em todos os jogos exceto na disputa pelo terceiro lugar contra o Uruguai. Em geral, marcou 13 gols em 12 jogos pela Alemanha. A liga alemã estava começando a se tornar uma das três ligas mais fortes do mundo nos anos 70.

Gerd Muller com o Ballon D'Or de 1970.


  Coletivamente, Johan Cruyff foi melhor. Foi campeão da Eredivisie sendo o líder de assistências com 23 assistências e 23 gols em 33 jogos e sendo também o campeão da Copa KNVB como o artilheiro com 6 gols e 1 assistência em 5 jogos, marcando na final contra o PSV. Pela Taça das Cidades com Feiras, foi o líder de assistências com 10 assistências e 4 gols em 8 jogos, caindo na semifinal para o Arsenal. Por último, jogou 2 jogos pela seleção holandesa e marcou 2 gols.

Johan Cruyff e o goleiro Bob Wilson no confronto entre Arsenal e Ajax pelas semifinais da Taça das Cidades com Feiras, 1969-70.
 
Johan Cruyff, 1969-70.


  Eu escolherei o Muller pelo seu desempenho sensacional na Copa do Mundo, mas o Cruyff não fica muito atrás. Se analisarmos o ano calendário, porém, Muller foi destruidor: 56 gols e 15 assistências em 58 jogos.


Dados de: Muller (Bayern Munich, centroavante, 25 anos, alemão, 1º lugar, 50 partidas, 56 gols, 12 assistências, vice da Bundesliga, terceiro lugar da Copa do Mundo, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, artilheiro da Bundesliga, chuteira de ouro da Copa do Mundo, chuteira de bronze da Copa do Mundo, vencedor da Chuteira de Ouro Européia)

Cruyff (Ajax, segundo atacante/centroavante, 23 anos, holandês, 7º lugar, 48 partidas, 35 gols, 34 assistências, campeão da Eredivisie e da KNVB Cup, artilheiro da KNVB Cup, líder de assistências da Eredivisie e da Taça das Cidades com Feiras)


1971

Escolhido: Johan Cruyff (Ajax, segundo-atacante/centroavante, 24 anos, holandês, 42 partidas, 35 gols, 22 assistências, campeão da KNVB Cup e da Copa Europeia, vice da Eredivisie, artilheiro da KNVB Cup, vice artilheiro da Eredivisie, líder de assistências da Copa Europeia, futebolista europeu do ano da IOC)

Johan Cruyff com o Ballon D'Or de 1971.


  Justo. Acho que tiveram outros que foram muito bons também, como Luis Artime, Gerd Muller e Josip Skoblar.

  Cruyff foi vice da Eredivisie dessa vez, sendo novamente o vice artilheiro com 21 gols e 8 assistências em 25 jogos. Foi campeão da Copa KNVB de novo, sendo o artilheiro com 5 gols e 3 assistências em 6 jogos, marcando os 2 gols contra o Sparta Rotterdam no jogo da final e as duas assistências do título na finalíssima. Pela Copa Europeia também não foi nada mal, sendo um dos líderes de assistências com 4 assistências e 1 gol marcados em 6 jogos, dando uma assistência para o gol de Arie Haan na final jogada contra o Panathinaikos de Mimis Domazos e Antonis Antoniadis. Pela seleção holandesa, Cruyff foi excelente, jogando 4 jogos e marcando 6 gols e 7 assistências.

  Artilheiro e campeão de tudo o que disputou, Luis Artime ficou com 16 gols em 17 jogos pela Primeira Divisão Uruguaia, 10 gols em 12 jogos pela Libertadores (incluindo gol na final contra o Estudiantes) e 3 gols em 2 jogos contra o Panathinaikos na Copa Intercontinental, onde Artime marcou todos os gols do time uruguaio. A desvantagem para ele, porém, é de que o campeonato uruguaio era mais fraco que o holandês, apesar de ter pouca diferença entre a Libertadores e a Copa Europeia naquela época.

Luis Artime marcando de cabeça contra o Panathinaikos em Montevideo, na vitória por 2 a 1.


  Muller teve uma temporada um pouquinho abaixo da passada. Foi novamente vice campeão alemão, sendo o vice artilheiro e o líder de assistências com 22 gols e 13 assistências em 32 jogos. Foi o campeão e o artilheiro isolado da Copa da Federação Alemã com 10 gols em 7 jogos, e mesmo caindo nas quartas de final da Taça das Cidades com Feiras para o Liverpool, foi o vice artilheiro com 7 gols em 8 jogos. Foi absurdamente bem pela seleção alemã, jogando 8 partidas e marcando 12 gols.

Gerd Muller x Ray Clemence, goleiro do Liverpool, em 1971.


  Skoblar foi o vencedor dessa Chuteira de Ouro Europeia, marcando 44 gols em 36 jogos, sendo eleito também o melhor jogador daquele campeonato francês. Caiu na semifinal da Copa da França para o Stade Rennais nos pênaltis, marcando o gol da vitória no primeiro jogo e perdendo a primeira cobrança nas penalidades máximas. Foi um dos artilheiros com 5 gols em 8 jogos.

Josip Skoblar junto do malinês Salif Keita, vice artilheiro e vice campeão francês com o Saint-Étienne com 42 gols marcados na temporada 1970-71.


  Respeito se escolherem o Cruyff de qualquer jeito, pois eu também escolhi. Ele fez o duplo triplo no ano calendário de 1971: 33 gols e 30 assistências em 52 jogos, muito bom.


Dados de: Artime (Nacional, centroavante, 32 anos, argentino, 31 partidas, 29 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Uruguaya, da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental, artilheiro da Primera División, da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental, bola de bronze do prêmio de futebolista sulamericano do ano)

Muller (Bayern Munich, centroavante, 26 anos, alemão, 6º lugar, 55 partidas, 51 gols, 13 assistências, campeão da DFB-Pokal, vice da Bundesliga, artilheiro da DFB-Pokal, vice artilheiro da Bundesliga, líder de assistências da Bundesliga, vice artilheiro da Taça das Cidades com Feiras)

Skoblar (Olympique de Marseille, centroavante, 30 anos, iugoslavo, 7º lugar, 46 partidas, 49 gols, ?? assistências, campeão da Division 1 e do Challenge des Champions, artilheiro da Division 1, futebolista estrangeiro do ano da Division 1, vencedor da Chuteira de Ouro Europeia)


1972

Escolhido: Franz Beckenbauer (Bayern Munich, zagueiro, 27 anos, alemão, 54 partidas, 7 gols, 8 assistências, campeão da Bundesliga e da Eurocopa, membro do time da temporada da Bundesliga pela Kicker, time do torneio da UEFA Euro)

Franz Beckenbauer com o Ballon D'Or de 1972.


  Beckenbauer em primeiro? Muller em segundo? Cruyff em quarto atrás de Netzer? Essa premiação foi uma piada.

  Franz Beck do Bauer era sem dúvidas o melhor defensor do mundo. Junto com Muller, ajudou o Bayern a ser campeão alemão jogando 34 jogos marcando 6 gols e 8 assistências. Não teve a mesma sorte pela Copa da Federação Alemã e pela Taça dos Vencedores de Taças, caindo nas quartas de final para o Koln (6 partidas, 1 gol) e na semifinal para o Rangers (7 partidas). Guiou a Alemanha para o título europeu batendo a URSS por 3 a 0, sendo o capitão do time. Ao todo, jogou 7 jogos pela Alemanha naquele ano.

  Beckenbauer era o capitão, mas Gerd Muller era o protagonista. Venceu novamente o Torjagerkanone da Bundesliga junto com a Chuteira de Ouro Europeia marcando 40 gols em 34 jogos, e sendo o líder isolado de assistências com 17. Marcou 5 gols em 6 jogos pela Copa da Federação Alemã, e também marcou 5 gols em 8 jogos pela Taça dos Vencedores de Taças. Pela Eurocopa foi o protagonista também, marcando os dois gols da vitória contra a anfitriã Bélgica e 2 dos 3 gols do título sobre a URSS. 4 gols em 2 jogos. Em geral, marcou 12 gols em 8 jogos pela Alemanha.

Gerd Muller com a sua segunda Chuteira de Ouro Européia, essa sendo a da temporada 1971-72.


  Johan Cruyff ganhou a porra toda, irmão. Foi campeão da Eredivisie sendo o artilheiro e o líder de assistências com 25 gols e 20 assistências em 32 jogos. Pela Copa KNVB foi o mesmo: 3 gols e 6 assistências em 4 jogos, incluindo um gol e 2 assistências na final contra o Den Haag. Pela Copa Europeia, foi campeão marcando os dois gols do título na final contra a Internazionale, e também terminou como o artilheiro com 5 gols em 9 jogos. Pela Supercopa Europeia, foi campeão contra o Rangers marcando 1 gol e 1 assistência em cada um dos dois jogos. Pela Copa Intercontinental, foi campeão em cima do Independiente dando duas assistências no jogo final em Amsterdã, em que acabou 3 a 0. Por último, marcou 5 gols e 1 assistência em 5 jogos pela Holanda. Temporada perfeita, sendo o artilheiro e campeão de tudo o que disputou, além da alta capacidade de criar jogadas, sendo o melhor criador de jogadas do mundo naquela época.

Johan Cruyff aplica a "Cruyff Turn" em Oriali pela final da Copa Européia de 1971-72.

Johan Cruyff marca o segundo do Ajax e o seu segundo na partida, de cabeça, dando o título para o Ajax.

Johan Cruyff contra o Rangers pela Super Copa Europeia de 1972.


  Qualquer um que escolherem está bom para mim, mas eu escolherei o Muller devido ao seu desempenho na Eurocopa e seus números individuais. Além do mais, o cara marcou 85 gols num ano, né?


Dados de: Muller (Bayern Munich, centroavante, 27 anos, alemão, 2º lugar, 55 partidas, 62 gols, 17 assistências, campeão da Bundesliga e da Eurocopa, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, artilheiro da Bundesliga, líder de assistências da Bundesliga, vencedor da Chuteira de Ouro Europeia, artilheiro da Eurocopa, time do torneio da Eurocopa)

Cruyff (Ajax, falso 9/centroavante, 25 anos, holandês, 4º lugar, 54 partidas, 42 gols, 31 assistências, campeão da Eredivisie, da KNVB Cup, da Copa Européia, da Super Copa Européia e da Copa Intercontinental, artilheiro da Eredivisie, líder de assistências da Eredivisie, artilheiro da KNVB Cup, líder de assistências da KNVB Cup, artilheiro da Copa Européia, futebolista holandês do ano)


1973

Escolhido: Johan Cruyff (Ajax, centroavante/falso 9, 26 anos, holandês, 38 partidas, 25 gols, 23 assistências, campeão da Eredivisie e da Copa Européia, esportista holandês do ano, futebolista europeu do ano da IOC, líder de assistências da Eredivisie)

Johan Cruyff com o Ballon D'Or de 1973.


  Dessa vez estava claro para mim que o melhor jogador do mundo era Gerd Muller.

  Cruyff teve outro ano ótimo, sendo novamente campeão da Eredivisie marcando 16 gols e 15 assistências em 26 jogos, sendo assim o líder de assistências. Pela Copa Europeia, marcou 3 gols e 3 assistências em 6 jogos, e foi campeão em cima da Juventus de Zoff por 1 a 0. Pela seleção holandesa, jogou 6 jogos e marcou 6 gols e 5 assistências.

  Muller venceu novamente o Torjagerkanone sendo campeão alemão, marcando 36 gols e 7 assistências em 33 jogos. Pela Copa da Federação Alemã, foi o artilheiro marcando 7 gols em 5 jogos, e pela Copa Europeia, marcou 11 gols e 1 assistência em 6 jogos sendo assim o artilheiro isolado, mas caiu nas quartas de final para o Ajax de Cruyff, mesmo após a vitória por 2 a 1 em Munique com gol e assistência dele. Pela Copa da Liga Alemã, foi o artilheiro com 12 gols em 5 jogos, apesar de não ter chego nem nas quartas. Pela seleção alemã, jogou 8 jogos e marcou 7 gols.

Gerd Muller vs Ajax, quartas de final da Copa Européia 1972-73.


  Muller marcou 73 gols ao todo. Cruyff pelo menos ainda era o melhor criador de jogadas do mundo.

  Cruyff marcou 24 gols e deu 17+ assistências em 36 jogos no ano calendário de 1973 enquanto Muller marcou 50 gols e deu 11 assistências em 52 jogos. Para mim o Cruyff foi levemente superior nesse quesito.



Dados de: Muller (Bayern Munich, centroavante, 28 anos, alemão, 3º lugar, 57 partidas, 73 gols, 8+ assistências, campeão da Bundesliga, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, artilheiro da Bundesliga, artilheiro da Copa Européia, vice artilheiro da DFB-Pokal, artilheiro da DFB-Ligapokal)


1974

Escolhido: Johan Cruyff (Ajax e Barcelona, centroavante/falso 9, 27 anos, holandês, 40 partidas, 27 gols, 30 assistências, campeão da LaLiga, vice da Copa del Generalissimo e da Copa do Mundo, esportista holandês do ano, bola de ouro da Copa do Mundo, líder de assistências da LaLiga e da Copa do Mundo)

  Cruyff vai disputar com Beckenbauer, Héctor Yazalde e Muller aqui.

  Logo no início da temporada ele foi para o Barcelona, mas ainda marcou 3 gols e 4 assistências em 2 jogos antes de ir para a Catalunha. Lá, foi campeão espanhol marcando 16 gols e 16 assistências em 26 jogos (número estimado de assistências que eu consegui do Instagram do @mihirfooty10), sendo o líder de assistências da competição. Pela Copa do Generalíssimo, ele viu de camarote o Barcelona tomar um vareio de 4 a 0 do Real Madrid na final, já que não jogou um jogo por provavelmente não ter sido inscrito no torneio a tempo (por algum motivo, a Wikipédia desgraçada colou que ele marcou 8 gols em 12 jogos, sendo o artilheiro). Foi sem dúvidas o melhor jogador da Copa do Mundo, sendo o líder de assistências com 7 assistências e 3 gols em 7 jogos, mas foi vice para a Alemanha do capitão Franz Beckenbauer e do artilheiro Gerd Muller, que fez o gol do título. Em geral, jogou 12 partidas pela Holanda e marcou 8 gols e 10 assistências.

Johan Cruyff com o Ballon D'Or de 1974.


  Sendo tricampeão alemão, Beckenbauer foi o líder de assistências da Bundesliga com 13 assistências e 4 gols em 34 jogos. Pela Copa da Federação Alemã, jogou 4 jogos e caiu nas semifinais para o Frankfurt. Pela Copa Europeia, foi campeão em cima do Atlético de Madrid por 4 a 0 na finalíssima com dois golaços de Muller, e marcou 1 gol e 1 assistência em 10 jogos. Seu desempenho pela Copa do Mundo foi superestimado. Não foi o melhor defensor da competição (Figueroa) e não foi nem o melhor jogador alemão (Muller), marcando somente 1 assistência em 7 jogos. Em geral, jogou mais 8 jogos, mas nenhum outro gol ou assistência.

Beckenbauer e Cruyff, capitães de suas seleções, se encontrando para disputarem a final da Copa do Mundo de 1974.

Franz Beckenbauer levantando a taça da Copa do Mundo de 1974.


  Assim como em 1972 e 1973, Muller foi campeão alemão vencendo o Torjagerkanone pela terceira vez seguida, dessa vez com 30 gols e 7 assistências em 34 jogos. Pela Copa da Federação Alemã, foi o vice artilheiro com 5 gols em 4 jogos, e pela Copa Europeia, foi o artilheiro com 8 gols e 2 assistências em 10 jogos. Pela Copa do Mundo, marcou 4 gols e 3 assistências em 7 jogos, números bons para um jogador do nível dele.

Muller marcando de cobertura contra o Atlético de Madrid na finalíssima vencida por 4 a 0.

Gerd Muller marca o gol do título da Copa do Mundo de 1974.

Muller comemorando a conquista da Copa do Mundo em sua última partida pela seleção antes de se aposentar pela competições entre países.


  Yazalde teve de longe a melhor temporada da carreira. Venceu a Bola de Prata do campeonato português e a Chuteira de Ouro Europeia após marcar 46 gols em 29 jogos pela Primeira Liga, sendo campeão. Também venceu a Taça de Portugal, sem jogar, e caiu na semifinal da Taça dos Vencedores de Taças para o Magdeburgo por 3 a 2 no agregado, não jogando nenhum dos jogos por uma possível lesão. Ainda assim, marcou 4 gols e 1 assistência em 6 jogos. Jogou a Copa do Mundo de 1974, ficando no banco por 3 partidas e jogando outras 3, marcando 2 gols contra o Haiti na vitória por 4 a 1 no grupo 4. 

  Deixa eu ver se eu entendi: O cara é o artilheiro da Europa e do mundo, mas isso não basta para ser títular absoluto dessa seleçãozinha de merda que é a Argentina? Claro, o campeonato português nem se compara ao alemão, mas como que ele foi reserva de Ruben Ayala durante esses 3 jogos? Pra terminar, jogou mais 2 jogos pela seleção argentina.

Yazalde vs Haiti na Copa do Mundo de 1974.


  Declaro Cruyff como o melhor jogador do mundo. A diferença é bem visível na temporada, mas não tanto no ano em si. Cruyff marcou 21 gols e deu 13+ assistências em 48 jogos enquanto Muller marcou 43 gols e deu 14 assistências em 57 jogos. Cruyff também foi o melhor jogador se avaliarmos o ano calendário, mas por pouco.


Dados de: Beckenbauer (Bayern Munich, zagueiro/líbero, 29 anos, alemão, 2º lugar, 63 partidas, 5 gols, 15 assistências, campeão da Bundesliga, da Copa Européia e da Copa do Mundo, líder de assistências da Bundesliga, futebolista do ano da alemanha, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, bola de prata da Copa do Mundo)

Müller (Bayern Munich, centroavante, 29 anos, alemão, 7º lugar, 60 partidas, 49 gols, 12 assistências, campeão da Bundesliga, da Copa Européia e da Copa do Mundo, artilheiro da Bundesliga e da Copa Européia, vice artilheiro da DfB-Pokal, vencedor do Bravo Otto)

Yazalde (Sporting, centroavante, 28 anos, argentino,  39 partidas, 52 gols, 1+ assistências, campeão da Primeira Liga e da Taça de Portugal, artilheiro da Primeira Liga, vencedor da Chuteira de Ouro Europeia)


1975

Escolhido: Oleg Blokhin (Dynamo Kyiv, ponta-esquerda/centroavante/segundo-atacante, 23 anos, soviético, 45 partidas, 28 gols, 3+ assistências, campeão da Primeira Divisão Soviética, da Taça das Taças e da Super Copa da UEFA, futebolista europeu do ano da IOC, futebolista soviético do ano, futebolista ucraniano do ano, artilheiro da Primeira Divisão Soviética, vice artilheiro da Taça das Taças)

Oleg Blokhin com o Ballon D'Or de 1975.


  Não. Héctor Scotta, Fernando Morena e Jupp Heynckes foram superiores.

  O soviético Oleg Blokhin foi campeão nacional sendo o artilheiro com 18 gols em 28 jogos. Pela Taça dos Vencedores de Taças, foi o campeão marcando e dando assistência na final vencida por 3 a 0 sobre o Ferencváros, e terminou como o vice artilheiro da competição com 5 gols e 2 assistências em 9 jogos. Pela Supertaça Europeia, venceu o Bayern de Munique marcando todos os 3 gols do time nos dois jogos vencidos por 1 a 0 em Munique e 2 a 0 em Kiev. Pela URSS, nada de impressionante: 2 gols em 7 jogos. O campeonato soviético ainda era consideravelmente forte, apesar de não ser o mesmo dos anos 60.

  Jupp Heynckes, campeão alemão vencendo o Torjagerkanone com 27 gols e 4 assistências em 31 jogos, fez o Borussia Monchengladbach voltar a dominar a Alemanha. Marcou 4 gols em 2 jogos pela Copa da Federação Alemã, e pela Copa da UEFA, ele e o dinamarquês Allan Simonsen destruíram, sendo ambos artilheiro e vice artilheiro, respectivamente. Heynckes marcou um triplete no jogo decisivo contra o Twente fora de casa, jogo esse que fora vencido por 5 a 1, e Simonsen marcou os outros dois. Pela seleção alemã, marcou 4 gols em 5 jogos.

Jupp Heynckes com o título da Bundesliga e da Copa da UEFA de 1974-75.

Também venceu o Torjagerkanone da Bundesliga 1974-75, como o artilheiro.


  Scotta foi o artilheiro tanto do Torneio Metropolitano (em que por incrível que pareça, o San Lorenzo ficou somente em décimo primeiro) quanto do Torneio Nacional, com 32 gols em 38 jogos e 28 gols em 23 jogos. Marcou 60 gols em 61 jogos ao todo, sendo o artilheiro do ano da América do Sul e do mundo. Só estreou pela Argentina em 1976. Quebrou o recorde de 48 gols em uma temporada de liga argentina que pertencia a Arsenio Erico, em 1937, e se igualou ao recorde de 60 gols na liga nacional de Dixie Dean, na temporada 1927-28.



Arsenio Erico e Héctor Scotta juntos, em 1975.


  Fernando Morena era o segundo maior artilheiro do mundo naquele ano, atrás somente de Scotta. Foi campeão uruguaio marcando 34 gols (o campeonato tinha 22 jogos), e apesar de ter sido eliminado no Grupo 5 da Libertadores pelo Universitario do Peru, foi o artilheiro da competição com 8 gols em 6 jogos. Pela Liguilla Pré-Libertadores, fez o Peñarol ficar em primeiro sendo o artilheiro com 9 gols (o campeonato tinha 5 jogos). Pela seleção uruguaia, participou da Copa América de 1975 marcando de pênalti na semifinal contra a Colômbia no jogo de volta vencido por 1 a 0, mas que não adiantou para que o Uruguai fosse enfrentar o Peru na final, tendo Morena sido expulso aos 35 do segundo tempo e perdido outros dois pênaltis que poderiam dar a vitória aos uruguaios. Ao todo, marcou 3 gols em 3 jogos, e por ter sido o segundo maior artilheiro do mundo e também o segundo maior artilheiro da América Latina jogando bem menos jogos do que Scotta, foi eleito o terceiro melhor futebolista sulamericano do ano em 1975.

Morena mandando a primeira cobrança de pênalti perdida pra fora e tendo sua segunda cobrança defendida pelo goleiro colombiano Pedro Zape na Copa América de 1975.
 

  Heynckes foi muito melhor coletivamente, já que Scotta não jogava num time bom. Scotta marcou mais gols, mas Heynckes havia jogado menos jogos e jogava em uma liga mais forte, além de jogar na ponta-esquerda. Apesar disso, Morena teve uma temporada superior individualmente, apesar do campeonato uruguaio ser mais fraco que o argentino e o alemão.

  Heynckes marcou 41 gols e deu 6+ assistências em 49 jogos no ano calendário e Blokhin marcou 26 gols em 47 jogos no ano calendário de 1975.. Além disso também teve outros dois jogadores que foram muito bem: Ruud Geels, que marcou 55 gols e deu 9 assistências em 48 jogos e Norberto Alonso, que marcou 29 gols em 41 jogos.


Dados de: Heynckes (Borussia Monchengladbach, ponta-esquerda, 30 anos, alemão, 7º lugar, 48 partidas, 46 gols, 4+ assistências, campeão da Bundesliga e da Copa UEFA, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, artilheiro da Bundesliga e da Copa UEFA)

Scotta (San Lorenzo, centroavante, 25 anos, argentino, 61 partidas, 60 gols, ?? assistências, artilheiro do Torneo Metropolitano e Nacional, vencedor do Olimpia de Plata, artilheiro do ano da América do Sul e do mundo)

Morena (Peñarol, centroavante, 23 anos, uruguaio, 9-36 partidas, 54 gols, ?? assistências, campeão da Primera División Uruguaya, artilheiro da Primera División Uruguaya, da Copa Libertadores e da Liguilla Pré-Libertadores, bola de bronze do prêmio de futebolista sulamericano do ano)


1976

Escolhido: Franz Beckenbauer (Bayern Munich, zagueiro/líbero, 31 anos, alemão, 61 partidas, 8 gols, 5 assistências, campeão da Copa Europeia e da Copa Intercontinental, vice da Super Copa Europeia, futebolista alemão do ano, membro do time da temporada da Bundesliga pela Kicker, time do torneio da UEFA Euro)

Franz Beckenbauer com o Ballon D'Or de 1976.


  Beckenbauer? Novamente? Assaltaram os holandeses Rob Rensenbrink e Ruud Geels legal. Fora que o Daniel Passarella e o Elias Figueroa quem eram os melhores zagueiros do mundo. Mas a disputa para ver quem é o melhor jogador do mundo fica entre os holandeses da letra R.

  Ele, Beckenbauer, ficou em terceiro no campeonato alemão jogando 34 jogos e marcou 5 gols e 4 assistências. Pela Copa da Federação Alemã, caiu na semifinal para o Hamburgo, e marcou 2 gols em 7 jogos. Pela Copa Europeia, deu a assistência para o gol do título contra o Saint-Étienne. Jogou 9 jogos e fez só isso. Pela Eurocopa, foi vice para a Tchecoslováquia nos pênaltis. Pela seleção, jogou 8 jogos e marcou 1 gol.

  Rensenbrink, mesmo jogando pelo Campeonato Belga, era sim o melhor jogador europeu. Foi vice campeão belga e vice artilheiro com 23 gols em 35 jogos. Pela Taça dos Vencedores de Taças ele foi implacável, sendo campeão e marcando os dois gols e as duas assistências na vitória por 4 a 2 sobre o West Ham United, e terminou também como o artilheiro com 8 gols e 2 assistências em 9 jogos. Pela Eurocopa, ficou em terceiro lugar após ser eliminado pela Tchecoslováquia por 3 a 1 na prorrogação, jogando dois jogos e não fazendo nenhum gol ou assistência. Por último, humilhou o Bayern de Munique pela Supercopa Europeia, goleando por 4 a 1 na Bélgica fazendo novamente os dois gols e dando novamente as duas assistências, deixando Beckenbauer no bolso. Marcou 3 gols em 6 jogos pela Holanda.

Rob Rensenbrink vence o Onze D'Or de 1976.


  O outro holandês, seu companheiro de equipe e de ataque na seleção holandesa, teve uma temporada tão fenomenal quanto, em termos individuais. Foi o artilheiro da Eredivisie pela segunda vez seguida, marcando 29 gols e 7 assistências em 33 jogos, porém o máximo que o Ajax conseguiu foi ficar em terceiro, tendo um ataque pior do que o campeão PSV e o vice campeão Feyenoord, ex-clube de Geels. Também jogou algo como um Play-Off da liga holandesa, marcando 3 gols e 3 assistências em 3 jogos. Pela KNVB Cup, jogou 3 partidas marcando 3 gols e dando 1 assistência, caindo nas quartas de final para o fraco PEC Zwolle. Creio que seu melhor desempenho foi na Copa da UEFA daquela temporada, onde mesmo com seu clube caindo precocemente nas oitavas de final para o fraco Levski Sofia nos pênaltis, foi o artilheiro isoladíssimo com 11 gols em 6 jogos. Média absurda!

  Na Euro de 76, ele foi o melhor jogador da Holanda nos dois jogos em que a mesma jogou. Foi ele quem deu a assistência para o único gol da Holanda na semifinal contra a Tchecoslováquia na derrota por 3 a 1 na prorrogação, e na disputa pelo terceiro lugar ele marcou dois gols contra a anfitriã Iugoslávia na vitória por 3 a 2 também na prorrogação, marcando o último gol aos 2 minutos do segundo tempo da prorroga após passe de Kees Kist. Depois disso, jogou mais duas partidas e marcou 1 gol pela Holanda. Naquele ano de 1976, a World Soccer incluiu Ruud Geels na sua seleção do ano.

Ruud Geels, o camisa 13 holandês, na Eurocopa de 1976.


  O campeonato belga, apesar de ser fraco, ainda tinha um outro clube que dava muito trabalho para o Anderlecht: O Club Brugge, vice da Copa da UEFA para o Liverpool de Keegan e campeão belga. Porém nós temos que considerar que o Ruud Geels foi a principal estrela da Holanda na Eurocopa, e que, individualmente falando, foi superior a Rensenbrink nos torneios internacionais. A diferença entre ambos é mínima, mas eu escolho o Ruud Geels. 

  Vale lembrar também que jogadores como o Dadá Maravilha e Gerd Muller também jogaram mais que o Beckenbauer. Para mim o melhor jogador no ano calendário de 1976 foi realmente Rensenbrink, tendo marcado 36 gols no ano. Muller foi o artilheiro do ano, com 61 gols.


Dados de: Rensenbrink (Anderlecht, ponta-esquerda/centroavante, 29 anos, holandês, 2º lugar, 52+ partidas, 36+ gols, 4+ assistências, campeão da Copa Belga, da Taça das Taças, da Super Copa Européia e do Torneio de Amsterdã, vice da Primeira Divisão Belga, terceiro lugar na Eurocopa, vencedor da chuteira de ouro belga, artilheiro da Taça das Taças, futebolista europeu do ano da IOC, vice artilheiro da Primeira Divisão Belga)

Ruud Geels (Ajax, centroavante/ponta-direita, 28 anos, holandês, 49 partidas, 49 gols, 12 assistências, terceiro lugar na Eurocopa, artilheiro da Eredivisie e da Copa da UEFA, vice artilheiro da Eurocopa, membro do World XI da World Soccer)


1977

Escolhido: Allan Simonsen (Borussia Mönchengladbach, ponta-direita/segundo-atacante, 25 anos, dinamarquês, 46 partidas, 16 gols, 2+ assistências, campeão da Bundesliga e da DFL-Supercup, vice da Copa Européia e da Copa Intercontinental, membro do time da temporada da Bundesliga pela Kicker, futebolista europeu da temporada pela IOC)

Allan Simonsen com o Ballon D'Or de 1977.

Mesmo marcando o gol de empate contra o Liverpool na final da Copa Europeia 1976-77, ainda foi vice perdendo por 3 a 1.


  Um dos piores Top 3 já feitos pela France Football. Nem sequer vale a pena falar dos números do Simonsen. A verdadeira disputa devia ser entre 3 jogadores bem inesperados de se estarem aqui: Reinaldo, Serginho Chulapa e Dieter Muller.

  Mesmo sendo vice do Campeonato Mineiro para o Cruzeiro, Reinaldo ainda foi o artilheiro do time com 9 gols em mais ou menos 13 jogos. Só o pus aqui devido ao seu desempenho assombroso no Campeonato Brasileiro, marcando 28 gols em 18 jogos. Infelizmente, foi punido e não pode jogar o jogo da final contra o São Paulo, onde o Atlético Mineiro perdeu nos pênaltis em pleno Mineirão. Mesmo recebendo a Bola de Prata como melhor atacante, foi roubado da Bola de Ouro que foi dada a Toninho Cerezo, seu companheiro de equipe. Pelo Brasil, jogou 4 jogos e marcou somente 1 gol contra a Polônia em amistoso, na vitória por 3 a 1 em casa. 28 gols em 18 jogos pelo campeonato no qual eu considero o mais forte ou o segundo mais forte dos anos 70, uau. Segundo o Galo Digital, Reinaldo marcou 42 gols em 48 jogos naquele ano, mas temos que desconsiderar os números de jogos amistosos.

Reinaldo dando entrevista em 1977.

O Atlético Mineiro é vice nos pênaltis para o São Paulo no Mineirão, com São Paulo também desfalcado sem Serginho Chulapa.


  Dieter Muller venceu o Torjagerkanone sendo o artilheiro da Bundesliga com 34 gols em 34 jogos, ajudando seu time a chegar no quinto lugar tendo o segundo melhor ataque com 83 gols em 38 jogos. Pela Copa da Federação Alemã ele tocou o terror em TODOS os jogos. Foi o artilheiro disparado com 14 gols em 8 jogos, marcando em todos os jogos inclusive nos dois jogos da final contra o Hertha Berlin, incluindo o gol do título. Infelizmente teve azar pela Copa da UEFA, caindo nas oitavas para o Queen's Park Rangers pelo critério do gol fora mesmo marcando 2 gols na vitória por 4 a 1 em casa, mas ainda marcou 6 gols em 7 jogos. Pela seleção alemã também não foi nada mal, marcando 3 gols em 5 jogos.

Dieter Muller marcando o gol do título da DFB-Pokal 1976-77 e levantando a taça.

Jogadores do Koln comemorando o título.

Dieter Muller também venceu o Torjagerkanone da Bundesliga 1976-77.


  Esse foi o melhor ano da carreira do Chulapa junto com o ano de 1983, onde ele estava jogando pelo Santos. Foi o artilheiro do Campeonato Paulista com 32 gols em 40 jogos e vice artilheiro do Brasileirão com 18 gols em 16 jogos, sendo campeão. Não jogou a final contra o Atlético Mineiro também, pois havia sido suspenso por vários meses após agredir um bandeirinha, ficando até mesmo fora da Copa do Mundo de 1978 devido a isso. Não jogou pela seleção brasileira, e só iria estrear em 1979.

Por algum motivo estranho, algumas fontes indicam que ele marcou 42 gols em 55 jogos ao invés de 50 gols em 56 jogos naquele ano.


  Pelo fato do Reinaldo ter tido uma média de gol muito melhor pela liga nacional e ter jogado numa liga tão forte, se não até mais forte do que a alemã, e também por ser muito mais genial, criativo e habilidoso, o prêmio é dele. Chulapa estava no mesmo nível do Dieter ao meu ver, mas seria vice campeão nacional para o Atlético Mineiro se o Reinaldo estivesse em campo. Aliás, o mesmo Reinaldo havia marcado em praticamente todos os jogos do Brasileirão em que jogou.

  Reinaldo teve números menores no ano calendário de 1977. A decisão do Mineiro de 1976 ficou pra abril de 1977, ou seja, mais dois gols em dois jogos para a conta do Reinaldo. Porém, Reinaldo disputou cinco partidas do Campeonato Brasileiro de 1977 no início de 1978, ou seja, cinco partidas a menos e 9 gols a menos. Prejuízo de 3 partidas e 7 gols a menos. Dieter Muller marcou 59 gols em 53 jogos e Serginho jogou 7 partidas a menos no ano, marcando 7 gols a menos também. Ainda assim, para mim o Reinaldo foi o melhor jogador do ano, por pouco.


Dados de: Reinaldo (Atlético Mineiro, centroavante, 20 anos, brasileiro, 35 partidas, 38 gols, ?? assistências, vice do Campeonato Mineiro e do Campeonato Brasileiro, melhor atacante e craque do ano do Troféu Guará, vencedor da Bola de Prata, vencedor da Chuteira de Ouro da Revista Placar (1-5 fotos)

Dieter (Köln, centroavante, 23 anos, alemão, 23º lugar, 54 partidas, 57 gols, ?? assistências, campeão da DFB-Pokal, artilheiro da Bundesliga e da DFB-Pokal)

Chulapa (São Paulo, centroavante, 24 anos, brasileiro, 55-56 partidas, 50 gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Brasileiro, artilheiro do Campeonato Paulista, vice artilheiro do Campeonato Brasileiro)


1978

Escolhido: Kevin Keegan (Mario Kempes) (Valencia, centroavante/segundo-atacante/ponta-esquerda/meia-atacante, 24 anos, argentino, 53 partidas, 45 gols, 1+ assistências, campeão da Copa do Mundo, vencedor do Troféu Pichichi, bola e chuteira de ouro da Copa do Mundo, vencedor do Olimpia de Prata, futebolista sulamericano do ano, artilheiro da Copa del Rey)

  Sim, mas eu daria o prêmio para o Rensenbrink se a Holanda vencesse a Copa.

  Mario Kempes venceu o Troféu Pichichi pela segunda vez seguida marcando 28 gols em 34 jogos, ajudando o Valencia a ficar em quarto lugar. Mesmo sendo o artilheiro da Copa do Rei com 11 gols em 12 jogos, caiu nas quartas para a Real Sociedad. Por último, foi campeão da Copa do Mundo pela Argentina em casa, após bater a Holanda de Rensenbrink por 3 a 1 marcando os dois gols e dando uma assistência no finalzinho para Bertoni. Terminou sendo o artilheiro com 6 gols e 1 assistência em 7 jogos. Essa Copa, porém, tem várias polêmicas devido aos 6 a 0 no Peru de Cubillas e devido a ditadura sanguinária argentina. Mas mesmo assim, ele ainda era o melhor do mundo.

  Kempes não era o melhor jogador do mundo no ano calendário de 1978, e sim o austríaco Hans Krankl. 45 gols em 49 jogos sendo um dos destaques da Copa do Mundo de 1978. Rensenbrink marcou 27 gols no ano.

Mario Kempes vence o Onze D'Or de 1978.

Mario Kempes foi o herói do título marcando 2 gols e 1 assistência na vitória por 3 a 1 sobre a Holanda de Rensenbrink.


1979

Escolhido: Kevin Keegan (Hamburg, ponta-direita/meia-atacante/segundo-atacante/, 28 anos, inglês, 43 partidas, 22 gols, 2+ assistências, campeão da Bundesliga, membro do time da temporada da Bundesliga pela Kicker)

Kevin Keegan com o Ballon D'Or de 1979.


  Não era nem Top 10 entre os melhores jogadores europeus. O melhor europeu era o austríaco Hans Krankl, do Barcelona, e o melhor jogador do mundo era Zico, que juntando jogos oficiais e amistosos, marcou 89 gols em um ano. Preciso falar mais?

Dados de: Zico (Flamengo, meia-atacante, 26 anos, brasileiro, 56 partidas, 70 gols, 3-12 assistências, campeão do Campeonato Carioca duas vezes, terceiro lugar da Copa América, artilheiro do Campeonato Carioca duas vezes, artilheiro da temporada brasileira, membro do FIFA XI)

Zico com a camisa do Flamengo, 1979.

Além de bicampeão carioca, foi o artilheiro isolado dos dois campeonatos cariocas de 1979.

Diego Armando Maradona e Zico juntos na Copa América de 1979.


1980

Escolhido: Karl-Heinz Rummenigge (Bayern Munich, centroavante/ponta-esquerda/ponta-direita, 25 anos, alemão, 57 partidas, 40 gols, 5+ assistências, campeão da Bundesliga e da Eurocopa, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, artilheiro da Bundesliga, gol alemão do ano, futebolista alemão do ano, time do torneio da Eurocopa, vencedor do Bravo Otto)

  Era o melhor atacante da Europa, mas Zico e Diego Armando Maradona foram tão bons quanto.

  Assumindo o protagonismo do Bayern após a saída de Muller e Beckenbauer, Karl-Heinz Rummenigge ajudou o time a ser campeão alemão e venceu o Torjagerkanone ao marcar 26 gols em 34 jogos. Pela Copa da Federação Alemã, caiu ainda na terceira eliminatória marcando 5 gols em 3 jogos. Pela Copa da UEFA, caiu nas semifinais para o Frankfurt, marcando 5 gols e 2 assistências em 10 jogos. Pela Eurocopa, marcou 1 gol e 1 assistência em 4 jogos (incluindo a assistência para um dos dois gols de Hrubesch na vitória por 2 a 1 sobre a Bélgica na final). Em geral, jogou 10 jogos e marcou 4 gols e 3 assistências pela Alemanha.

Rummenigge com o Ballon D'Or de 1980.


  Participando do carioca jogando abaixo do esperado com 12 gols em 26 jogos, Zico foi fenomenal pelo Campeonato Brasileiro sendo campeão em cima do Atlético Mineiro em uma partida emocionante e com uma arbitragem polêmica no Maracanã, dando assistência para o primeiro gol de Nunes e marcando o segundo gol do Flamengo. Foi o artilheiro do campeonato com 21 gols e 1 assistência em 19 jogos, mas por algum maldito motivo não venceu nem a Bola de Prata, sendo que era de longe o melhor jogador daquele Brasileirão. Pela seleção brasileira, marcou 4 gols e 1 assistência em 5 jogos. No final, ficou em segundo no Rei da América, atrás somente de Maradona.

Zico marca o gol de desempate na final do Campeonato brasileiro de 1980 contra o Atlético Mineiro no Maracanã.

Flamengo campeão brasileiro de 1980.


  Maradona, mesmo sendo o artilheiro do Metropolitano com 25 gols e do Nacional com 18 gols marcando 43 gols e 10 assistências em 45 jogos ainda muito jovem e jogando por um time muito fraco, o máximo que conseguiu foi ser vice do Campeonato Metropolitano para o River Plate. Pela seleção argentina, marcou 7 gols e 6 assistências em 10 jogos. O Campeonato Argentino era o segundo mais forte das Américas, atrás do brasileiro.

Maradona, 1980.

Maradona marca 4 gols na vitória por 5 a 3 sobre o Boca Juniors do goleiro Hugo Gatti.


  Pelo clube, Zico e Maradona foram um pouquinho superiores ao Rummenigge, mas a Eurocopa também pesou muito aqui. Zico > Maradona >>> Rummenigge por clube, Maradona >> Zico > Rummenigge por seleção. Temos que lembrar também que o Maradona jogava em um time muito mais fraco do que seus 2 concorrentes, apesar de jogar em uma liga mais fraca. Darei o prêmio para ele.


Dados de: Zico (Flamengo, meia-atacante, 27 anos, brasileiro, 50 partidas, 37 gols, 1-12 assistências, campeão do Campeonato Brasileiro, bola de prata do prêmio de futebolista sulamericano do ano, artilheiro do Campeonato Brasileiro, artilheiro da temporada brasileira, vice artilheiro do Campeonato Carioca)

Maradona (Argentinos Juniors, meia-atacante/segundo atacante, 20 anos, argentino, 55 partidas, 50 gols, 16+? assistências, vice do Metropolitano, futebolista do ano dos escritores argentinos de futebol, futebolista sulamericano do ano, artilheiro do Metropolitano e do Nacional)


1981

Escolhido: Karl-Heinz Rummenigge (Bayern Munich, centroavante/ponta-esquerda, 26 anos, alemão, 56 partidas, 48 gols, 11+ assistências, campeão da Bundesliga, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, artilheiro da Bundesliga, gol alemão do ano, vencedor do Bravo Otto, artilheiro da Copa Européia)

Rummenigge com o Ballon D'Or de 1981.


  Não, mas não foi tão absurdo assim. Rummenigge era sem dúvidas o segundo melhor jogador do mundo, atrás somente de Zico.

  Rummenigge foi bicampeão alemão vencendo novamente o Torjagerkanone após marcar 29 gols em 34 jogos. Caiu novamente na terceira eliminatória da Copa da Federação Alemã marcando 4 gols em 3 jogos, e pela Copa Europeia, terminou como o artilheiro com 6 gols em 8 jogos, mas caiu na semifinal para o Liverpool pelo critério do gol fora após empate em 1 a 1 na Alemanha, marcando o gol do time. Pela Alemanha, jogou 11 jogos e marcou 9 gols e 9 assistências.

  Zico ganhou tudo o que disputou, exceto o Campeonato Brasileiro, onde jogou só 8 jogos e marcou 3 gols e 1 assistência, caindo nas quartas para o Botafogo. Pelo Campeonato Carioca, foi campeão sendo o vice artilheiro com 25 gols em 33 jogos. Pela Copa Libertadores, foi o artilheiro com 11 gols e 3 assistências em 13 jogos, marcando os dois gols da vitória primeiro jogo da final contra o Cobreloa vencido por 2 a 1 e no jogo decisivo em Montevideo marcou os dois gols do título. Seu último título do ano e o mais importante da carreira foi a Copa Intercontinental em cima do Liverpool, que foi sapecado por 3 a 0 com 3 assistências de Zico, que foi eleito o melhor e mais valioso jogador da partida. Pela seleção brasileira, marcou 10 gols em 12 jogos.

Zico beijando a Taça da Libertadores de 1981.

Zico, Andrade e Maestro Junior com o título da Copa Toyota e da Copa Intercontinental de 1981.

Zico é eleito o MVP da partida e ganha um carro novinho da Toyota.

Zico é eleito o futebolista do ano de 1981 pelo Guerin Sportivo.


  Zico foi visivelmente melhor, mas resolvi citar o Rummenigge aqui como uma menção honrosa, já que o confronto na final da Copa Intercontinental devia ser entre Flamengo x Bayern.


Dados de: Zico (Flamengo, meia-atacante, 28 anos, brasileiro, 67 partidas, 49 gols, 4-21 assistências, campeão do Campeonato Carioca, da Copa Libertadores e da Copa Intercontinental, futebolista sulamericano do ano, melhor jogador e artilheiro da Copa Libertadores, MVP da Copa Intercontinental)


1982

Escolhido: Paolo Rossi (Juventus, centroavante, 26 anos, italiano, 14 partidas, 7 gols, 1 assistência, campeão da Serie A e da Copa do Mundo, bola e chuteira de ouro da Copa do Mundo, jogador do ano da World Soccer Awards, campeão dos campeões do L'Équipe)

Paolo Rossi com o Ballon D'Or de 1982.

Paolo Rossi é eleito o futebolista do ano de 1982 da World Soccer.

Rossi com a chuteira e a bola de ouro da Copa do Mundo.


  Mesmo sendo o melhor jogador disparado da Copa do Mundo, jogou só 3 jogos pela Juventus naquele ano e marcou 1 gol, é difícil de analisar um jogador que jogou somente esse tiquinho de partidas. Jogou somente 14 partidas e marcou 7 gols e 1 assistência em todas as competições por clube e por seleção. Devido a isso, Zico merecia o prêmio novamente.

  Zico teve uma temporada excelente. Foi vice do Carioca para o Vasco, mas foi o artilheiro com 21 gols em 21 jogos. Pela Libertadores, caiu em um grupo difícil com River Plate e Peñarol, e não passou de fase devido as duas derrotas para os uruguaios, mas ainda marcou 2 gols em 4 jogos. Pelo Brasileirão, foi o artilheiro com 20 gols e 6 assistências em 23 jogos e foi o campeão marcando no primeiro jogo empatado por 1 a 1 no Maracanã e dando assistência pro gol do título de Nunes, no jogo decisivo no Estádio Olímpico. Venceu a Bola de Prata como o melhor meia e a Bola de Ouro como o melhor jogador. Pela Copa do Mundo, foi o principal jogador do Brasil junto com Falcão. Mesmo caindo na segunda fase de grupos devido ao triplete de Rossi, ainda marcou 4 gols e 4 assistências em 5 jogos, sendo o segundo melhor meia da competição atrás somente de Falcão, e vencendo a chuteira de bronze daquela Copa. Marcou 8 gols e 4 assistências (número não-exato de assistências) em 11 jogos pelo Brasil naquele ano.

Zico com a bola de prata de melhor meia e a bola de ouro de melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 1982. 

Zico teve a sua camisa rasgada contra a Itália dentro da área, mas o juiz não deu nada.

Zico, Rummenigge e Rossi com as suas chuteiras da Copa do Mundo de 1982.


  Se o Rossi tivesse jogado pelo menos 20-30 partidas, eu poderia analisá-lo melhor. Ele até jogou umas partidas a mais no ano calendário de 1982, mas mesmo assim...


Dados de: Zico (Flamengo, meia-atacante, 29 anos, brasileiro, 60 partidas, 52 gols, 11-19 assistências, campeão do Campeonato Brasileiro, vice do Campeonato Carioca, vencedor da Bola de Prata e da Bola de Ouro, artilheiro do Campeonato Carioca e do Campeonato Brasileiro, futebolista sulamericano do ano, artilheiro da temporada brasileira, chuteira de bronze da Copa do Mundo, membro do All-Star da Copa do Mundo)


1983

Escolhido: Michel Platini (Juventus, meia-atacante/meia-central/segundo-atacante, 28 anos, francês, 55 partidas, 29 gols, 18+ assistências, campeão da Coppa Italia, vice da Serie A e da Copa Européia, artilheiro da Serie A e vice artilheiro da Copa Européia)

  Platini tem um concorrente a altura: Zico (Cujo eu vou ter que somar o ano dele em geral, porque ele jogou a temporada de 1983 pelo Flamengo e a temporada de 1983-84 pela Udinese, ou seja, vou somar a temporada 1982-83 do Platini pela Juventus e a temporada 1983 e o ano de 1983 da temporada 1983-84 pela Udinese do Zico).

  Antes de ir embora para a Udinese, Zico jogou o Campeonato Brasileiro e foi campeão marcando gol e dando assistência na final contra o Santos vencida por 3 a 0 no Maracanã, terminando como o vice artilheiro da competição com 17 gols e 9 assistências em 25 jogos. Mesmo assim, não ganhou nem a Bola de Prata... Ainda jogou a Libertadores naquele ano, mas foi eliminado ainda na fase de grupos para o Grêmio. Jogou 4 jogos e marcou 3 gols e 2 assistências pela Libertadores, e após chegar na Udinese, marcou 12 gols e 2 assistências nos 18 jogos disputados pelo clube em 1983. Jogou só um jogo pela seleção brasileira naquele ano, e não jogou a Copa América por não estar jogando em sua terra natal.

Zico é eleito o futebolista do ano de 1983 da World Soccer.


  Platini, recém-chegado na liga mais difícil do mundo e na mais difícil da história, foi o artilheiro com 16 gols e 8 assistências em 29 jogos, mas foi vice para a Roma de Falcão. Pela Copa Europeia, também foi vice, mas dessa vez para o Hamburgo. Terminou como o vice artilheiro com 5 gols e 3 assistências em 9 jogos. De consolação, ganhou a Coppa Italia marcando 2 na segunda partida na final contra o Hellas Verona vencida por 3 a 0 na prorrogação. Marcou 7 gols e 3 assistências em 13 jogos, e terminou como o artilheiro. Pela seleção francesa, jogou 4 jogos e marcou 1 gol e 4 assistências.

Michel Platini com o Ballon D'Or de 1983.


  Considerando a dificuldade da Serie A e da Copa Europeia, superiores ao Brasileirão e a Libertadores, darei o prêmio para o Platini. Mas o Zico era o segundo melhor do mundo. Talvez o Maradona poderia vencer o prêmio se não tivesse tido uma lesão gravíssima contra o Athletic Bilbao. No ano ano calendário de 1983, Platini jogou 56 partidas, marcou 36 gols e deu 16+ assistências.


Dados de: Zico (Flamengo, meia-atacante/segundo-atacante?, 30 anos, brasileiro, 47 partidas, 32 gols, 14 assistências, campeão do Campeonato Brasileiro, vice do Campeonato Carioca, vice artilheiro do Campeonato Brasileiro, jogador do ano da World Soccer)


1984

Escolhido: Michel Platini (Juventus, meia-atacante/segundo-atacante, 29 anos, francês, 54 partidas, 38 gols, 11+ assistências, campeão da Serie A, da Taça das Taças, da Super Copa Européia e da Eurocopa, futebolista europeu do ano da IOC, jogador do ano da World Soccer, artilheiro e melhor jogador da Eurocopa, campeão dos campeões francês do L'Équipe, vencedor do Guerin D'Oro, artilheiro da Serie A)

  O melhor ano disparado da carreira do Michel Platini. 52 partidas, 40 gols e 18+ assistências no ano calendário de 1984.

  Conseguiu ser campeão da Serie A dessa vez, sendo o artilheiro com 20 gols e 3+ assistências em 29 jogos, e terminando vencendo o Guerin D'Oro como o melhor jogador da Serie A. Pela Coppa Italia, caiu nas oitavas e marcou 3 gols e 1 assistência em 7 jogos. Pela Taça das Taças, foi campeão dando assistência na final contra o Porto vencida por 2 a 1. Marcou 2 gols e 3 assistências (não tenho o número de todas as assistências dele nessa temporada) em 8 jogos. Foi campeão da Supercopa Europeia em cima do Liverpool de Ian Rush após vitória por 2 a 0. Fez a melhor atuação individual de um jogador na história das Eurocopas, carregando nas costas toda a seleção francesa pela Eurocopa de 1984 na França. Marcou 9 gols (Sim, 9 gols) e 1 assistência em somente 5 jogos, marcando em todos os jogos inclusive de falta na final contra a Espanha. Pela França, marcou 13 gols e 3 assistências em 10 jogos, números incríveis para um meia.

  Um dos melhores (ou o melhor) finalizadores do mundo, o melhor criador de jogadas do mundo, um dos melhores cobradores de faltas do mundo, um dos melhores dribladores do mundo... Platini foi impecável nessa temporada.

Platini levanta o troféu da Eurocopa da França de 1984 após uma campanha impecável.

Michel Platini com o Ballon D'Or 1984.

Michel Platini disputou o prêmio de futebolista do ano de 1984 da World Soccer com Zico (Udinese) e Ian Rush (Liverpool), e acabou ganhando.


1985

Escolhido: Michel Platini (Juventus, meia-atacante/meia-central/segundo-atacante, 30 anos, francês, 53 partidas, 32 gols, 15+ assistências, campeão da Copa Europeia e da Copa Intercontinental, futebolista europeu do ano pela IOC, jogador do ano pela World Soccer, artilheiro da Serie A e da Copa Europeia, líder de assistências da Coppa Italia, não jogou a Super Copa Europeia contra o Everton devido a tragédia de Heysel, onde Hooligans do Liverpool atacaram torcedores da Juventus e causaram a morte de 39 torcedores e 600 feridos, e todos os clubes ingleses foram punidos de jogarem competições internacionais até 1991)

  Impossível dizer que foi injusto.

  Mesmo sendo o artilheiro da Serie A pela terceira vez seguida com 18 gols em 30 jogos, a Juventus foi horrorosa e ficou só em sexto. Pela Coppa Italia, jogou 7 jogos e marcou 4 gols e 8 assistências, terminando como o líder de assistências mas caindo nas quartas de final para o Milan. Finalmente conseguiu vencer a Copa Europeia, marcando o gol do título na final do desastre de Heysel, de pênalti, terminando como o artilheiro com 7 gols e 4 assistências em 9 jogos. Pela Copa Intercontinental, foi campeão marcando de pênalti e dando assistência para Laudrup no tempo normal no empate de 2 a 2 contra o Argentinos Juniors, e marcou o pênalti do título nas penalidades máximas. Pela França, jogou 6 jogos e marcou 2 gols e deu 1 assistência.

  Sem discussão quanto ao desempenho da temporada do Platini. Quanto ao ano calendário, outros 3 jogadores foram tão bons quanto ele. Maradona marcou 25 gols e deu 13+ assistências em 44 jogos, Elkjaer Larsen marcou 26 gols em 44 jogos e Van Basten marcou 42 gols e deu 6 assistências em 45 jogo. Platini marcou 27 gols e deu 10+ assistências em 55 jogos, bons números.

Michel Platini com o Ballon D'Or de 1985, seu terceiro e último.

Platini marca o gol do título da Copa Européia 1984-85 em cima do Liverpool na vitória por 1 a 0.



Imagens do desastre de Heysel :(


1986

Escolhido: Igor Belanov (Diego Armando Maradona) (Napoli, meia-atacante/segundo atacante, 26 anos, argentino, 41 partidas, 20 gols, 11+ assistências, campeão da Copa do Mundo, futebolista do ano dos escritores argentinos de futebol, vencedor do Olimpia de Oro, bola de ouro da Copa do Mundo, chuteira de prata da Copa do Mundo, líder de assistências da Copa do Mundo, campeão dos campeões do L'Équipe, vencedor do prêmio de atleta do ano da United Press International, jogador do ano da World Soccer)

  Diego Armando Maradona fez uma das melhores Copas do Mundo da história de um jogador. Porém, tenho uma curiosidade para dar para vocês: Se o Gheorghe Hagi tivesse ido para o Steaua Bucuresti na temporada 1985-86, onde os romenos foram campeões europeus em cima do Barcelona e tivesse tido o mesmo desempenho ou um desempenho até melhor do que teve pelo Sportul Studentesc, eu daria a bola de ouro para ele mesmo com a atuação de Maradona pela Copa do Mundo. Enfim, voltando a falar do Maradona:

  Teve uma temporada boa pelo Napoli naquele ano, levando o time ao terceiro lugar da Serie A e marcando 11 gols e 5 assistências em 29 jogos. Pela Coppa Italia, caiu ainda no grupo 2 marcando 2 gols e 1 assistência em 2 jogos. Até aqui nada que o fizesse ser o melhor jogador do mundo, mas aí veio a Copa do Mundo no México, onde Maradona foi excepcional e marcou 5 gols e 5 assistências em 7 jogos, com destaque para os jogos contra a Inglaterra, contra a Bélgica e contra a Alemanha na final, em que ele deu assistência para o gol do título vencido por 3 a 2. Maradona acabou vencendo a bola de ouro daquela competição, a chuteira de prata como o vice artilheiro e foi também o líder de assistências. Pela Argentina, jogou 10 jogos e marcou 7 gols e 5 assistências ao todo.

  Mas lembrando o que eu disse: Se Hagi estivesse no Estrela de Bucareste naquele ano e tivesse jogado como jogou pelo seu outro clube, a bola de ouro seria do romeno. Sorte tua, Maracoca.

Após marcar o primeiro gol com a "mão de Deus",


Maradona marca o "gol do século" diante da Inglaterra.

Maradona com o troféu da Copa do Mundo de 1986.

Maradona vence o Onze D'Or de 1986.

Maradona é eleito o futebolista do ano de 1986 da World Soccer.


  Pensando bem, Careca e Lineker também poderiam terem vencido o prêmio se o Brasil ou a Inglaterra fossem campeões. Van Basten e Gullit também podiam entrar no meio se a Holanda estivesse na Copa no lugar da Bélgica. Aliás, Van Basten foi o jogador que teve o melhor desempenho em todas as ligas nacionais. No ano calendário de 1986, Maradona marcou 20 gols e deu 9+ assistências em 43 jogos.


1987

Escolhido: Ruud Gullit (PSV, meia-central/líbero/centroavante, 25 anos, holandês, 43 partidas, 31 gols, 14 assistências, campeão da Eredivisie, esportista holandês do ano, futebolista do ano da World Soccer, líder de assistências da Eredivisie)

  Ruud Gullit e Marco van Basten querem ter uma conversinha com você dessa vez, Maradona.

  Maradona fez uma coisa histórica: Foi o protagonista do Napoli na conquista do seu primeiro Scudetto da Serie A, onde marcou 10 gols e 4 assistências em 29 jogos. Pela Coppa Italia também foi sensacional, sendo campeão dando assistência nos dois jogos da final e terminando como o vice artilheiro com 7 gols e 4 assistências em 10 jogos. Internacionalmente, caiu na primeira eliminatória da Copa da UEFA nos pênaltis para o Toulouse nos pênaltis, perdendo o seu. Jogou muito bem pela Copa América, mas caiu na semifinal para o Uruguai mesmo jogando em casa. Marcou 3 gols em 4 jogos, e terminou como o vice artilheiro. Jogou 6 jogos pela Argentina e marcou 4 gols e 1 assistência.

O Napoli, sendo campeão da liga italiana em cima da Juventus,

também foi campeão da Coppa Italia.

Diego Armando Maradona venceu novamente o Onze D'Or, com Marco van Basten e Ruud Gullit atrás dele.


  Gullit era de longe o jogador mais completo do mundo podendo jogar em praticamente todos os lugares rendendo muito bem. Foi campeão da Eredivisie sendo o líder de assistências com 14 assistências e 22 gols em 34 jogos. Pela Copa KNVB, caiu nas oitavas de final nos pênaltis (perdendo o seu, inclusive), mas ainda marcou 4 gols em 3 jogos. Pela Holanda, marcou 5 gols em 6 jogos. A Eredivisie ainda era tão boa quanto nos anos 70, apesar da Holanda não ter ido pra Copa do Mundo nem em 1982 e nem em 1986.

Ruud Gullit com o Ballon D'Or de 1987.


  Van Basten foi o artilheiro da Eredivisie pela quarta vez seguida, marcando 31 gols e 9 assistências em 27 jogos, mas acabou sendo vice novamente. Pela Copa KNVB, foi o artilheiro com 7 gols em 7 jogos marcando 2 na final contra o Den Haag, vencida na prorrogação por 4 a 2. Pela Taça dos Vencedores de Taças, marcou o gol do título sobre o Lokomotiv Leipzig da Alemanha Oriental na final, e terminou sendo o vice artilheiro com 6 gols em 9 jogos. Pela Holanda, marcou só 1 gol em 4 jogos.

O Ajax é campeão da Copa KNVB,

tendo o jovem Van Basten como o seu protagonista desde a temporada 1983-84.


  Claro, eu sei que a Serie A era mil vezes mais difícil do que a Eredivisie. Gullit, porém, era o jogador mais completo do mundo, rendendo 100% em qualquer posição, e Van Basten era de longe o melhor finalizador do mundo, enquanto o Maradona era um melhor driblador e criador de jogadas. É a escolha mais difícil que irei fazer em todo o blog, então tenho que somar algumas coisas. Juntando o desempenho coletivo e individual pelo campeonato nacional: Gullit > Van Basten > Maradona, por pouquíssima diferença entre os 3. Pela copa nacional: Maradona > Van Basten >>>>>>>>>>> Gullit. Pela seleção: Maradona >> Gullit >>> Van Basten, e por último, internacionalmente: Van Basten >>>>>>>> Maradona > Gullit. É uma das escolhas mais difíceis que eu já fiz, mas irei escolher o Van Basten. Escolham qualquer um que vocês quiserem de qualquer jeito, qualquer um dos 3 merecem.

  O desempenho dos três no ano calendário de 1987 foi muito parecido. Maradona marcou 22 gols e deu 8+ assistências em 47 jogos, Gullit marcou 22 gols e deu 6+ assistências e Van Basten marcou 27 gols e deu 5+? assistências em 36 jogos. Maradona foi um pouquinho melhor.


Dados de: Maradona (Napoli, meia-atacante/segundo atacante, 27 anos, argentino, 47 partidas, 21 gols, 9+ assistências, campeão da Serie A e da Coppa Italia, vice artilheiro da Copa América e da Coppa Italia)

Van Basten (Ajax, centroavante, 23 anos, holandês, 7º lugar, 47 partidas, 45 gols, 9 assistências, campeão da KNVB Cup e da Taça das Taças, vice da Eredivisie, artilheiro da Eredivisie, vencedor do prêmio Bravo, vice artilheiro da Taça das Taças e da KNVB Cup)


1988

Escolhido: Marco van Basten (Milan, centroavante, 24 anos, holandês, 28 partidas, 13 gols, 5 assistências, campeão da Serie A e da Eurocopa, melhor jogador do mundo da IFFHS, jogador do ano da World Soccer, artilheiro e melhor jogador da Eurocopa)

Van Basten com o Ballon D'Or de 1988.


Imagens do golaço de voleio de Van Basten na final da Eurocopa contra a União Soviética.

Van Basten é eleito o futebolista do ano de 1988 da World Soccer.

Os prêmios da chuteira de ouro e da bola de ouro da Eurocopa, como o artilheiro e o melhor jogador.

Marco van Basten é eleito o melhor jogador do mundo da IFFHS, enquanto Diego Maradona fica em segundo e Ruud Gullit em terceiro.

  Acho que não. Teve uma lesão grave na temporada que diminuiu e muito seu número de partidas, e tanto Ronald Koeman quanto Diego Maradona foram geniais. Mas vamos compará-los.

  Antes de estrear na Serie A, Van Basten jogou primeiro a Coppa Italia, e foi muito bem: 5 gols e 2 assistências em 5 jogos, mas caiu ainda nas oitavas. Devido a lesão, jogou somente 11 jogos da Serie A e marcou 3 gols, vindo do banco muitas vezes. Marcou o gol do título da Serie A sobre o Napoli de Maradona na vitória por 3 a 2 fora de casa. Pela Copa da UEFA ele foi muito mal: 1 assistência em 3 jogos, caindo na segunda eliminatória. O que deu a ele o prêmio de melhor do mundo aquele ano foi a Eurocopa: Campeão dando assistência para Gullit e marcando um dos gols mais bonitos da história contra a União Soviética na final vencida por 2 a 0, terminou o torneio com 5 gols e 2 assistências em 5 jogos, vencendo a chuteira e a bola de ouro daquela competição. Marcou 5 gols e 2 assistências em 9 jogos pela Holanda naquele ano.

  Koeman, o zagueiro com mais gols na história do futebol, teve a sua melhor temporada da carreira esse ano, sendo campeão holandês marcando 21 gols e 13 assistências em 32 jogos, terminando como um dos líderes de assistências da Eredivisie. Pela Copa KNVB, foi campeão e o artilheiro com 4 gols e 1 assistência em 6 jogos, dando uma assistência na final contra o Roda JC mesmo tendo perdido um pênalti. Trouxe a primeira e única Copa Europeia do PSV nos pênaltis contra o Benfica, marcando 1 gol e 1 assistência em 8 jogos. Pela Supercopa Europeia, foi vice para o Mechelen de Michel Preud'homme e pela Copa Intercontinental, foi vice para o Nacional nos pênaltis tendo marcado de pênalti no tempo normal em que o jogo acabou empatado por 2 a 2. Pela Eurocopa, marcou 1 gol e 1 assistência em 5 jogos, marcando na semifinal contra a Alemanha de Lothar Matthaus, de pênalti. Jogou 10 jogos ao todo, tendo marcado mais nenhum gol ou assistência nesse ano depois disso.

Koeman, em uma das poses mais gays que eu já vi, 1988.


  A temporada 1987-88 foi uma das temporadas mais azaradas carreira de Maradona. Apesar de ser o artilheiro e o líder de assistências da Serie A com 15 gols e 10 assistências em 28 jogos e também o artilheiro e o líder de assistências da Coppa Italia com 6 gols e 6 assistências em 9 jogos, foi vice da Serie A para o Milan e caiu nas quartas da Coppa Italia para o Torino. Caiu na primeira eliminatória da Copa Europeia para o Real Madrid, jogando 2 jogos. Jogou 3 jogos pela seleção argentina e marcou 1 gol.

Maradona e Gullit, temporada 1987-88


  O Milan e o PSV eram uns dos melhores times do mundo, e o Napoli também tinha outros membros importantes além do Maradona. Koeman e Maradona foram muito melhores pelo clube até pelo fato de não terem se lesionado, enquanto Van Basten foi muito superior pela Eurocopa e pela seleção em geral. Colocarei Koeman em primeiro, e Van Basten em segundo empatado com Maradona.

  Van Basten marcou 19 gols e 8 assistências no ano calendário de 1988, em 34 jogos disputados. Ronald Koeman marcou 21 gols e deu 17 assistências em 55 jogos, e Maradona marcou 26 gols e deu 16+ assistências em 48 jogos. Para mim o Koeman ainda foi levemente superior.


Dados de: Koeman (PSV, zagueiro/líbero, 25 anos, holandês, 5º lugar, 59 partidas, 28 gols, 16 assistências, campeão da Eredivisie, da KNVB Cup, da Copa Européia e da Eurocopa, vice da Super Copa Européia e da Copa Intercontinental, futebolista holandês do ano, time do torneio da Eurocopa, líder de assistências da Eredivisie)

Dados de: Maradona (Napoli, meia-atacante/segundo atacante, 28 anos, argentino, 3º lugar, 42 partidas, 22 gols, 16+ assistências, vice da Serie A, artilheiro da Serie A e da Coppa Italia, líder de assistências da Serie A e da Coppa Italia)


1989

Escolhido: Marco van Basten (Milan, centroavante, 25 anos, holandês, 55 partidas, 36 gols, 13+ assistências, campeão da Copa Européia, da Supercoppa Italiana, da Supercopa Européia e da Copa Intercontinental, melhor jogador do ano da UEFA, artilheiro da Copa Européia, melhor jogador do mundo da IFFHS, vice artilheiro da Serie A)

  Sim. Não tinha outro concorrente.

  O Milan ficou só em terceiro na Serie A, e Van Basten foi o vice artilheiro com 19 gols e 8 assistências em 33 jogos. Pela Coppa Italia caiu ainda no Grupo A, mas marcou 3 gols e 1 assistência em 4 jogos. Pela Copa Europeia, foi o campeão e o protagonista do time na conquista sendo o artilheiro com 10 gols e 2 assistências em 9 jogos, marcando 2 na final contra o Estrela de Bucareste de Gheorghe Hagi. Foi campeão da Copa Intercontinental também, e pela Supercopa Europeia, foi campeão marcando no primeiro jogo contra o Barcelona, de pênalti. Pela Holanda, marcou 2 gols em 5 jogos. Por último, ganhou a Supercoppa Italiana em cima da Sampdoria de Gianluca Vialli dando duas assistências e marcando de pênalti na vitória por 3 a 1.

Van Basten com o Ballon D'Or de 1989.
  

  No ano calendário de 1989, Van Basten marcou 31 gols e deu 8 assistências em 48 jogos. Pronto, bora pro próximo!


1990

Escolhido: Lothar Matthaus (Inter Milano, meia-central/meia-atacante/volante, 29 anos, alemão, 45 partidas, 20 gols, 12 assistências, campeão da Copa do Mundo, melhor jogador do mundo da IFFHS, jogador do ano da World Soccer, bola de prata da Copa do Mundo, futebolista alemão do ano, gol alemão do ano)

  Essa aqui vai dar um pouco de trabalho. Irei comparar o Matthaus com o Maradona, o Jean-Pierre Papin e o Baresi. 

  Lothar Matthaus não foi nada mal apesar da Internazionale ficar em terceiro, tendo marcado 11 gols e 8 assistências em 25 jogos. Pela Coppa Italia, caiu ainda no grupo A, mas marcou 2 gols em 3 jogos. Pela Copa Europeia, caiu ainda na primeira eliminatória jogando 2 jogos e não fazendo nada contra o Malmo. Pela Copa do Mundo, porém, foi excelente, marcando 4 gols em 7 jogos e sendo campeão em cima da Argentina de Maradona, sendo também o bola de prata da competição atrás de Schillaci. Ao todo, marcou 7 gols e 3 assistências em 15 jogos pela Alemanha naquele ano.

Matthaus faz linda jogada individual e manda uma bomba de fora da área contra a Iugoslávia na fase de grupos da Copa do Mundo de 1990.

Lothar Matthaus levantando a taça da Copa do Mundo.

Ele e Maradona tirando cara ou coroa antes da partida da final começar.

Matthaus foi eleito o melhor jogador do mundo da IFFHS em 1990.

Matthaus com o Ballon D'Or de 1990.

Por último, foi eleito o futebolista do ano de 1990 da World Soccer.


  Maradona foi provavelmente o melhor jogador daquela Serie A, fazendo o Napoli vencer o Scudetto pela segunda vez e marcando 16 gols e 13 assistências em 28 jogos, terminando em terceiro na artilharia e sendo o líder de assistências. Pela Coppa Italia, caiu na semifinal para o Milan com gol e assistência de Van Basten por 3 a 1, marcando o único gol do Napoli e terminando com 2 gols em 3 jogos. Pela Copa da UEFA, não jogou nada e caiu nas oitavas jogando 5 jogos e dando 1 assistência. Seu último título foi a Supercoppa Italiana, vencida contra a Juventus por 5 a 1 dando duas assistências (acho eu kkkkkkk). Mesmo chegando na final da Copa do Mundo, marcou somente 2 assistências em 7 jogos, jogando 10 jogos ao todo pela Argentina e marcando 1 gol e 4 assistências.

Maradona sendo marcado por Matthaus na final da Copa do Mundo de 1990.


  Na minha opinião, Jean-Pierre Papin estava acima de Hugo Sánchez, Van Basten e Romário pelo posto de melhor centroavante do mundo. Foi campeão francês sendo o artilheiro com 30 gols em 36 jogos. Marcou 2 gols em 4 jogos pela Copa da França e caiu na semifinal, também caindo na Copa Europeia para o Benfica pelo critério do gol fora de casa na mesma etapa, mas terminou como o artilheiro da Copa Européia junto com Romário, marcando 6 gols e 1 assistência em 8 jogos, tendo não marcado ou não dado assistência somente neste mesmo jogo de volta.

Papin jogando de goleiro no final do jogo de volta das quartas de final da Copa Europeia de 1989-90 contra o CSKA Sofia.



  Franco Baresi venceu o Guerin D'Oro como o melhor jogador daquela Serie A mesmo sendo vice, marcando 1 gol e 1 assistência em 30 jogos. Também foi vice da Coppa Italia para a Juventus de Schillaci, sendo o artilheiro com 4 gols em 7 jogos. Pela Copa Europeia ele foi excelente, sendo campeão jogando 8 jogos e sofrendo somente 2 gols. Foi campeão também da Supercopa Europeia em cima da Sampdoria e da Copa Intercontinental em cima do Olimpia. Foi muito bem pela Itália na Copa do Mundo, tendo ficado da fase de grupos até as quartas de final sem tomar nenhum gol, mas infelizmente foi eliminado pela Argentina de Maradona nos pênaltis, ficando em terceiro lugar após bater a Inglaterra por 2 a 1. Jogou 11 jogos pela Itália naquele ano.

Franco Baresi, temporada 1989-90.

Franco Baresi na Copa do Mundo de 1990.


  Desempenho pela liga nacional: Maradona >>> Baresi >/= Papin >>>>> Matthaus

  Desempenho pela copa nacional: Baresi >>> Maradona >/= Papin >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Matthaus

  Desempenho pelas competições internacionais: Papin > Baresi >>>>>>>>>>>> Maradona >>>>>>> Matthaus

  Desempenho pela seleção: Matthaus >>>>>>>>> Baresi >> Maradona (foi superestimado pela Copa do Mundo ao meu ver) >>> Papin (não se classificou para a Copa do Mundo de 1990, mas ainda jogou bem).

  Matthaus foi muito superior pela seleção, mas foi inferior pelo clube. Maradona foi ótimo pelo clube, e apesar de ter ido muito bem coletivamente pela Copa do Mundo, não foi isso tudo individualmente. Baresi foi o melhor zagueiro da Copa do Mundo de 1990, e Jean-Pierre Papin não se classificou. Darei o prêmio para o Matthaus só por causa da Copa do Mundo, mas se não fosse por isso eu daria o prêmio para o Maradona, Papin, Baresi ou Hugo Sánchez.

  Pensando bem, eu até pensei em incluir Van Basten e Hugo Sánchez na briga, mas como eu disse antes, o verdadeiro melhor centroavante do mundo naquele ano era Jean-Pierre Papin, e Romário também era muito bom. Se o Olympique ganhasse a Copa Europeia daquele ano, essa briga nem existiria e eu simplesmente daria o prêmio pro Papin. O ano de Matthaus tinha números melhores do que contabilizando a temporada 1989-90: 49 partidas, 27 gols e 9+ assistências no ano inteiro de 1990. O segundo semestre do Matthaus foi excelente.

  Não vou me esquecer do centroavante sueco Mats Magnusson, do Benfica, que naquele mesmo ano marcou 33 gols em 32 jogos pela Primeira Liga Portuguesa, 4 gols em 9 jogos pela Copa Europeia e outros 2 gols pela Taça de Portugal. Também jogou a Copa do Mundo de 1990.


Dados de: Baresi (Milan, zagueiro, 30 anos, italiano, 5º lugar, 63 partidas, 5 gols, 1 assistência, campeão da Copa Europeia, da Super Copa Europeia e da Copa Intercontinental, vice da Serie A e da Coppa Italia, terceiro lugar da Copa do Mundo, artilheiro da Coppa Italia, vencedor do Guerín D'Oro, membro do All-Star da Copa do Mundo)

Maradona (Napoli, meia-atacante/segundo atacante, 30 anos, argentino, 47 partidas, 19 gols, 18+ assistências, campeão da Serie A e da Supercoppa Italiana, vice da Copa do Mundo, futebolista europeu do ano da UNICEF, bola de bronze da Copa do Mundo, líder de assistências da Serie A)

Papin (Olympique de Marseille, centroavante, 27 anos, francês, 11º lugar, 53 parttidas, 42 gols, 2+ assistências, campeão da Division 1, artilheiro da Division 1 e da Copa Europeia)


Chegou o prêmio da FIFA.


1991

Escolhidos: Jean Pierre Papin (France Football) (Olympique de Marseille, centroavante, 28 anos, francês, 55 partidas, 43 gols, 5+ assistências, campeão da Division 1, vice da Coupe de France e da Copa Européia, artilheiro da Division 1, da Coupe de France e da Copa Européia, artilheiro do mundo da IFFHS) e Lothar Matthaus (FIFA) (Inter Milano, meia-central/meia-atacante/volante, 30 anos, alemão, 53 partidas, 26 gols, 2+ assistências, campeão da Copa UEFA, vencedor do Pirata D'Oro, vice artilheiro da Copa UEFA e da Serie A (1-5 fotos)

Jean-Pierre Papin com o Ballon D'Or de 1991.


  Jean-Pierre Papin não merece estar aqui. Lothar Matthaus x Darko Pancev. Fight!

  Papin foi campeão da Divisão 1 sendo o artilheiro com 23 gols em 36 jogos. Pela Copa da França, foi vice para o Mônaco de George Weah por 1 a 0 sendo o artilheiro com 7 gols em 5 jogos, e também foi vice da Copa Europeia para o Estrela Vermelha da Iugoslávia socialista nos pênaltis, mas terminou como o artilheiro com 6 gols e 3 assistências em 9 jogos. Pela seleção francesa, marcou 7 gols e 1 assistência em 5 jogos, terminando sendo eleito pela IFFHS como o melhor artilheiro do mundo. Apesar do campeonato francês dessa época ser fraco, o Olympique de Marseille era um dos times mais fortes da Europa no início dos anos 90.

  Matthaus ficou novamente em terceiro na Serie A, mas foi o vice artilheiro com 16 gols em 31 jogos. Pela Coppa Italia, caiu nas oitavas marcando 1 gol em 3 jogos, e foi campeão da Copa da UEFA marcando no primeiro jogo da final contra a Roma, de pênalti. Também foi o vice artilheiro, com 6 gols em 12 jogos. Pela Alemanha, jogou 7 jogos e marcou 3 gols e 2 assistências.

Lothar Matthaus vence o prêmio de jogador do ano de 1991 da FIFA.


  Pancev foi o campeão e artilheiro da Primeira Liga Federal Iugoslava com 34 gols em 32 jogos, vencendo também a Chuteira de Ouro Europeia. Pela Copa do Marechal Tito, foi vice para o Hajduk Split da Croácia, rival político do governo sérvio que acabou entrando em guerra com a Croácia em uma das guerras mais violentas que a Europa já teve. Marcou 1 gol em 2 jogos pela copa nacional, e pela Copa Europeia, foi campeão nos pênaltis em cima do Marseille marcando o pênalti do título nas penalidades máximas, terminando como o vice artilheiro com 5 gols em 9 jogos. Mesmo sendo vice da Supercopa Europeia para o Manchester United, fechou o ano com chave de ouro sendo campeão da Copa Intercontinental em cima do Colo-Colo, marcando e dando assistência na vitória por 3 a 0. Pela seleção iugoslava, jogou 7 jogos e marcou 6 gols. Mesmo o campeonato iugoslavo sendo bem mais fraco que a Serie A, o Estrela Vermelha já se destacava desde o fim dos anos 80.


Darko Pancev comemora ao marcar a cobrança do título da Copa Européia 1990-91.

Pancev com a Chuteira de Ouro Européia 1990-91.


  Qualquer um dos dois que escolherem como o melhor eu aceito, mas eu escolherei o Pancev pela conquista da Copa Europeia. Ainda assim, eu acredito que quem teve o melhor ano calendário foi o Jean-Pierre Papin. 52 gols em 59 jogos!


Dados de: Pancev (Crvena Zvezda, centroavante, 26 anos, iugoslavo, 3º lugar Ballon D'Or, 52 partidas, 47 gols, 1+ assistências, campeão da Primera Liga Iugoslava, da Copa Européia e da Copa Intercontinental, vice da Super Copa Européia e da Copa Iugoslava, artilheiro da Liga Federal, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, futebolista europeu do ano da UNICEF)


1992

Escolhido: Marco van Basten (Ambos) (Milan, centroavante, 28 anos, holandês, 49 partidas, 31 gols, 14 assistências, campeão invicto da Serie A e da Supercoppa Italiana, melhor jogador do ano da UEFA, chuteira de ouro da Serie A, jogador do ano da World Soccer, time do torneio da Eurocopa, vice lider de assistências da Serie A)

  A melhor temporada e o melhor ano da carreira dele.

  Foi campeão invicto da Serie A com o Milan sendo o artilheiro isolado com 25 gols e 11 assistências em 31 jogos. Pela Coppa Italia, caiu nas semifinais para a Juventus, marcando 4 gols e 2 assistências em 7 jogos. Não jogou a Liga dos Campeões daquele ano. Pela Eurocopa, porém, Van Basten foi horroroso: Não marcou nenhum gol ou assistência e caiu nas semifinais para a Dinamarca de Peter Schmeichel nos pênaltis, onde o mesmo defendeu a sua cobrança. Van Basten marcou somente 1 gol e 1 assistência em 10 jogos pela Holanda. Por último, conquistou a Supercoppa Italiana marcando contra o Parma na vitória por 2 a 1.

  Ter 25 gols e 11 assistências em 31 jogos de Serie A é algo assustador, considerando o nível absurdo que a Serie A era nos anos 80 e 90. Dennis Bergkamp era talvez o segundo melhor jogador do mundo, e Frank Rijkaard estava entre os 10 ao meu ver.

Van Basten é eleito o futebolista do ano de 1992 da FIFA.

Van Basten com sua terceira última bola de ouro, em 1992.

Van Basten com o prêmio de jogador do ano de 1992 da FIFA.

  
  Se excluíssemos o péssimo desempenho dele pela seleção, ele teria 40 partidas, 35 gols e 14 assistências marcadas no ano calendário de 1992. 1 gol e 2 assistências em 10 jogos por seleção nacional é muito deprimente, mas Van Basten ainda era o melhor jogador do mundo com Stoichkov e Bergkamp na cola dele.


1993

Escolhido: Roberto Baggio (Ambos) (Juventus, meia-atacante/segundo atacante, 26 anos, italiano, 50 partidas, 35 gols, 14+ assistências, campeão da Copa UEFA, vice artilheiro da Serie A, jogador do ano da World Soccer)

  Justo, mas eu duvido muito que ele seria o melhor jogador do mundo se Van Basten não tivesse tido a lesão que acabou com a sua carreira.

  A Juventus ficou somente em quarto na Serie A, mas ele foi o vice artilheiro com 21 gols e 8 assistências em 27 jogos. Pela Coppa Italia, caiu na semifinal para o Torino pelo critério do gol fora, marcando 3 gols em 7 jogos. Pela Copa da UEFA, foi campeão em cima do Borussia Dortmund marcando 2 gols no primeiro jogo da final na Alemanha e dando uma assistência no segundo jogo vencido por 3 a 0. Foi o vice artilheiro com 6 gols e 1 assistência em 9 jogos. Pela seleção italiana, jogou 7 jogos e marcou 5 gols e 5 assistências.


Roberto Baggio com o Ballon D'Or de 1993.

Robert Baggio com o prêmio de jogador do ano de 1993 da FIFA.


  Tadinho do Van Basten. Baggio marcou 39 gols e deu 17 assistências em 57 jogos no ano calendário de 1993.


1994

Escolhido: Hristo Stoichkov (Romário, ambas) (Barcelona, centroavante, 28 anos, brasileiro, 55 partidas, 42 gols, 12+ assistências, campeão da LaLiga, da Supercopa de España e da Copa do Mundo, vice da Liga dos Campeões, vencedor do Troféu Pichichi, vencedor do Troféu EFE, bola de ouro da Copa do Mundo, chuteira de bronze da Copa do Mundo, esportista do ano da Champions des Champions do L'Équipe, vice líder de assistências da Copa do Mundo)

  Romário foi heroico nesse ano.

  Logo em sua primeira temporada no Barcelona, ajudou o time a ser tetracampeão espanhol vencendo o Troféu Pichichi ao marcar 30 gols e 8 assistências em 33 jogos. Pela Copa do Rei, jogou só dois jogos e caiu nas quartas de final sem fazer nada. Pela Liga dos Campeões ele foi péssimo: 2 gols e 1 assistência em 10 jogos, sendo totalmente carregado por Ronald Koeman (artilheiro com 8 gols e 2 assistências) e Hristo Stoichkov (vice artilheiro com 7 gols e 3 assistências), e sendo vice para o Milan de Paolo Maldini e Franco Baresi por 4 a 0. Pela Copa do Mundo, Romário marcou 5 gols e 3 assistências em 7 jogos, sendo campeão em cima da Itália mesmo tendo perdido um gol feito no tempo normal. Venceu a bola de ouro como melhor jogador, e a chuteira de bronze como o terceiro melhor artilheiro. Em geral, marcou 10 gols e 3 assistências em 10 jogos pela seleção brasileira.

  Romário era merecidamente o melhor do mundo. Seu desempenho no ano calendário de 1994 ainda foi um pouquinho pior já que Romário não foi tão bem assim no segundo semestre de 1994, marcando 37 gols e dando 15 assistências em 52 jogos.

Romário marcou um triplete e deu uma assistência nos 5 a 0 sobre o Real Madrid no Camp Nou pela temporada 1993-94.

Paolo Maldini desarmando Romário na final da Copa do Mundo de 1994.

Nessa mesma final, Romário perdeu esse gol,

mas o Brasil foi campeão de qualquer jeito.

Romário com o prêmio de jogador do ano de 1994 da FIFA.


1995

Escolhido: George Weah (Ambas) (Paris Saint-Germain, centroavante, 29 anos, liberiano, 58 partidas, 18 gols, ?? assistências, campeão da Coupe de France e da Coupe de la Ligue, futebolista africano do ano, artilheiro da Liga dos Campeões, futebolista africano do ano da BBC)

George Weah com o Ballon D'Or de 1995.

George Weah junto de Maldini e Klinsmann, recebendo o prêmio de jogador do ano de 1995 da FIFA.


  Essa foi a premiação mais roubada da história. Weah não era nem Top 30 do mundo, véi! Marcou só 7 gols em 34 jogos pelo campeonato francês, que era MUITO mais fraco do que hoje em dia! A única coisa de destaque que fez nesse ano foi ser o artilheiro da Liga dos Campeões tendo chegado na semifinal. Mudando de assunto, o Ronaldo teria ganho facilmente o prêmio de melhor do mundo em 1995 da mídia se ele não tivesse feito a burrice de recusar a proposta do poderoso Ajax de Jari Litmanen e cia para ir para a merda do PSV, sendo que ele foi disparado o melhor jogador da Eredivisie esse ano mesmo com o vice. Túlio Maravilha era seu principal concorrente, já que Litmanen foi individualmente inferior aos dois.

  Túlio começou a temporada bem, sendo o artilheiro do Campeonato Carioca marcando 27 gols em 27 jogos apesar de não ter chego nem ao vice (pra se ter uma ideia, Romário, melhor do mundo no ano passado, marcou 26 gols). Pelo Campeonato Brasileiro foi melhor ainda: Campeão marcando nos dois jogos da final contra o Santos e terminando como o artilheiro com 23 gols, mas ainda assim não venceu a Bola de Ouro mesmo vencendo a Bola de Prata como o melhor centroavante. No meio do ano, foi convocado e ficou no banco na Copa América de 1995 no Uruguai, mas ainda foi o vice artilheiro com 3 gols em 5 jogos e marcou na final contra o próprio Uruguai de peito, mas teve sua cobrança defendida nas penalidades máximas e acabou sendo vice. Em geral, marcou 10 gols em 11 jogos pela seleção brasileira esse ano. O Campeonato Brasileiro ainda era Top 10 do mundo e talvez até Top 5 se vacilar, ao contrário do campeonato francês que era um completo lixo.

Túlio Maravilha campeão brasileiro de 1995.

  Ronaldo Nazário era disparado o melhor jogador jovem do mundo. Apesar de ter sido vice campeão, foi artilheiro e líder de assistências da Eredivisie marcando 30 gols e 15 assistências em 33 jogos, sendo roubado do prêmio de melhor jogador da competição na cara dura, vendo seu prêmio sendo dado para Luc Nilis, seu companheiro belga de ataque e Danny Blind, o líbero do Ajax. Ainda por cima, como o PSV era muito ruim, teve a proeza de cair na Copa KNVB para o Heereveen em casa nas oitavas de final por 1 a 0 em casa (Ronaldo marcou 2 gols em 1 jogo disputado ao todo) e caiu na primeira eliminatória da Copa UEFA para o Leverkusen com o Ronaldo marcando um triplete fabuloso no jogo de ida perdido por 5 a 4 na Alemanha, vendo o PSV empatar sem gols em casa. Ele até jogou a Copa América de 1995, mas foram só uns 5 minutinhos... Tirando isso, jogou ao todo 6 partidas pela seleção brasileira e marcou 3 gols e 1 assistência.


  Túlio marcou 67 gols em 53 partidas esse ano contando partidas amistosas e oficiais e foi o artilheiro mundial. Brabo. Se bem que eu só detectei 60 gols... Mas ele perderia de qualquer jeito. Ronaldo (ou Ronaldinho, na época né) era o melhor do mundo em 1995. No ano calendário de 1995 o jovem Ronaldo marcou 41 gols em 42 jogos, dando um numero de assistências entre 5-20 assistências. Litmanen, a principal estrela do Ajax de 1995 que ganhou tudo, marcou 31 gols e deu 13+ assistências em 45 jogos. O jovem Ronaldo ainda era o melhor jogador do mundo no ano calendário de 1995, mas Litmanen estava bem atrás dele, no cangote. O segundo semestre do Litmanen foi ótimo, enquanto que Ronaldo esteve lesionado em boa parte dele.


  Falando em Litmanen, ele e o Kluivert seriam grandes candidatos a vencerem o prêmio da melhor temporada se: Kluivert não reversasse a posição com o Kanu e se Litmanen tivesse tido um primeiro turno bom. Alan Shearer, que foi campeão inglês com 34 gols e 13 assistências em 42 jogos pelo surpreendente Blackburn Rovers e Batistuta, artilheiro isolado da Serie A com 26 gols e 5 assistências em 32 jogos pela fraca Fiorentina foram superiores individualmente aos dois nessa temporada. Litmanen marcou 17 gols e 6 assistências em 27 jogos e Kluivert marcou 18 gols e 2 assistências em 25 jogos. 


Dados de: Túlio Maravilha (Botafogo, centroavante, 26 anos, brasileiro, 53? partidas, 67?/60+ gols, ?? assistências, campeão do Campeonato Brasileiro, vice da Copa América, vencedor da Bola de Prata, do Prêmio Sharp e do Prêmio Sony, artilheiro do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Carioca, vice artilheiro da Copa América, melhor atacante do Campeonato Brasileiro, jogador brasileiro do ano, chuteira de ouro do Brasil, artilheiro mundial)

Ronaldo (PSV, centroavante, 19 anos, 42 partidas, 38 gols, 16 assistências, vice da Eredivisie e da Copa América, artilheiro e líder de assistências da Eredivisie)


1996

Escolhidos: Matthias Sammer (France Football) (Borussia Dortmund, líbero, 29 anos, alemão, 42 partidas, 7 gols, 10 assistências, campeão da Bundesliga, da DFL-Supercup e da Eurocopa, futebolista alemão do ano, melhor líbero da Bundesliga pela Kicker, melhor jogador da Eurocopa) e Ronaldo (FIFA) (PSV/Barcelona, centroavante, 20 anos, brasileiro, 32 partidas, 31 gols, 7 assistências, campeão da KNVB Cup e da Supercopa de España, medalha de bronze dos Jogos Olimpicos de Verão, jogador do ano da World Soccer)

Matthias Sammer com o Ballon D'Or de 1996.

Ronaldo é eleito o futebolista do ano de 1996 da World Soccer.

Ronaldo é eleito o jogador do ano de 1996 da FIFA. Alan Shearer ficou em terceiro.


  Nem Matthias Sammer e nem Ronaldo mereceram, se considerarmos a temporada 1995-96 e não o ano de 1996. Alan Shearer era o verdadeiro merecedor do prêmio.

  Sammer foi campeão alemão jogando 22 jogos e marcando 3 gols e 8 assistências, sendo eleito o melhor líbero da Bundesliga. Pela Copa da Federação Alemã, caiu nas quartas de final marcando 1 gol em 3 jogos. Jogou mal pela Liga dos Campeões, caindo nas quartas de final para o Ajax de Jari Litmanen sendo expulso no jogo de ida. Jogou 6 jogos e não fez nada. Foi campeão da Supercopa da Federação Alemã nos pênaltis, dando uma assistência no tempo normal. Foi campeão da Eurocopa marcando 2 gols em 6 jogos, sendo eleito o melhor jogador da competição. Em geral, marcou 3 gols e 1 assistência em 11 jogos. A Bundesliga se enfraqueceu nos anos 90, comparada a como era nos anos 70 e 80.

  O menino Ronaldo, sofrendo com lesão por quase toda a temporada, jogou somente 13 jogos pela Eredivisie, mas marcou 12 gols e 3 assistências. Foi campeão da Copa KNVB dando uma assistência na final, marcando 1 gol e 1 assistência em 3 jogos. Pela Copa da UEFA ele foi muito bem, sendo o vice artilheiro com 6 gols e 2 assistências em 5 jogos, caindo nas quartas para o Barcelona não jogando nenhum dos jogos de ida e volta por lesão. Jogou as Olimpíadas de Atlanta, e mesmo sendo o artilheiro com 5 gols em 6 jogos, ficou em terceiro lugar sendo eliminado pela Nigéria na semifinal. Pela seleção principal, marcou 5 gols em 4 jogos.

  Após dar um título inédito da Premier League para o Blackburn Rovers em cima do Manchester United de Éric Cantona na temporada passada, Shearer ficou só em sétimo com seu clube dessa vez, mas ainda venceu a chuteira de ouro da Premier League tendo marcado 31 gols e 7 assistências em 35 jogos. Mesmo saindo da EFL Cup na quarta eliminatória, ainda marcou 5 gols em 4 jogos, ao contrário do desempenho da Liga dos Campeões onde seu time ficou em último no grupo e ele só marcou 1 gol e 3 assistências em 6 jogos. Pela Eurocopa, venceu a chuteira de ouro ao marcar 5 gols em 5 jogos, marcando na semifinal contra a Alemanha de Sammer, onde infelizmente foi eliminado nos pênaltis em sua própria casa. Marcou 8 gols em 9 jogos pela seleção inglesa ao todo. A Premier League já havia voltado a ganhar muita força nos anos 90, sendo a segunda ou a terceira liga mais forte do mundo.

Shearer marcando contra a Alemanha de Sammer na semifinal da Eurocopa de 1996.

Alan Shearer com a chuteira de ouro da Eurocopa após ter marcado 5 gols em 5 jogos, recém chegado ao Newcastle United na temporada 1996-97.


  Shearer é o cara da vez. Primeiro inglês a vencer o prêmio aqui desde 1928... Mas Ronaldo foi quem teve o melhor ano calendário, 27 gols e 7 assistências em 32 jogos, sendo espetacular pelo Barcelona no segundo semestre.


Dados de: Shearer (Blackburn Rovers, centroavante, 26 anos, inglês, 55 partidas, 45 gols, 10+ assistências, terceiro lugar da Eurocopa, chuteira de ouro da Eurocopa, membro do time do torneio da Eurocopa, chuteira de ouro da Premier League)


1997

Escolhido: Ronaldo (Ambas) (Barcelona, centroavante, 21 anos, brasileiro, 68 partidas, 60 gols, 18 assistências, campeão da Copa del Rey, da Taça das Taças, da Copa América e da Copa das Confederações, vice da LaLiga, vencedor do Trofeo EFE, vencedor do Troféu Pichichi, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, jogador do ano da World Soccer, vencedor do prêmio Don Balón, jogador mais valioso da final da Copa América, jogador mais valioso da Copa América, chuteira de bronze da Copa das Confederações, membro do All-Star da Copa das Confederações, jogador mais valioso da final da Taça das Taças, artilheiro mundial do ano da IFFHS, vencedor do Bravo Award, futebolista europeu do ano da UNICEF, time do ano da ESM, membro do FIFA XI, vice artilheiro da Copa del Rey e da Taça das Taças)

  Não tem como eu dizer que o Ronaldo Fenômeno não mereceu ser o melhor do mundo em sua melhor temporada e em seu melhor ano. Aquela foi a melhor versão de um centroavante na história do futebol.

  Depois de fazer história no PSV, foi para o Barcelona por um preço caríssimo, e valeu cada centavo. Venceu o Troféu Pichichi da LaLiga com 34 gols e 9 assistências em 37 jogos, marcando vários e vários golaços com seus dribles, sua velocidade fora do normal e seu controle de bola que o ajudaram a vencer a Chuteira de Ouro Europeia, mas foi vice para o Real Madrid de Roberto Carlos e Raúl González. Foi campeão da Copa do Rei e da Taça dos Vencedores de Taças sendo o vice artilheiro de ambos, com 6 gols e 1 assistência em 4 jogos de Copa do Rei e 5 gols e 1 assistência em 7 jogos da Taça dos Vencedores de Taças, marcando o gol do título de pênalti na final contra o Paris Saint-Germain de Raí e Leonardo. Pela Copa América e pela Copa das Confederações, o Brasil mostrou que era a melhor seleção do mundo. Ronaldo foi o vice artilheiro da Copa América com 5 gols e 2 assistências em 6 jogos, marcando na final contra a anfitriã Bolivia vencida por 3 a 1. Pela Copa das Confederações ele perdeu o protagonismo para o Romário, mas ainda foi campeão e venceu a chuteira de bronze marcando 4 gols e 2 assistências em 5 jogos, com ele e Romário marcando dois tripletes e com ele dando uma assistência para o baixinho na final vencida sobre a Austrália por 6 a 0. Marcou 15 gols e 7 assistências em 20 jogos pelo Brasil, e foi eleito o artilheiro mundial da IFFHS.

  Na minha humilde opinião, Romário era o segundo melhor jogador do mundo e Edmundo era o terceiro melhor jogador do mundo. Ronaldo marcou 59 gols no ano calendário de 1997.

Ronaldo Fenômeno é eleito o futebolista do ano de 1997 da World Soccer.

Ronaldo Fenômeno vence o Ballon D'Or de 1997

e também o prêmio de jogador do ano de 1997 da FIFA, com Roberto Carlos em segundo.



1998

Escolhido: Zinédine Zidane (Ambas) (Juventus, meia-atacante/meia-central, 26 anos, francês, 63 partidas, 16 gols, 20 assistências, campeão da Serie A e da Copa do Mundo, vice da Supercoppa Italiana e da Liga dos Campeões, membro do FIFA XI, time do ano da ESM, meio-campista do ano da UEFA, campeão dos campeões do L'Équipe da França e Internacional, All-Star da Copa do Mundo, jogador do ano da World Soccer Awards, jogador francês do ano do futebol francês, jogador europeu do ano do El País, líder de assistências da Liga dos Campeões

Zidane com o Ballon D'Or de 1998.


  Zinédine Zidane era o melhor meia do mundo, mas com certeza não era o melhor jogador do mundo. Não sei nem se era o melhor jogador da Juventus, por causa do Alessandro Del Piero.

  Zidane, vindo de uma temporada excelente, teve uma das melhores de sua carreira: Foi bicampeão italiano jogando 32 partidas e marcando 7 gols e 9 assistências. Pela Coppa Italia, caiu na semifinal para a Lazio marcando 1 gol e 1 assistência em 4 jogos. Pela Liga dos Campeões, ao meu ver, foi o melhor jogador junto com Del Piero, sendo o líder de assistências com 8 assistências e 3 gols em 11 jogos, mas foi vice novamente, dessa vez para o Real Madrid. Pela Supercoppa Italiana, foi vice para a Lazio por 2 a 1. Seu desempenho pela Copa do Mundo também foi bem superestimado, marcando 2 gols e 1 assistência em 5 jogos e sendo campeão marcando 2 gols na final contra o Brasil. Em geral, marcou 5 gols e 3 assistências em 15 jogos pela França.

  Ronaldo Fenômeno caiu um pouquinho de nível devido ao fato da Serie A ser muito mais forte do que a LaLiga, mas ainda foi muito bem: Foi vice campeão italiano sendo também o vice artilheiro com 25 gols e 3 assistências em 32 jogos, sendo eleito o melhor jogador estrangeiro e o melhor jogador da Serie A. Pela Coppa Italia, caiu nas quartas de final para o Milan, marcando 3 gols em 4 jogos. Pela Copa da UEFA, foi campeão marcando um golaço na final contra a Lazio e terminando como o vice artilheiro com 6 gols e 2 assistências em 11 jogos, sendo eleito o melhor atacante e o futebolista do ano da UEFA. Pela Copa do Mundo, foi o bola de ouro da competição marcando 4 gols e 3 assistências em 7 jogos, e tendo uma polêmica convulsão antes do jogo da final. Jogou 10 jogos e marcou 5 gols e 3 assistências pelo Brasil.


Ronaldo Fenômeno driblando Marchegiani e marcando contra a Lazio na final da Copa da UEFA 1997-98.

Zidane marcou 2 de cabeça contra o Brasil na final da Copa do Mundo de 1998,

tirando as chances do Brasil de ser campeão mundial.

Zidane e Ronaldo com os prêmios de melhor jogador do ano de 1998 da FIFA e de segundo melhor jogador, respectivamente.


  O que deu o prêmio de melhor do mundo para o Zidane esse ano foi justamente a conquista da Copa do Mundo marcando 2 gols de cabeça na final contra o Brasil de Ronaldo, sem falar que a Copa também foi na França. Ronaldo era mais rápido, mais habilidoso, mais mortal. Apesar disso, marcou somente 30 gols em 51 jogos no ano calendário de 1998, se lesionando no segundo semestre. Ainda era o melhor do mundo de qualquer jeito.


Dados de: Ronaldo (Inter Milano, centroavante, 22 anos, brasileiro, 57 partidas, 39 gols, 8+ assistências, campeão da Copa UEFA, vice da Serie A e da Copa do Mundo, vencedor do prêmio Bravo, time do ano da ESM, membro do FIFA XI, futebolista estrangeiro e futebolista do ano da Serie A, jogador mais valioso da final da Copa UEFA, melhor atacante e futebolista do ano da UEFA, bola de ouro da Copa do Mundo, líder de assistências da Copa do Mundo, jogador do ano da Inter de Milão, vice artilheiro da Copa UEFA e da Serie A)


1999

Escolhido: Rivaldo (Ambas) (Barcelona, meia-atacante/ponta-esquerda, 27 anos, brasileiro) 59 partidas, 37 gols, 21+ assistências, campeão da LaLiga e da Copa América, membro do time do ano da ESM, jogador do ano da World Soccer, chuteira de ouro da Copa América, melhor jogador da Copa América, vencedor do Trofeo EFE, vice artilheiro da LaLiga e vice líder de assistências da LaLiga)

  Dwight Yorke foi muito esquecido nessa história, tendo ficado somente em décimo, se não me engano.

  Rivaldo foi de longe o melhor jogador daquela LaLiga, sendo campeão e terminando como o vice artilheiro atrás de Raúl González Blanco com 24 gols e o líder de assistências com 16 assistências em 37 jogos, jogando de meia-atacante ou de ponta-esquerda por maior parte da temporada. Caiu nas quartas de final da Copa do Rei marcando 2 gols em 3 jogos, e pela Liga dos Campeões foi eliminado ainda na fase de grupos tendo 2 empates épicos com o Manchester United por 3 a 3, com Rivaldo dando duas assistências no primeiro jogo em Old Trafford e marcando 2 gols no segundo jogo no Camp Nou (um de bicicleta), sem falar do golaço e do show de Yorke nesse mesmo jogo. Marcou 3 gols e 3 assistências em 6 jogos. Foi vice da Supercopa da Espanha sem jogar uma partida. Pela Copa América, foi o artilheiro e o melhor jogador sendo também o artilheiro com 5 gols e 1 assistência (deve ter sido mais) em 5 jogos, dando show contra o Uruguai ao marcar 2 gols e a assistência pro gol de Ronaldo Fenômeno na final. Em geral, marcou 8 gols e 2 (com certeza foi mais) assistências em 13 jogos.

Rivaldo com o prêmio de jogador do ano de 1999 da FIFA.

Rivaldo com o Ballon D'Or de 1999.

Rivaldo é eleito o futebolista do ano de 1999 da World Soccer.


  David Beckham não era o principal jogador do Manchester United naquele ano, e sim Dwight Yorke, sem sombra de dúvidas. Foi campeão da Premier League sendo o artilheiro com 18 gols e o vice líder de assistências com 11 assistências, tudo isso em 33 jogos e foi eleito o jogador da temporada da Premier League. Apesar de não ter se destacado tanto assim na FA Cup marcando somente 3 gols em 8 jogos, também foi campeão. Ao contrário de Beckham, que foi eleito o melhor jogador daquela Liga dos Campeões, ele era o verdadeiro melhor jogador. Foi o vice artilheiro com 8 gols e o líder de assistências com 9 assistências, e em somente 11 jogos! E claro, acabou sendo campeão em uma vitória milagrosa contra o Bayern de Munique, após dois escanteios de Beck da Rã. Foi vice da Supercopa Europeia para a Lazio e da FA Community Shield para o Arsenal por 2 a 1 marcando o único gol do Manchester United, mas foi campeão da Copa Intercontinental em cima do Palmeiras por 1 a 0. Jogou somente um jogo por Trinidad e Tobago.

Andy Cole e Wight Yorke juntos com o troféu da Premier League 1998-99.

    Diwght Yorke comemorando gol após assistência de Beckham na semifinal da Liga dos Campeões contra a Juventus, fora de casa.


  Rivaldo era mais rápido, mais inteligente, melhor passador, criador de jogadas, driblador, etc. Mas o desempenho individual de Yorke chamou tanta atenção quanto. Qualquer um dos dois que escolherem está de bom pra mim, é difícil de pensar por tudo ;-----; mas eu escolho o Rivaldo por ser BR :)

  Marcelinho Carioca jogou mais que Beckham nessa temporada, e Romário foi melhor que Shevchenko :3

  Rivaldo marcou 40 gols e 19 assistências no ano calendário de 1999, em 61 jogos disputados.


Dados de: Yorke (Manchester United, segundo-atacante/centroavante, 28 anos, trinitário-tobagense, 11º lugar Ballon D'Or e 10º lugar FIFA World Player of the Year, 55 partidas, 30 gols, 20 assistências, campeão da Premier League, da FA Cup, da Liga dos Campeões e da Copa Intercontinental, vice da FA Charity Shield e da Super Copa Européia, membro do time do ano da PFA, jogador da temporada da Premier League, chuteira de ouro da Premier League, líder de assistências da Liga dos Campeões, vice artilheiro da Liga dos Campeões, vice líder de assistências da Premier League)


2000

Escolhidos: Luis Figo (France Football) (Barcelona, ponta-direita, 28 anos, português, 64 partidas, 20 gols, 22 assistências, vice da LaLiga, líder de assistências da LaLiga, da Liga dos Campeões e da Eurocopa, futebolista português do ano, time do ano da ESM, jogador estrangeiro do ano da LaLiga, time do torneio da Eurocopa, jogador do ano da World Soccer Magazine) e Zinédine Zidane (FIFA) (Juventus, meia-atacante, 28 anos, francês, 54 partidas, 9 gols, 7+ assistências, campeão da Eurocopa, vice da Serie A, membro do FIFA XI, melhor jogador da Eurocopa)

Luis Figo com o Ballon D'Or de 2000.

Zinédine Zidane com o prêmio de jogador do ano de 2000 da FIFA, e Luis Figo com o prêmio do segundo lugar.

Luis Figo é eleito o futebolista do ano de 2000 da World Soccer.


  Zidane teve uma temporada tão ruim pela Juventus que eu nem vou falar dele, só jogou bem na Eurocopa. Luís Figo pelo menos teve uma temporada boa. Romário, que era o verdadeiro melhor do mundo, foi artilheiro de praticamente tudo o que disputou e foi campeão do Campeonato Brasileiro (Copa João Havelange) e da Copa Mercosul e chegando na final de praticamente todo o resto com exceção da Copa do Brasil, marcando 73 gols e 16 assistências em 73 jogos por seleção e clube. Tecnicamente falando, a final do Campeonato Brasileiro de 2000 foi disputada no início de 2001, ou seja, na verdade jogou uma partida a menos do que na temporada de 2000, marcando 1 gol a menos e tendo uma assistência a menos também.

  FIM DA HISTÓRIA. Romário era foda, o resto era moda.

Romário vira a final da Copa Mercosul de 3 a 0 para 4 a 3 com um triplete. Juninho Paulista, que também está na foto, também marcou para o Vasco.

Vasco campeão da Copa Mercosul de 2000.

Romário com a bola de ouro de melhor jogador do João Havelange de 2000, após ser o campeão e o artilheiro com 20 gols em 28 jogos, marcando nos dois jogos da final contra o São Caetano.

Romário na capa da revista Placar com a chuteira de ouro da mesma.

Romário se torna o artilheiro mundial após marcar 73 gols em um ano.


Dados de: Romário (Vasco da Gama, centroavante, 34 anos, brasileiro, 73 partidas, 73 gols, 16 assistências, campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa Mercosur, vice do Campeonato Carioca, do Mundial de Clubes e do Torneio Rio-São Paulo, artilheiro do Campeonato Carioca, jogador do ano do Vasco da Gama, artilheiro do Torneio Rio-São Paulo, artilheiro da Copa Mercosur, chuteira de ouro da Placar, artilheiro do Campeonato Brasileiro, bola de bronze do Mundial de Clubes, vencedor da Bola de Prata e da Bola de Ouro, futebolista sulamericano do ano, artilheiro do Mundial de Clubes, artilheiro mundial)


2001

Escolhidos: Michael Owen (France Football) (Liverpool, centroavante, 22 anos, inglês, 56 partidas, 32 gols, 10 assistências, campeão da FA Cup, da Football League Cup, da FA Charity Shield, da UEFA Cup e da Super Copa da UEFA, jogador do mundo do ano da World Soccer, time do ano da ESM) e Luis Figo (FIFA) (Real Madrid, ponta-direita, 29 anos, português, 59 partidas, 23 gols, 31 assistências, campeão da LaLiga e da Supercopa de España, futebolista estrangeiro do ano da LaLiga, líder de assistências da LaLiga e da Liga dos Campeões)

Michael Owen com o Ballon D'Or de 2001.


  Esse ano tava meio fraquinho... Mas enfim, foi injusto o Owen vencer o Ballon D'Or, e quanto ao prêmio de melhor do mundo da FIFA, adiciono Raúl González, Rivaldo, Romário, Henrik Larsson e Oliver Kahn como concorrentes do Figo.

  Vindo várias vezes do banco, Michael Owen marcou 16 gols e 4 assistências em 28 jogos pela Premier League e levou o Liverpool ao terceiro lugar. Pela FA Cup, foi campeão marcando os dois gols do título da final contra o Arsenal, marcando 3 gols e 1 assistência em 5 jogos. Ganhou a EFL Cup jogando somente 2 jogos e marcando 1 gol. Venceu a Copa da UEFA em cima do Alavés dando 2 assistências na final, marcando 4 gols e 3 assistências em 11 jogos ao todo. Pela Supercopa Europeia, foi campeão marcando gol e assistência contra o Bayern de Kahn na vitória por 3 a 2. Também venceu a FA Community Shield em cima do Manchester United marcando na vitória por 2 a 1. Pela Inglaterra, marcou 6 gols e 1 assistência em 8 jogos, incluindo um triplete em uma goleada histórica contra a Alemanha de Kahn por 5 a 1 fora de casa. Mesmo tendo a melhor temporada da carreira e ganhando muitos títulos sendo protagonista de todos eles, ainda não era o bastante para mim.

Luis Figo vence o prêmio de jogador do ano de 2001 da FIFA, enquanto Raúl fica em terceiro.


  Luis Figo foi campeão espanhol junto com Raúl, sendo o líder isolado de assistências com 18 assistências e 9 gols em 34 jogos, sendo também eleito o futebolista estrangeiro do ano da LaLiga. Pela Liga dos Campeões também foi excelente, sendo o líder de assistências com 9 assistências e 5 gols em 14 jogos, caindo na semifinal para o Bayern marcando no jogo de volta na Alemanha. Por último, foi campeão da Supercopa da Espanha dando 1 assistência em 2 jogos. Pela seleção portuguesa, marcou 9 gols e 3 assistências em 9 jogos.

  Figo criava as jogavas e Raúl Madrid, El Siete, mandava pra dentro. Venceu o Troféu Pichichi marcando 24 gols e 3 assistências em 36 jogos, sendo eleito o melhor jogador espanhol e o melhor jogador da LaLiga. Pela Liga dos Campeões, foi o artilheiro marcando 7 gols e 5 assistências em 12 jogos (foi dele a assistência para o gol de Figo no jogo de volta), sendo eleito o melhor atacante da UEFA. Pela Supercopa da Espanha marcou o triplete do título no segundo jogo. Pela seleção espanhola, jogou 9 jogos e marcou 5 gols e 1 assistência.

  Mesmo sendo campeão alemão, King Kahn teve um desempenho péssimo pela Bundesliga: Sofreu 36 gols em 32 jogos, ficando somente 8 jogos sem tomar gols. Pela Copa da Federação Alemã, caiu na segunda eliminatória nos pênaltis, jogando 2 jogos e sofrendo 1 gol. Pela Liga dos Campeões, porém, foi o melhor jogador na minha opinião: Jogou 16 jogos, sofreu 10 gols e ficou 9 jogos sem tomar gols, brilhando muito contra o Valencia na final e defendendo 3 pênaltis nas penalidades máximas, que deram o título para o seu time. No final, foi eleito o goleiro do ano da UEFA, e merecia sim ser eleito o melhor jogador daquela Liga dos Campeões. Caiu na semifinal da Copa da Liga Alemã, além do vice para o Liverpool de Owen sofrendo 3 gols, mas foi campeão da Copa Intercontinental em cima do Boca Juniors de Juan Román Riquelme e Oscar Córdoba por 1 a 0. Pela seleção alemã ele foi horroroso, jogando 10 partidas e sofrendo 13 gols, ficando somente 2 jogos sem tomar gols.

Pelé entrega para Oliver Kahn o prêmio de melhor jogador da final da Liga dos Campeões 2000-01.


  Se Rivaldo tivesse um time melhor, a gente não estaria nem tendo essa conversa de quem era o melhor do mundo nessa temporada. Mesmo ficando em quarto lugar na LaLiga, foi o vice artilheiro com 23 gols e 10 assistências em 35 jogos, marcando 25 gols e 3 assistências jogando 28 jogos de meia-atacante. Pela Copa do Rei, caiu nas semifinais para o Celta de Vigo marcando 2 gols em 5 jogos. Mesmo caindo na fase de grupos da Liga dos Campeões, ainda terminou como o vice artilheiro marcando 6 gols em 6 jogos com destaque para um triplete contra o Milan no San Siro em um empate por 3 a 3. Como ficou em terceiro, caiu para a Copa da UEFA, e também foi o vice artilheiro com 5 gols em 7 jogos caindo na semifinal para o Liverpool de Michael Owen. Apesar do ótimo desempenho pelo clube, marcou somente 3 gols em 8 jogos pela seleção brasileira, e não foi pra Copa América.

Rivaldo sendo marcando por Maldini na fase de grupos da Liga dos Campeões 2000-01.

Em seu último jogo pela LaLiga naquela temporada, Rivaldo marcou um triplete contra o Valência na vitória por 3 a 2 no Camp Nou com 1 gol de falta e com o gol da vitória de bicicleta.


  Mesmo com o péssimo desempenho coletivo do Vasco em 2001 comparado ao ano passado, Romário ainda tava em forma. Foi vice do campeonato carioca para o Flamengo marcando 11 gols e 1 assistência em 6 jogos, e mesmo vendo o Vasco ficar somente em décimo primeiro no Campeonato Brasileiro ainda foi o artilheiro com 21 gols e 4 assistências em 18 jogos. Caiu nas quartas de final da Libertadores para o Boca Juniors de Riquelme e Córdoba marcando 4 gols e deu entre 3 e 6 assistências em 7 jogos, e também caiu na fase de grupos da Copa Mercosul com 1 gol em 2 jogos. Pelo Torneio Rio-São Paulo ele também caiu na fase de grupos e marcou 3 gols em 6 jogos. Por último, marcou 3 gols em 5 jogos pela seleção brasileira e fez Scolari de otário para não ser convocado para a Copa América de 2001, onde o Brasil cairia nas quartas de final para Honduras por 2 a 0.

Romário dando entrevista em 2001, se autodeclarando o melhor jogador do mundo.


  Henrik Larsson era o artilheiro mundial e a maior estrela do Celtic. Foi campeão da Premier League Escocesa vencendo a Chuteira de Ouro da Premier League Escocesa com 35 gols e sendo o líder de assistências com 14 assistências em 37 jogos, vencendo também a Chuteira de Ouro Européia. Foi campeão da Copa Escocesa marcando 9 gols em 6 jogos, marcando 2 na final contra o Hibernian vencida por 3 a 0. Mesmo jogando só 2 jogos pela Copa da Liga Ecocesa, foi o artilheiro com 5 gols em 2 jogos marcando o triplete do título contra o Kilmarnock. Foi eleito o jogador do ano dos jogadores da SPFA e o futebolista do ano da SFWA. Internacionalmente, porém, caiu na segunda eliminatória da Copa da UEFA para o Bordeaux em casa por 2 a 1 marcando 4 gols e 1 assistência em 5 jogos. Foi excelente pela Suécia, marcando 9 gols em 10 jogos.

Henrik Larsson com a Chuteira de Ouro Européia 2000-01


  Juntando o nível individual e coletivo, Larsson foi de longe o melhor jogador daqui, mas o nível de sua liga comparada a de seus outros concorrentes era muito mais fraca. O peso coletivo da temporada do Rivaldo também pesou muito, já que os outros foram tão bem quanto ele. Além do peso da temporada coletiva de Romário, o Campeonato Brasileiro estava regredindo de nível MUITO rápido. Kahn não jogou nada pela seleção e nem pelas competições nacionais, Figo e Raúl foram bem em todas as competições que jogaram. Entre os dois, eu escolho o Raúl por pouca diferença.

  Andriy Shevchenko, Zinédine Zidane e Hernán Crespo merecem uma menção honrosa aqui. Tiveram ótimas temporadas individualmente. Para mim o melhor jogador do ano calendário de 2001 foi o Raúl também, marcando 46 gols e 13 assistências em 68 jogos. A média de gols não é tão alta, mas ele jogava como segundo-atacante no time do Real Madrid, já que o centroavante era Fernando Morientes, sem falar que nenhum dos gols do Raúl foi de pênalti. O segundo melhor para mim era o centroavante argentino Hernán Crespo, que marcou 44 gols em 50 jogos.


Dados de: Raúl (Real Madrid, segundo-atacante/centroavante, 24 anos, espanhol, 2º Ballon D'Or e 3º FIFA World Player of the Year, 59 partidas, 40 gols, 9 assistências, campeão da LaLiga e da Supercopa de España, vencedor do Trofeo Zarra, melhor jogador espanhol da LaLiga, vencedor do Troféu Pichichi, artilheiro da Liga dos Campeões, atacante do ano da UEFA)

Kahn (Bayern Munich, goleiro, 32 anos, alemão, 3º lugar Ballon D'Or e 7º lugar FIFA World Player of the Year, 63 partidas, 66 gols sofridos, 21 partidas sem tomar gols, campeão da Bundesliga, da Liga dos Campeões e da Copa Intercontinental, melhor goleiro da Bundesliga, melhor goleiro do mundo da IFFHS, melhor goleiro europeu, melhor goleiro da UEFA Club Football Awards, time do ano da ESM, homem da partida da final da Liga dos Campeões, futebolista alemão do ano, vencedor do prêmio de Fair-Play da UEFA, jogador do ano da Bundesliga)

Rivaldo (Barcelona, meia-atacante, 29 anos, brasileiro, 7º lugar Ballon D'Or e 5º lugar FIFA World Player of the Year, 61 partidas, 39 gols, 10 assistências, vice artilheiro da LaLiga, da Liga dos Campeões e da UEFA Cup)

Romário (Vasco da Gama, centroavante, 35 anos, brasileiro, 44 partidas, 43 gols, 11+ assistências, vice do Campeonato Carioca, jogador do ano do Vasco da Gama, segundo melhor jogador do Campeonato Brasileiro, artilheiro do Campeonato Brasileiro, vencedor da Bola de Prata, bola de bronze do prêmio de futebolista sulamericano do ano, chuteira de ouro da CBF, membro do time sulamericano do ano, vice artilheiro do Campeonato Carioca)

Larsson (Celtic, centroavante, 30 anos, sueco, 14º lugar Ballon D'Or, 60 partidas, 62 gols, 15+ assistências, campeão da Scottish Premier League, da Scottish Cup e da Scottish League Cup, atacante sueco do ano, chuteira de ouro da Premier League Escocesa, futebolista do ano da SFWA, jogador do ano dos jogadores da SPFA, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, artilheiro da Scottish Premier League, da Scottish Cup e da Scottish League Cup)


2002

Escolhido: Ronaldo (Ambas) (Inter Milano/Real Madrid, centroavante, 26 anos, brasileiro, 29 partidas, 19 gols, 5 assistências/31 jogos, 21 gols, 6 assistências se considerássemos somente o ano dele, campeão da Copa do Mundo e da Copa Intercontinental, jogador do ano da World Soccer, chuteira de ouro da Copa do Mundo, bola de prata da Copa do Mundo, jogador mais valioso da final da Copa do Mundo, jogador mais valioso da Copa Intercontinental, time do ano da UEFA, personalidade do ano da BBC Overseas Sports)

  Foi um dos anos mais inacreditáveis da história de um jogador de futebol.

  Se recuperando das lesões gravíssimas que teve, Ronaldo ainda conseguiu marcar 7 gols e 3 assistências em 10 jogos de Serie A. Caiu na semifinal da Copa da UEFA para o Feyenoord, não fazendo nada em 5 partidas jogadas. Jogou só uma partida pela Coppa Italia. Recuperou a forma na Copa do Mundo, sendo campeão contra a Alemanha de Kahn marcando os 2 gols do título e terminando como o artilheiro com 8 gols e 1 assistência em 7 jogos, vencendo a chuteira de ouro e a bola de prata como o segundo melhor jogador da competição. Em geral, jogou 12 jogos e marcou 11 gols e 2 assistências pelo Brasil, e ganhou a Copa Intercontinental em cima do Olimpia assim que chegou no Real Madrid, marcando na final.


Oliver Kahn falha e Ronaldo abre o placar da final.

Rivaldo faz corta-luz para Ronaldo mandar no canto de Kahn.

Kahn é consolado por Ronaldo após perder a final.

Ronaldo é eleito o futebolista do ano de 2002 da World Soccer.

Ronaldo é eleito a personalidade esportiva do ano da BBC Overseas Sports após se recuperar de inúmeras lesões gravíssimas e ainda dar uma Copa do Mundo para o Brasil.

Ronaldo, beijando o troféu da Copa Intercontinental de 2002, é eleito o MVP da final e ganha um carro novinho em folha da Toyota.

Ronaldo Fenômeno com o Ballon D'Or de 2002 e com o prêmio de jogador do ano de 2002 da FIFA.

Oliver Kahn com o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo de 2002 ao lado de Ronaldo com o prêmio de segundo melhor jogador.

Oliver Kahn ficou em segundo na premiação de jogador do ano de 2002 da FIFA.


  Ronaldo Fenômeno, mesmo com as lesões, ainda jogava muito nas poucas partidas de Serie A que jogou. Eu tenho certeza que ele seria o melhor jogador do mundo em 1999, 2000 e 2001 se não fossem pelas lesões, inclusive a da temporada 1999-00 que quase acabou com a sua carreira precocemente. Escolho ele.

  Foi um absurdo o Romário e o Jardel terem ficado de fora desta Copa do Mundo. Absurdo! Mas devo confessar uma coisa: Se o Brasil perde a Copa para a Alemanha, eu daria o prêmio para o Michael Ballack, que era disparado o melhor jogador do mundo antes do torneio.


2003

Escolhido: Pavel Nedved (France Football) (Juventus, meia-atacante/meia-esquerda, 31 anos, tcheco, 54 partidas, 16 gols, 18 assistências, campeão da Serie A e da Supercoppa Italiana, vice da Liga dos Campeões, bola de ouro da República Tcheca, futebolista tcheco do ano, time do ano da ESM, pessoa esportiva do ano da República Tcheca, futebolista estrangeiro e futebolista do ano da Serie A, vencedor do Guerin d'Oro, melhor meio-campista do ano da UEFA, jogador do ano da World Soccer Awards, time do ano da UEFA, líder de assistências da Serie A) e Zinédine Zidane (Real Madrid, meia-esquerda/meia-ofensivo, 31 anos, francês, 57 partidas, 15 gols, 23 assistências, campeão da LaLiga e da Supercopa de España, time do ano da ESM, jogador europeu do ano do El País, time do ano da UEFA, líder de assistências da Liga dos Campeões) (Ambas)

Thierry Henry com o prêmio de segundo melhor jogador do ano de 2003 da FIFA, ao lado de Zinédine Zidane que foi o vencedor.

Pavel Nedved com o Ballon D'Or de 2003.


  A diferença de Thierry Henry para Zidane e Pavel Nedved naquela temporada era tão enorme que eu nem vou citar as estatísticas dos dois aqui.

  Mesmo sendo vice da Premier League para o Manchester United, ele era claramente o melhor jogador, melhor finalizador, melhor criador de jogadas e assistente. Foi o vice artilheiro e o líder DISPARADÍSSIMO de assistências, com 24 gols e 25 assistências em 37 jogos, sendo eleito o futebolista do ano da FWA, dentre outros prêmios. Foi campeão da FA Cup também, mas marcou só 1 gol em 5 jogos. Mesmo não passando do grupo 2 pela Liga dos Campeões, ainda marcou 7 gols e 3 assistências em 12 jogos. Foi vice da FA Community Shield para o Manchester United, mas marcou de falta. Por último, foi campeão da Copa das Confederações em cima de Camarões marcando o gol do título na prorrogação, terminando como o artilheiro e o melhor jogador com 4 gols e 2 assistências em 5 jogos. Jogou 14 partidas e marcou 11 gols e 9 assistências pela França.

Thierry Henry com o troféu da Copa das Confederações de 2003, no vestiário.


  25 assistências em 37 jogos, VINTE E CINCO. JOGANDO PELA PREMIER LEAGUE, A SEGUNDA LIGA MAIS FORTE DO MUNDO NA ÉPOCA. VINTE E C-I-N-C-O.

  Alex, do Cruzeiro, foi tão bom quanto Zidane e Nedved naquela temporada. Talvez até melhor. Henry marcou 42 gols e 35 assistências em 65 jogos pelo ano calendário de 2003.


Dados de: Henry (Arsenal, centroavante, 26 anos, francês, 2º lugar ambas, 69 partidas, 44 gols, 36 assistências, campeão da FA Cup e da Copa das Confederações, vice da Premier League, bola e chuteira de ouro da Copa das Confederações, time do ano da PFA, futebolista do ano da FWA, líder de assistências da Premier League, gol da temporada da BBC, time do ano da UEFA, jogador francês do ano, artilheiro mundial do ano da IFFHS, vice artilheiro da Premier League)


2004

Escolhidos: Andriy Shevchenko (France Football) (Milan, centroavante, 28 anos, ucraniano, 49 partidas, 35 gols, 4 assistências, campeão da Serie A e da Supercoppa Italiana, futebolista ucraniano do ano, time do ano da ESM, time do ano da UEFA, artilheiro da Serie A, gol do ano da Serie A, futebolista do ano dos estados e comunidades independentes bálticas, vencedor do Pallone d'Argento, time do ano do L'Équipe) e Ronaldinho Gaúcho (FIFA) (Barcelona, ponta-esquerda/meia-atacante, 24 anos, brasileiro, 55 partidas, 28 gols, 12 assistências, vice da LaLiga, vencedor do FIFA 100, do Don Balón e do Trofeo EFE, time do ano da UEFA, jogador do mundo do ano da World Soccer Magazine)

Shevchenko com o Ballon D'Or de 2004.

Ronaldinho com o prêmio de jogador do ano de 2004 da FIFA, na frente de Thierry Henry que ficou em segundo e Shevchenko que ficou em terceiro.


  Troquemos Andriy Shevchenko e Ronaldinho Gaúcho por Thierry Henry e Deco.

  Ronaldinho teve uma boa temporada pelo Barcelona, sendo vice da LaLiga para o Valencia marcando 15 gols e 6 assistências em 32 jogos, caindo nas oitavas da Copa da UEFA para o Celtic marcando 4 gols e 2 assistências em 7 jogos e caindo nas oitavas de final da Copa do Rei para o Levante marcando 3 gols e 3 assistências em 6 jogos, e nem sequer jogou a Copa América. Marcou 6 gols e 1 assistência em 7 jogos pela seleção brasileira. Temporada boa, mas não era nem o melhor jogador da LaLiga e muito menos o melhor jogador brasileiro (Ronaldo Fenômeno era o melhor jogador brasileiro e o da LaLiga, enquanto Adriano era o segundo melhor jogador brasileiro).

  Sheva, por outro lado, teve uma temporada ótima: Foi campeão da Serie A sendo o artilheiro com 24 gols e 3 assistências em 32 jogos, mas foi roubado do prêmio de futebolista estrangeiro e futebolista do ano da Serie A pelo Kaká. Jogou só um jogo da Coppa Italia caindo na semifinal para a Lazio, e foi eliminado pelo surpreendente Deportivo La Coruña nas quartas de final da Liga dos Campeões, marcando 4 gols e 1 assistência em 9 jogos. Foi campeão da Supercoppa Italiana marcando o triplete do título contra a Lazio. Não se classificou para a Eurocopa daquele ano, marcando 4 gols em 6 jogos pela Ucrânia. Foi uma temporada de jogador Top 5 do mundo, se pararmos pra pensar bem.

  Dando sequência ao seu auge, Thierry Henry foi campeão inglês invicto vencendo a chuteira de ouro da Premier League marcando 30 gols e 9 assistências em 37 jogos, o prêmio de futebolista do ano da FWA e a Chuteira de Ouro Europeia, dentre mais um monte de prêmio individual que eu não quero mencionar aqui. Caiu na semifinal da FA Cup para o Manchester United, mas marcou 3 gols e 2 assistências em 3 jogos. Foi excelente na Liga dos Campeões, sendo o vice líder de assistências com 7 assistências e 5 gols em 10 jogos, caindo nas quartas de final para o Chelsea em casa. Foi campeão da FA Community Shield em cima do Manchester United, e caiu nas quartas de final da Eurocopa para a Grécia, tendo marcando 2 gols e 1 assistência em 4 jogos. Teve um desempenho decepcionante pela seleção naquele ano, marcando só 3 gols e 2 assistências em 13 jogos.

Thierry Henry com a chuteira de ouro da Premier League e com o prêmio de jogador da temporada 2003-04 da Premier League.

Thierry Henry com a Chuteira de Ouro Européia da temporada 2003-04.


  Deco foi de um dos melhores meias do mundo em 2003 para o melhor meia do mundo em 2004. Foi campeão português sendo o líder de assistências com 17 assistências e 2 gols em 28 jogos, terminando sendo eleito o melhor jogador do campeonato português. Foi vice da Taça de Portugal para o Benfica na prorrogação, mas ainda marcou 2 assistências em 3 jogos. Pela Liga dos Campeões foi sem dúvida o melhor jogador da competição, sendo campeão em cima do Monaco por 3 a 0 marcando o primeiro gol da final. Foi o líder de assistências com 10 assistências e 2 gols em 12 jogos, sendo eleito o melhor jogador da final e também o meio-campista e o futebolista do ano da UEFA. Foi vice da Eurocopa para a Grécia jogando em sua própria casa por 1 a 0, marcando 2 assistências em 6 jogos. Marcou 1 gol e 6 assistências em 15 jogos por Portugal.

Deco marcando na final da Liga dos Campeões de 2003-04.

Deco comemora o triunfo,

e é eleito o melhor jogador daquela final.


  Henry foi superior ao Deco pela liga nacional e pela copa nacional, enquanto Deco foi superior ao Henry pela Eurocopa e pela Liga dos Campeões. Deco era o verdadeiro melhor do mundo ao meu ver, mas Henry estava em um digno segundo lugar.

  Pelo ano calendário de 2004, eu acredito que o Henry foi um pouquinho superior ao Deco. Deco marcou 10 gols e 29 assistências em 63 jogos e Henry marcou 46 gols e 16 asistências em 66 jogos, mas seu desempenho pela seleção francesa maquiou um pouco seus ótimos números pelo clube, o mesmo com o Deco. Adriano Imperador e Alex também foram muito bem, principalmente o Adriano, que marcou 43 gols em 54 jogos.


Dados de: Deco (Porto, meia-atacante, 27 anos, português/brasileiro, 2º lugar Ballon D'Or e 7º lugar FIFA World Player of the Year, 58 partidas, 5 gols, 35 assistências, campeão da Primeira Liga, da Liga dos Campeões e da Copa Intercontinental, vice da Taça de Portugal, meio-campista e futebolista do ano da UEFA, homem da partida da final da Liga dos Campeões, futebolista do ano da Primeira Liga, líder de assistências da Primeira Liga e da Liga dos Campeões)

Henry (Arsenal, centroavante, 27 anos, francês, 4º lugar Ballon D'Or e 2º lugar FIFA World Player of the Year, 64 partidas, 41 gols, 20 assistências, campeão invicto da Premier League e da FA Community Shield, vencedor da chuteira de ouro da Premier League e da Chuteira de Ouro Européia, jogador do ano dos jogadores da PFA, membro do time do ano da PFA, futebolista do ano da FWA, jogador da temporada da Premier League, time do ano da UEFA, jogador francês do ano, membro do FIFA 100, vice líder de assistências da Liga dos Campeões)


2005

Escolhido: Ronaldinho Gaúcho (Ambas) (Barcelona, ponta-esquerda, 25 anos, brasileiro, 56 partidas, 20 gols, 19 assistências, campeão da LaLiga, da Supercopa de España e da Copa das Confederações, jogador do ano da FIFA, time do ano da UEFA, jogador do ano da World Soccer Magazine, atacante do ano da UEFA, bola de bronze da Copa das Confederações, membro da FIFPro World XI, jogador do mundo do ano da FIFPro, vice líder de assistências da LaLiga)

Ronaldinho Gaúcho com o Ballon D'Or de 2005.


  Ronaldinho era um dos melhores do mundo, não o melhor. Lampard e Thierry Henry estavam pau a pau um com o outro.

  Após ter tido uma temporada 2003-04 boa, ele foi campeão da LaLiga sendo um dos líderes de assistências com 15 assistências e 9 gols em 35 jogos. Caiu nas oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Chelsea de Frank Lampard, Petr Cech e John Terry, marcando os dois gols na derrota por 4 a 2. Foi campeão da Copa das Confederações em cima da Argentina marcando na final, tendo 3 gols e 1 assistência na conta em 5 jogos, vencendo a bola de bronze como o terceiro melhor jogador da competição. Marcou 6 gols e 2 assistências em 12 jogos pelo Brasil, e foi eleito o atacante do ano da UEFA.


  Henry, mesmo sendo vice da Premier League, ainda era sem dúvidas Top 5 jogadores do mundo. Terminou vencendo a chuteira de ouro da Premier League e a Chuteira de Ouro Européia marcando 25 gols e 14 assistências em 32 jogos, terminando também como o vice assistente da liga. Foi campeão da FA Cup, mas jogou só 1 jogo marcando 1 assistência. Caiu nas oitavas de final da Liga dos Campeões para o Bayern de Munique apesar do gol da vitória no segundo jogo, marcando 5 gols em 8 jogos ao todo, e por último, foi vice da FA Community Shield para o Chelsea. Jogou 6 jogos pela seleção francesa e marcou 3 gols e 2 assistências.

Thierry Henry com a sua segunda Chuteira de Ouro Europeia.


  Lampard foi campeão quase que invicto da Premier League, terminando como o líder de assistências com 16 assistências e 13 gols em 38 jogos, sendo também eleito o futebolista do ano da FWA. Foi campeão da EFL Cup marcando 2 gols em 6 jogos, mas caiu ainda na quinta eliminatória da FA Cup jogando somente 2 jogos e marcando 1 gol. Também jogou demais na Liga dos Campeões, marcando 4 gols e 4 assistências em 12 jogos, mas caiu na semifinal para o Liverpool. Marcou 3 gols e 2 assistências em 9 jogos pela seleção inglesa.

Ronaldinho Gaúcho e Frank Lampard com os prêmios de jogador do ano de 2005 da FIFA e de segundo melhor jogador do ano de 2005 da FIFA, respectivamente.


  Eu escolho o Frank Lampard, para mim ele ainda foi um pouquinho melhor do que o Thierry Henry em termos individuais naquela temporada. Talvez o Adriano poderia ter sido eleito o melhor jogador do mundo se tivesse tido um segundo turno melhor pela Internazionale na Serie A. Se escolherem o Henry, fico de boa também.

  Ninguém foi melhor do que Ronaldinho no ano calendário de 2005. O bruxo marcou 30 gols e deu 24 assistências em 55 jogos.


Dados de: Lampard (Chelsea, meia-central/meia-atacante, 27 anos, inglês, 2º lugar ambas, 68 partidas, 22 gols, 23 assistências, campeão da Premier League, da FA Community Shield e da Football League Cup, futebolista do ano da FWA, jogador do ano dos fãs da PFA, vencedor do PFA Merit Award, jogador da temporada da Premier League, líder de assistências da Premier League, time do ano da PFA, jogador do ano da Inglaterra, time do ano da ESM, jogador do ano do Chelsea, melhor jogador da Copa da Liga)

Henry (Arsenal, centroavante, 28 anos, francês, 4º lugar ambas, 48 partidas, 33 gols, 17 assistências, campeão da FA Cup, vice da Premier League, chuteira de ouro da Premier League, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, time do ano da PFA, vice líder de assistências da Premier League, vencedor da chuteira de ouro Landmark 10 e 20 Award, jogador francês do ano)


2006

Escolhido: Fabio Cannavaro (Ambas) (Juventus, zagueiro, 33 anos, italiano, 63 partidas, 4 gols, 1 assistência, campeão da Copa do Mundo, bola de prata da Copa do Mundo, jogador do ano da World Soccer, defensor, futebolista italiano e futebolista do ano da Serie A, time do ano da UEFA, membro do World XI da FIFPro)

Fabio Cannavaro com seus prêmios mais importanntes do ano de 2006.


  De jeito nenhum. Só por causa do escândalo do Calciopoli, não vou falar dos números dele aqui, e sim dos de Ronaldinho e Eto'o, os dois melhores do mundo.

  Ronaldinho Gaúcho teve de longe a sua melhor temporada da carreira, sendo campeão da LaLiga marcando 17 gols e 18 assistências em 29 jogos, sendo o líder de assistências. Caiu nas quartas de final da Copa do Rei marcando 1 gol em 2 jogos, e foi excelente na Liga dos Campeões sendo o vice artilheiro e o líder de assistências com 7 gols e 5 assistências em 12 jogos e terminando como o campeão sendo o futebolista do ano da UEFA, claro. Foi campeão da Supercopa da Espanha dando duas assistências em 2 jogos, mas foi vice do Mundial de Clubes para o Internacional marcando 1 gol e 1 assistência em 2 jogos e vencendo a bola de bronze como o terceiro melhor jogador. Também foi vice da Supercopa Europeia para o Sevilla. Foi horroroso pela seleção brasileira naquele ano, caindo nas quartas de final para a França na Copa do Mundo marcando somente 1 assistência em 5 jogos e jogando 9 jogos ao todo, marcando somente mais uma assistência também.

Ronaldinho com o prêmio de futebolista do ano da UEFA de 2005-06.

Ronaldinho é eleito o jogador do ano de 2006 da FIFPro.

Ronaldinho com o prêmio de terceiro lugar do jogador do ano de 2006 da FIFA ao lado de Zidane, que ficou em segundo.


  Samuel Eto'o venceu o Troféu Pichichi da LaLiga ao ter marcado 26 gols e 7 assistências em 34 jogos, e marcou 6 gols e 3 assistências em 11 jogos pela Liga dos Campeões, incluindo um na final contra o Arsenal, sendo eleito o atacante do ano da UEFA. Não jogou o Mundial de Clubes e não marcou nenhum gol ou assistência pela Supercopa da Espanha. Não se classificou para a Copa do Mundo, mas ainda assim jogou a Copa das Nações Africanas, caindo nas quartas de final para a Costa do Marfim de Drogba nos pênaltis em um jogo histórico, onde Eto'o perdeu a sua segunda cobrança após ter que cobrar novamente. Ainda assim, terminou como o artilheiro com 5 gols e 1 assistência em 4 jogos. Jogou somente mais um jogo por Camarões depois disso.

Eto'o marcando o gol de empate na final da Liga dos Campeões 2005-06 contra o Arsenal.


  Ronaldinho foi melhor pela LaLiga e pela Liga dos Campeões, e Eto'o foi melhor por seleção. Escolho o Ronaldinho. Ronaldinho marcou 25 gols e 23 assistências em 56 jogos no ano calendário de 2006.


  De fato o Zidane jogou bem naquela temporada e MUITO naquela Copa do Mundo, mas ainda assim...


Dados de: Ronaldinho (Barcelona, ponta-esquerda, 26 anos, brasileiro, 4º lugar Ballon D'Or e 3º lugar FIFA World Player of the Year, 58 partidas, 26 gols, 27 assistências, campeão da LaLiga, da Supercopa de España e da Liga dos Campeões, vice do Mundial de Clubes e da Super Copa Européia, vencedor do Don Balón, time do ano da UEFA, jogador do ano da FIFPro, membro da FIFPro World XI, futebolista do ano da UEFA, lider de assistências da LaLiga e da Liga dos Campeões, bola de bronze da Copa do Mundo de Clubes, vice artilheiro da Liga dos Campeões)

Eto'o (Barcelona, centroavante, 25 anos, camaronês, 6º lugar Ballon D'Or e 5º lugar FIFA World Player of the Year, 54 partidas, 37 gols, 11 assistências, campeão da LaLiga, da Supercopa de España e da Liga dos Campeões, vice da Super Copa Européia, time do ano da ESM, membro do FIFA FIFPro World XI, time do ano da UEFA e da CAF, vencedor do Trofeo Pichichi, atacante do ano da UEFA, artilheiro da Copa Africana das Nações)


2007

Escolhido: Kaká (Ambas) (Milan, meia-atacante, 25 anos, brasileiro, 63 partidas, 25 gols, 16 assistências, campeão da Liga dos Campeões, da Super Copa da UEFA e do Mundial de Clubes, jogador do ano da FIFPro, membro do World XI da FIFPro, time do ano da UEFA, time do ano da UEFA.com, artilheiro da Liga dos Campeões, atacante e futebolista do ano da UEFA, vencedor do Pallone d'Argento, jogador do ano da World Soccer, futebolista estrangeiro e futebolista do ano da Serie A, melhor playmaker do mundo da IFFHS, esportista do ano da IAAF Latin, bola de ouro do Mundial de Clubes, líder de assistências do Mundial de Clubes, melhor futebolista do mundo da FourFourTwo)

  Riquelme e Kaká x Totti e Cristiano Ronaldo: Dois jogadores que não jogaram merda nenhuma pela liga nacional mas arrebentaram nas competições internacionais VS. dois jogadores que jogaram pra caralho pela liga nacional mas que não foram isso tudo internacionalmente.

  Kaká não jogou nada na Serie A, ficando em quarto e marcando somente 8 gols e 7 assistências em 31 jogos, vencendo o prêmio de futebolista estrangeiro e futebolista do ano da Serie A de forma totalmente injusta. Jogou só dois jogos pela Coppa Italia, caindo nas semifinais para a Roma de Francesco Totti. Pela Liga dos Campeões foi impecável: Artilheiro com 10 gols e 3 assistências em 13 jogos, dando assistência na final para o segundo gol de Inzaghi. Terminou sendo eleito o atacante e o futebolista do ano da UEFA. Foi campeão da Supercopa Europeia em cima do Sevilla marcando de rebote após perder seu pênalti, e também foi campeão do Mundial de Clubes marcando 1 gol e dando 2 assistências na final contra o Boca Juniors. Foi eleito o bola de ouro da competição e foi o líder de assistências com 3 assistências e 1 gol em 2 jogos. Não jogou a Copa América, jogando 12 partidas e marcando 5 gols e dando 2 assistências pelo Brasil. Foi eleito o melhor criador de jogadas do mundo da IFFHS (injustamente também, ao meu ver).

Kaká com os prêmios de atacante e futebolista do ano da UEFA 2006-07.

Kaká é eleito o futebolista do ano de 2007 da World Soccer.

Kaká é eleito o melhor jogador do mundo de 2007 pela revista FourFourTwo. 

Kaká com o prêmio de jogador do ano de 2007 da FIFPro.

Kaká com o prêmio de jogador do ano de 2007 da FIFA. Cristiano Ronaldo ficou em um surpreendente terceiro lugar atrás de Lionel Messi mesmo tendo sido muito melhor do que ele.



  Riquelme foi melhor do que o Kaká pelas ligas nacionais. Foi para o Boca Juniors por empréstimo após jogar somente o ano de 2006 da temporada 2006-07 da LaLiga pelo Villarreal, e marcou 2 gols e 8 assistências em 15 jogos da liga argentina. Pela Libertadores foi o melhor jogador disparado: Vice artilheiro e líder de assistências com 8 gols e 5 assistências em 11 jogos, humilhando o Grêmio nos dois jogos da final. Mesmo com o vice da Copa América para o Brasil, foi o melhor jogador (ao meu ver) da competição sendo o vice artilheiro e o líder de assistências com 5 gols e 3 assistências em 5 jogos. Em geral, marcou 9 gols e 5 assistências em 9 jogos pela Argentina naquele ano, e foi eleito o quarto melhor criador de jogadas do mundo pela IFFHS (ao meu ver era o melhor criador de jogadas).



Riquelme jogou demais nos dois jogos da final contra o Grêmio, seja marcando gol ou criando as jogadas para os outros gols.

Riquelme marcando de falta contra a Colômbia na Copa América de 2007.


  Cristiano Ronaldo finalmente conseguiu ser campeão inglês, sendo o vice artilheiro e o líder de assistências com 17 gols e 16 assistências em 34 jogos, sendo eleito o futebolista do ano da FWA, o jogador jovem e o jogador do ano da PFA. Pela FA Cup, marcou 3 gols e 1 assistência em 7 jogos e foi vice para o Chelsea. Pela EFL Cup caiu nas oitavas jogando só um jogo, e caiu nas semifinais da Liga dos Campeões para o Milan de Kaká sendo o vice líder de assistências com 5 assistências e 3 gols em 11 jogos. Foi campeão da FA Community Shield nos pênaltis e marcou 5 gols e 1 assistência em 10 jogos pela seleção portuguesa. Era o segundo melhor criador de jogadas do mundo ao meu ver.

Cristiano Ronaldo e Kaká juntos no jogo de volta da semifinal da Liga dos Campeões 2006-07.


  Francesco Totti era o verdadeiro melhor jogador da Serie A naquele ano, sendo o artilheiro com 26 gols e 8 assistências em 35 jogos e vencendo a Chuteira de Ouro Europeia, mas foi vice para a Internazionale por uma margem gigantesca de pontos, mas pelo menos ainda foi eleito o futebolista italiano do ano da Serie A, mesmo merecendo ter sido eleito o melhor jogador da Serie A em geral. Pela Coppa Italia, foi campeão em cima da Internazionale marcando e dando assistência no primeiro jogo (6 a 2 em Roma) e dando assistência na derrota por 2 a 1 em Milão, marcando 2 gols e 3 assistências em 5 jogos no total. Pela Liga dos Campeões marcou 4 gols e 3 assistências em 9 jogos, caindo nas quartas de final para o Manchester United de Totti tomando de 7 no Old Trafford. Por último, foi campeão da Supercoppa Italiana dando assistência para o gol do título.

Francesco Totti com a Chuteira de Ouro Europeia da temporada 2006-07.


  Acho que ainda vou deixar o Kaká com o prêmio devido a superioridade gigantesca pela Liga dos Campeões diante do Totti e do Cristiano Ronaldo, e por jogar numa competição internacional muito mais forte do que a Libertadores de Riquelme. Kaká jogou alguns jogos a menos no ano calendário de 2007, jogando 57 partidas e marcando 24 gols, dando 15 assistências.


Dados de: Riquelme (Boca Juniors, meia-atacante, 29 anos, argentino, 35 partidas, 19 gols, 16 assistências, campeão da Copa Libertadores, vice da Copa América e do Torneo Clausura, líder de assistências da Copa Libertadores e da Copa América, chuteira de prata da Copa América e da Copa Libertadores, vice líder de assistências do Torneo Clausura, membro da equipe ideal da América, vencedor do Prêmio Clarín, homem da partida da final da Copa Libertadores, prêmio de melhor jogador da América da Fox Sports, membro do onze ideal da Copa América, terceiro goleador mundial em torneios intercontinentais e internacionais pela IFFHS, jogador mais valioso da Copa Libertadores, quarto melhor playmaker do mundo da IFFHS, foi impedido de jogar o Mundial de Clubes, portanto não jogou a final contra o Milan)

Cristiano Ronaldo (Manchester United, ponta-direita, 22 anos, português, 2º Ballon D'Or e 3º FIFA World Player of the Year, 64 partidas, 28 gols, 23 assistências, campeão da Premier League e da FA Community Shield, vice da FA Cup, jogador do ano dos jogadores da PFA, jogador do ano dos fãs da PFA, jogador da temporada da Premier League, jogador jovem do ano da PFA, futebolista do ano da FWA, líder de assistências da Premier League, vice líder de assistências da Liga dos Campeões)

Totti (Roma, centroavante, 31 anos, italiano, 10º Ballon D'Or, 50 partidas, 32 gols, 15 assistências, campeão da Coppa Italia e da Supercoppa Italiana, vice da Serie A, futebolista italiano do ano da Serie A, membro do time do ano da ESM, vencedor do Capocannoniere e da Chuteira de Ouro Européia, artilheiro do ano da Serie A, vice líder de assistências da Coppa Italia)


2008

Escolhido: Cristiano Ronaldo (Ambas) (Manchester United, ponta-direita, 23 anos, português, 58 partidas, 44 gols, 12 assistências, campeão da Premier League, da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes, vice da Super Copa da UEFA, melhor jogador do ano da FIFPro, atacante e futebolista do ano da UEFA, vencedor da chuteira de ouro da Premier League, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, membro do World11 da FIFA FIFPro, time do ano da UEFA, bola de prata do Mundial de Clubes, jogador do ano da PFA, jogador da temporada da Premier League, futebolista do ano da FWA, time do ano da PFA, líder de assistências da Eurocopa, artilheiro da Liga dos Campeões)

  A versão mais encantadora do Cristiano Ronaldo na minha opinião.

  Foi bicampeão inglês vencendo a chuteira de ouro da Premier League e a Chuteira de Ouro Europeia marcando 31 gols e 7 assistências em 34 jogos, sendo eleito também o futebolista do ano da PFA e da FWA. Marcou 3 gols em 3 jogos pela FA Cup apesar da eliminação na sexta eliminatória, e foi campeão europeu batendo o Chelsea na final marcando de cabeça e perdendo sua cobrança nas penalidades máximas, terminando como o artilheiro com 8 gols e 1 assistência em 11 jogos, sendo eleito o atacante e o futebolista do ano da UEFA. Foi campeão da FA Community Shield sem jogar por lesão, e também venceu o Mundial de Clubes dando assistência para Rooney marcar o gol do título contra a LDU. Venceu a bola de prata como o segundo melhor jogador, marcando 1 gol e 1 assistência em 2 jogos. Foi vice da Supercopa Europeia, mas não jogou. Por último, caiu nas quartas de final da Eurocopa para a Alemanha, marcando 1 gol e 3 assistências em 3 jogos. Jogou mais 5 jogos pela seleção, mas nenhum outro número. Foi também eleito o segundo melhor criador de jogadas do mundo pela IFFHS.

  Temporada inquestionável. No ano calendário de 2008 seus números foram um pouco piores: 35 gols e 16 assistências em 58 jogos.

CR7 com o prêmio de atacante e futebolista do ano da UEFA 2007-08.

CR7 com o prêmio de jogador do ano de 2008 da FIFPro,

CR7 com o prêmio de jogador do ano de 2008 da FIFA

e com o Ballon D'Or de 2008.



2009

Escolhido: Lionel Messi (Barcelona, ponta-direita, 22 anos, argentino, 65 partidas, 45 gols, 21 assistências, campeão da LaLiga, da Copa del Rey, da Supercopa de España, da Liga dos Campeões, da Super Copa da UEFA e do Mundial de Clubes, atacante e futebolista do ano da UEFA, melhor atacante e melhor jogador da LaLiga, vencedor do Trofeo Alfredo di Stéfano, bola de ouro do Mundial de Clubes, jogador mais valioso da final do Mundial de Clubes, vencedor do Olimpia de Plata, time do ano da UEFA, artilheiro da Liga dos Campeões e da Copa del Rey, vice líder de assistências da LaLiga)

  Justo, mas o Xavi tinha uma chance.

  Assumindo o protagonismo desde o declínio e a saída de Ronaldinho, Lionel Messi foi campeão espanhol marcando 23 gols e 13 assistências em 31 jogos, sendo eleito o melhor jogador da LaLiga. Pela Copa do Rei, foi campeão marcando gol e assistência na final vencida por 4 a 1 sobre o Athletic Bilbao, terminando como o vice artilheiro com 6 gols e 1 assistência em 8 jogos. Venceu a Liga dos Campeões marcando na final contra o Manchester United de Cristiano Ronaldo, terminando como o artilheiro com 9 gols e o vice líder de assistências com 5 em 14 jogos, sendo eleito o atacante e o futebolista do ano da UEFA. Foi campeão da Supercopa Europeia e da Supercopa da Espanha também, dando a assistência para o gol do título da Supercopa Europeia e marcando 2 na Supercopa da Espanha, respectivamente. Seu último título foi o Mundial de Clubes em cima do Estudiantes, marcando o gol do título de peito e vencendo a bola de ouro como o melhor jogador. Pela Argentina, marcou 3 gols e 1 assistência em 10 jogos.

Messi com o prêmio de atacante e futebolista do ano da UEFA junto com Xavi, meio-campista do ano da UEFA 2008-09.

Messi com o prêmio de jogador de 2009 da FIFA.

Lionel Messi com o Ballon D'Or de 2009.


  Xavi Hernández foi o líder isolado de assistências da LaLiga com 23 assistências e 6 gols em 35 jogos, dando 4 assistências no 6 a 2 sobre o Real Madrid no Santiago Bernabéu. Marcou na final da Copa do Rei contra o Athletic Bilbao, marcando 1 gol e 1 assistências em 5 jogos pela Copa do Rei, e foi o líder de assistências da Liga dos Campeões com 7 assistências e 2 gols em 12 jogos. Marcou 1 gol e 1 assistência em 2 jogos pela Supercopa da Espanha, e foi eleito o bola de bronze do Mundial de Clubes. Jogou a Copa das Confederações naquele ano, caindo para os Estados Unidos na semifinal e ficando em terceiro lugar, jogando 4 jogos e não fazendo nada. Jogou 15 jogos pela Espanha no total e deu 4 assistências.

  Messi foi superior na Liga dos Campeões e um pouco superior na LaLiga. Vai ele então. Pelo ano calendário, esse anão hormonizado marcou 41 gols e 16 assistências em 64 jogos.



Dados de: Xavi (Barcelona, meia-central, 29 anos, espanhol, 3º lugar ambas, 73 partidas, 11 gols, 36 assistências, campeão da LaLiga, da Copa del Rey, da Supercopa de España, da Liga dos Campeões, da Super Copa da UEFA e do Mundial de Clubes, terceiro lugar da Copa das Confederações, líder de assistências da LaLiga e da Liga dos Campeões, meio-campista do ano da UEFA, melhor playmaker do mundo da IFFHS, meio-campista do ano da LaLiga, membro do World11 da FIFA FIFPro, time do ano da UEFA, time do ano da ESM, bola de bronze do Mundial de Clubes)


  E então, os dois prêmios se fundem.


2010

Escolhido: Lionel Messi (Barcelona, ponta-direita, 23 anos, argentino, 61 partidas, 48 gols, 13 assistências, campeão da LaLiga e da Supercopa de España, vencedor do Troféu Pichichi, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, melhor atacante e melhor jogador da LaLiga, vencedor do Trofeo Alfredo di Stéfano, artilheiro da Liga dos Campeões, vencedor do Olimpia de Plata, time do ano da UEFA, vice líder de assistências da LaLiga, vice-líder de assistências da Copa do Mundo)

  Não sei que merda vocês tem na cabeça para acharem que o Wesley Sneijder era o melhor do mundo, que o Andrés Iniesta era o melhor do mundo, que o Xavi era o melhor do mundo... A bola de ouro desse ano pro Messi foi justíssima! Marcou 60 gols naquele ano, mas vou falar só da temporada 2009-10.

  Foi campeão espanhol novamente, vencendo o Troféu Pichichi e a Chuteira de Ouro Europeia com 34 gols e 11 assistências em 35 jogos, sendo também o melhor jogador da LaLiga. Caiu nas oitavas da Copa do Rei marcando 1 gol em 3 jogos, e foi o artilheiro da Liga dos Campeões com 8 gols em 11 jogos, mas caiu na semifinal para a Internazionale. Marcou um triplete na conquista da Supercopa da Espanha em cima do Sevilla na vitória por 4 a 0. Foi mal na Copa do Mundo? Foi. 2 assistências em 5 jogos e caindo nas quartas de final para a Alemanha. Marcou só 2 gols e 2 assistências em 10 jogos pela Argentina.

  O Iniesta não jogou merda nenhuma pelo Barcelona naquele ano e não era o principal jogador da Espanha naquela Copa do Mundo. Sneijder não era nem o melhor jogador da Internazionale, e apesar do seu desempenho excelente na Liga dos Campeões e na Copa do Mundo tendo ganho praticamente tudo com exceção da Supercopa Europeia, marcou só 4 gols e 8 assistências em 26 jogos pela Serie A. Xavi foi o melhorzinho, mas mesmo assim...

Lionel Messi com o Ballon D'Or de 2010 com Wesley Sneijder ao seu lado.


2011

Escolhido: Lionel Messi (Barcelona, centroavante/falso 9/ponta-direita, 24 anos, argentino, 71 partidas, 60 gols, 40 assistências, campeão da LaLiga, da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes, da Super Copa da UEFA e da Supercopa de España, vice da Copa del Rey, jogador do ano da UEFA, melhor atacante e melhor jogador da LaLiga, vencedor do Trofeo Alfredo di Stéfano, bola de ouro do Mundial de Clubes, jogador mais valioso da final do Mundial de Clubes, artilheiro mundial da IFFHS, vencedor do Olimpia de Plata, time do ano da UEFA, time dos sonhos da Copa América, campeão dos campeões do L'Équipe, artilheiro da Liga dos Campeões e da Copa del Rey, vice líder de assistências da LaLiga (1-10 fotos)

  Foi o ano em que o Cristiano Ronaldo mais se fudeu na mão do Messi, a verdade é essa.

  O Barcelona continuaria dominando a Espanha vencendo mais uma LaLiga em cima do Real Madrid, com Messi terminando como o vice artilheiro com 31 gols e o líder de assistências com 19 assistências em 33 jogos. Mesmo sendo vice para o Real Madrid pela Copa do Rei, Messi foi o artilheiro com 7 gols e 2 assistências em 7 jogos. Pela Liga dos Campeões, Lionel deu mais um pau no Real Madrid na semifinal marcando os dois da vitória por 2 a 0 sobre o Real Madrid no Santiago Bernabéu, e marcou o gol de desempate na final contra o Manchester United de Nemanja Vidic e Wayne Rooney vencida por 3 a 1, terminando como o artilheiro com 12 gols e 4 assistências em 13 jogos e vencendo o prêmio de melhor jogador da UEFA. Pela Supercopa da Espanha, mais um couro do argentino: Marcou e deu assistência em todos os gols marcados nos dois jogos contra o Real Madrid, incluindo um no jogo de volta com o português o marcando e ficando de joelhos. Marcou 3 gols e 2 assistências em geral, e também foi campeão da Supercopa da UEFA sobre o Porto por 2 a 0 marcando o gol e dando a assistência para o outro, e por último, foi campeão do Mundial de Clubes em cima do Santos por 4 a 0, marcando 2 na final e sendo eleito o bola de ouro da competição como o melhor jogador, tendo marcado 2 gols e 1 assistência em 2 jogos no total. Não foi como o esperado pela Copa América mesmo jogando em sua própria casa, e caiu na quartas de final para o Uruguai de Luis Suárez nos pênaltis dando 3 assistências em 4 jogos. Marcou 4 gols e 9 assistências em 13 jogos pela seleção argentina. Em um desses amistosos, contra Portugal, marcou e deu assistência na vitória por 2 a 1.

  Venceu praticamente tudo com exceção da Copa do Rei, sendo o artilheiro ou o líder de assistências em praticamente todas as competições que participou, sem falar do seu domínio sobre Cristiano nos confrontos diretos. No ano calendário de 2011, marcou 59 gols e deu quase 40 assistências.

Messi com o Ballon D'Or de 2011.

Messi é eleito o futebolista do ano da World Soccer pela segunda vez em 2011.

Messi com o prêmio de jogador do ano da UEFA ao lado de Xavi, segundo melhor jogador da UEFA.

Lionel Messi é eleito o campeão dos campeões do L'Équipe em 2011.



2012

Escolhido: Lionel Messi (Barcelona, falso 9/segundo-atacante/ponta-direita, 25 anos, argentino, 66 partidas, 81 gols, 29 assistências, campeão da Copa del Rey, vice da LaLiga e da Supercopa de España, vencedor do Troféu Pichichi, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, melhor atacante e melhor jogador da LaLiga, artilheiro mundial da IFFHS, artilheiro da Liga dos Campeões, líder de assistências da LaLiga, da Liga dos Campeões e da Copa del Rey, melhor artilheiro do mundo da IFFHS, melhor artilheiro das divisões do mundo da IFFHS, vencedor do Olimpia de Plata, time do ano da UEFA)

  De longe a melhor temporada individual que um jogador já teve. 91 gols em um ano já explica tudo. E 73 na temporada pelo Barcelona.

Messi é eleito pela terceira vez o futebolista do ano da World Soccer em 2012.

Lionel Messi com o Ballon D'Or de 2012.


2013

Escolhido: Cristiano Ronaldo (Real Madrid, ponta-esquerda, 28 anos, português, 62 partidas, 63 gols, 14 assistências, vice da LaLiga e da Copa del Rey, artilheiro da Liga dos Campeões, vice artilheiro da LaLiga e da Copa del Rey, jogador mais valioso da LaLiga, melhor artilheiro do mundo da IFFHS)

Cristiano Ronaldo chora ao ser eleito o melhor jogador do mundo novamente depois de 5 anos.

Cristiano Ronaldo também foi eleito pela segunda vez o futebolista do ano da World Soccer em 2013.

Cristiano Ronaldo é eleito o artilheiro mundial da IFFHS em 2013.


  A resposta para esse ano depende do que você considera. Se considerássemos o ano de 2013, Cristiano Ronaldo seria sem dúvidas o melhor do mundo, afinal ele marcou 69 gols naquele ano. Se considerássemos pela temporada 2012-13, com toda a certeza seria o Lionel Messi. A FIFA e a France Football consideraram pelo ano, eu considero pela temporada. Messi era pra vencer novamente, e eu vou mostrar o porquê.

  Cristiano Ronaldo foi vice da LaLiga e da Copa do Rei para o Barcelona e para o Atlético de Madrid, respectivamente. Foi o vice artilheiro da LaLiga com 34 gols e 11 assistências em 34 jogos, mas foi eleito o jogador mais valioso. Também foi o vice artilheiro da Copa do Rei, marcando 7 gols e 1 assistência em 7 jogos, marcando de cabeça na final perdida por 2 a 1 onde ele foi expulso na prorrogação após simulação de agressão do jogador adversário. Pela Liga dos Campeões ele foi o melhor jogador ao meu ver, sendo o artilheiro com 12 gols e 1 assistência em 12 jogos, caindo na semifinal para o Borussia Dortmund. Marcou 10 gols e 1 assistência em 9 jogos por Portugal.

  Messi quase quebrou o próprio recorde de 50 gols na LaLiga, vencendo o Troféu Pichichi e sendo campeão da LaLiga com 46 gols e 13 assistências em 32 jogos, vencendo também o prêmio de melhor jogador da LaLiga e a Chuteira de Ouro Europeia. Caiu na semifinal da Copa do Rei para o Real Madrid de Cristiano Ronaldo após uma derrota humilhante em casa com 2 gols do português, com Messi marcando ao todo 4 gols e 1 assistência em 5 jogos. Também foi eliminado de forma ainda mais humilhante na semifinal da Liga dos Campeões para o Bayern de Munique, mas ainda marcou 8 gols e 3 assistências em 11 jogos. Foi campeão da Supercopa da Espanha em cima do Atlético de Madrid pelo critério do gol fora, jogando os dois jogos. Marcou 6 gols e 4 assistências em 7 jogos pela seleção argentina.


Lionel Messi é eleito o melhor artilheiro das divisões do mundo da IFFHS após vencer a Chuteira de Ouro Européia da temporada 2012-13.


  Viram a diferença?

Numero de gols marcados por CR7 e Messi de 2009 até 2018.


Dados de: Messi (Barcelona, centroavante/falso 9/segundo-atacante/ponta-direita, 26 anos, argentino, 2º lugar ambas, 57 partidas, 64 gols, 21 assistências, campeão da LaLiga e da Supercopa de España, vencedor do Troféu Pichichi, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, melhor atacante e melhor jogador da LaLiga, melhor artilheiro das divisões do mundo da IFFHS, vencedor do Olimpia de Plata, vice líder de assistências da LaLiga)


2014

Escolhido: Cristiano Ronaldo (Real Madrid, ponta-esquerda, 29 anos, português, 61 partidas, 58 gols, 21 assistências, campeão da Copa del Rey, da Liga dos Campeões, da Super Copa da UEFA e do Mundial de Clubes, melhor jogador da europa da UEFA, vencedor do Troféu Pichichi, vencedor da Chuteira de Ouro Européia, membro do World11 do FIFA FIFPro, time do ano da UEFA, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, bola de prata da Copa do Mundo de Clubes, melhor atacante e melhor jogador da LaLiga, personalidade do ano da BBC Overseas Sports, artilheiro da Liga dos Campeões)

  Justo, mas o Neuer... Quem sabe, né?

  Cristiano Ronaldo ficou em terceiro lugar na LaLiga, mas venceu o Troféu Pichichi e a Chuteira de Ouro Europeia jogando 30 jogos e marcando 31 gols e 11 assistências, sendo eleito também o melhor jogador da LaLiga. Pela Copa do Rei, marcou 3 gols e 1 assistência em 6 jogos e foi campeão em cima do Barcelona. Pela Liga dos Campeões, teve a melhor atuação de um jogador em qualquer edição de Liga dos Campeões: 17 gols e 5 assistências em 11 jogos, ou seja, artilheiro isolado e vice assistente, marcando em todos os jogos exceto no jogo de ida da semifinal contra o Bayern de Munique. Marcou 1 gol e 1 assistência na final contra o Atlético de Madrid, vencida por 4 a 1. Foi vice da Supercopa da Espanha, mas foi campeão da Supercopa Europeia em cima do Sevilla marcando os 2 gols do time, e pelo Mundial de Clubes, foi campeão marcando 2 assistências em 2 jogos, terminando com a bola de prata do torneio. Caiu cedo na fase de grupos da Copa do Mundo marcando somente 1 gol e 1 assistência em 3 jogos. Marcou 5 gols e 2 assistências em 9 jogos por Portugal.

Cristiano Ronaldo marcando no jogo de volta da semifinal da Liga dos Campeões 2013-14 contra o Bayern de Munique.

Cristiano com o prêmio de melhor jogador do ano da UEFA.

Cristiano com o Ballon D'Or de 2014.

Pela terceira vez, CR7 é eleito o futebolista do ano da World Soccer em 2014.

Cristiano Ronaldo, quase dormindo, com o prêmio de personalidade esportiva do ano da BBC Overseas Sports de 2014.


  Neuer foi bicampeão alemão jogando 31 jogos, sofrendo 18 gols e ficando 15 jogos sem tomar gols. Pela Copa da Federação Alemã os números são melhores ainda: Campeão em cima do Borussia Dortmund jogando 5 jogos e sofrendo somente 1 gol. Pela Liga dos Campeões, foi eliminado na semifinal de forma humilhante pelo Real Madrid de Cristiano Ronaldo e Sérgio Ramos, tomando dois gols de cada um (e um golaço de falta do Cristiano) na derrota por 4 a 0 na Alemanha. Foi vice da Supercopa Alemã para o Borussia Dortmund por 2 a 0, e pela Copa do Mundo, venceu a luva de ouro como o melhor goleiro (também merecia a bola de ouro, como o melhor jogador), sendo campeão mundial jogando 7 jogos, sofrendo 4 gols e ficando 4 jogos sem tomar gols, com atuações memoráveis contra a Argélia e a França nas oitavas e quartas de final. Jogou mais 6 jogos pela Alemanha, sofrendo 8 gols e ficando 2 jogos sem tomar gols. Ficou em segundo no prêmio de jogador do ano da UEFA, atrás de Cristiano Ronaldo.

Manuel Neuer foi muito superior por seleção do que Cristiano Ronaldo, o vencendo na fase de grupos da Copa do Mundo de 2014 por 4 a 0.

Manuel Neuer na cerimônia do Ballon D'Or de 2014.


  Cristiano foi superior ao Neuer por clube, enquanto o Neuer foi muito superior por seleção. Mas vou de CR7.


Dados de: Neuer (Bayern Munich, goleiro, 28 anos, alemão, 3º lugar ambas, 62 partidas, 46 gols sofridos, 29 partidas sem tomar gols, campeão da Bundesliga, da DFB-Pokal e da Copa do Mundo, vice da DFL-Supercup, vencedor do Silbernes Lorbeerblatt, futebolista alemão do ano, melhor goleiro do mundo da IFFHS, melhor goleiro europeu, membro do World11 do FIFA FIFPro, time do ano da UEFA, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, luva de ouro da Copa do Mundo, membro do All-Star da Copa do Mundo, membro do time dos sonhos da Copa do Mundo, atleta do ano da AIPS, atleta europeu do ano da AIPS, time da temporada da Bundesliga)


2015

Escolhido: Lionel Messi (Barcelona, ponta-direita/falso 9/segundo atacante, 28 anos, argentino, 69 partidas, 66 gols, 35 assistências, campeão da LaLiga, da Copa del Rey, da Liga dos Campeões, da Super Copa da UEFA e do Mundial de Clubes, vice da Supercopa de España e da Copa América, melhor jogador da Copa América, jogador do ano da UEFA, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, melhor atacante e melhor jogador da LaLiga, vencedor do Trofeo Alfredo di Stéfano, bola de prata do Mundial de Clubes, melhor playmaker do mundo da IFFHS, vencedor do Olimpia de Plata, time do ano da UEFA, membro do time dos sonhos da Copa América, artilheiro da Liga dos Campeões, líder de assistências da LaLiga, da Liga dos Campeões e da Copa del Rey, vice artilheiro da Copa del Rey e da LaLiga, vice líder de assistências da Copa América)

  Quem diz que Neymar era pra ter vencido o prêmio esse ano só pode ser retardado. Se o Messi não existisse, eu daria esse prêmio pro Cristiano Ronaldo mesmo com o Neymar ganhando a porra toda com exceção da Supercopa da Espanha. Messi e Cristiano Ronaldo tiveram números muito parecidos, mas o Messi foi muito superior coletivamente.

  Brigando pau a pau com o Real Madrid de Cristiano Ronaldo, conseguiu ser campeão espanhol novamente sendo o vice artilheiro e o líder de assistências com 43 gols e 21 assistências em 38 jogos (Pra se ter uma idéia, Cristiano marcou 48 gols e 17 assistências em 35 jogos, e poderia muito bem ter quebrado o recorde de 50 gols de Messi). Também foi campeão da Copa do Rei sendo o vice artilheiro e o líder de assistências com 5 gols e 4 assistências em 6 jogos, marcando 2 na final vencida por 3 a 0 sobre o Athletic Bilbao no Camp Nou, onde o Messi marcou um golaço que concorreu ao Puskás, e que mesmo não tendo vencido o prêmio devido a grande influência de Wendel Lira, era de longe o merecedor. Venceu a Liga dos Campeões sendo o artilheiro e o líder de assistências com 10 gols e 6 assistências em 13 jogos, sendo também eleito o melhor jogador da UEFA. Messi também foi campeão da Supercopa da UEFA marcando 2 golaços de falta e dando assistência pro gol do título sobre o Sevilla por 5 a 4 e do Mundial de Clubes por 3 a 0 sobre o River Plate vencendo a bola de prata como o segundo melhor jogador, mas não conseguiu a sêxtupla como conseguiu em 2009, sendo vice da Supercopa da Espanha para o Athletic Bilbao após um humilhante 4 a 0 no jogo de ida e marcando no empate por 1 a 1 no jogo de volta. Mesmo tendo um desempenho abaixo do esperado na Copa América marcando somente 1 gol e 3 assistências em 6 jogos e sendo vice para os anfitriões chilenos nos pênaltis, foi eleito o melhor jogador da competição, mas recusou o prêmio. Ainda foi bem com a Argentina, marcando 4 gols e 3 assistências em 8 jogos. Dentre seus inúmeros prêmios individuais, foi eleito o melhor criador de jogadas do mundo da IFFHS.

  O segundo melhor finalizador do mundo e o melhor criador de jogadas do mundo, além de ter vencido a quíntupla pelo Barcelona como em 2011. Essa é a segunda melhor temporada da carreira do Messi, ao meu ver.


Messi bugando o cérebro do Boateng,

e mandando de cobertura por cima do Neuer, na semifinal da Liga dos Campeões 2014-15.

Lionel Messi comemorando seu golaço em cima do Athletic Bilbao na final da Copa do Rei 2014-15.

Após o vice, Messi recusa o prêmio de melhor jogador da Copa América de 2015.

Messi vence o Goal 50.

Messi com o prêmio de melhor jogador da UEFA.

Lionel Messi com o Ballon D'Or de 2015.

Lionel Messi é eleito pela quarta vez o futebolista do ano da World Soccer em 2015.


  Os dois prêmios se separaram, e a FIFA mudou o nome da sua antiga premiação para o FIFA The Best.


2016

Escolhido: Cristiano Ronaldo (Ambas) (Real Madrid, ponta-esquerda/centroavante, 31 anos, português) 63 partidas, 68 gols, 18 assistências, campeão da Liga dos Campeões, do Mundial de Clubes, da Super Copa da UEFA e da Eurocopa, vice da LaLiga, vencedor do The Best da FIFA, melhor jogador da Europa da UEFA, jogador português do ano da APF, membro do World11 FIFA FIFPro, time do ano da UEFA, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, time do torneio da Eurocopa, chuteira de prata da Eurocopa, bola de ouro do Mundial de Clubes, time da temporada da LaLiga, time da temporada da LaLiga da UEFA, artilheiro da Liga dos Campeões, vice líder de assistências da Eurocopa, vice artilheiro da LaLiga, vice líder de assistências da Liga dos Campeões, artilheiro do Mundial de Clubes)

  Absolutamente ninguém tirava esse prêmio do Cristiano em 2016. N-I-N-G-U-É-M. Se alguém perguntar para o Cristiano Ronaldo qual foi o seu ano favorito, ele com certeza dirá o ano de 2016. E eu vou explicar o porquê.

  O trio BBC peitou o trio MSN até o final, mas foi vice da LaLiga novamente (a ausência de Gareth Bale devido as suas lesões também atrapalhou). Cristiano foi o vice artilheiro com 35 gols e 11 assistências em 36 jogos, ficando atrás somente de Luis Suárez na artilharia. Não jogou a Copa do Rei, mas foi campeão da Liga dos Campeões sendo o artilheiro isolado e o vice líder de assistências com 16 gols e 4 assistências em 12 jogos, quase igualando o seu recorde de 2014. Na final contra o Atlético de Madrid, venceu nos pênaltis marcando a cobrança do título. Foi campeão da Supercopa da UEFA sem jogar, e foi o artilheiro com 4 gols em 2 jogos e o bola de ouro do Mundial de Clubes após ser o campeão e o artilheiro em cima do Kashima Antlers por 4 a 2, marcando um triplete na final. O motivo pelo qual esse foi o ano favorito de Cristiano, além do seu desempenho magnifico individualmente, foi a conquista da Eurocopa de 2016 em cima da França por 1 a 0, em uma das melhores finais de todas. Cristiano foi o chuteira de prata da competição como o vice artilheiro e o vice líder de assistências com 3 assistências. Ao todo, foram 3 gols e 3 assistências em 6 jogos. Cristiano marcou 13 gols e 3 assistências em 13 jogos por Portugal e foi eleito o futebolista português do ano pelo seu heroísmo e liderança.

  Agora vocês vêem o porquê eu disse que ninguém tirava esse prêmio dele?


Cristiano saiu ainda no primeiro tempo da final da Eurocopa após a entrada criminosa de Dimitri Payet.



Éder saiu do banco e marcou o gol do título para a alegria do Cristiano.


Cristiano segurando o título da Eurocopa de 2016.

Nani e Cristiano com a chuteira de prata da Eurocopa.

Cristiano Ronaldo com o prêmio de melhor jogador da UEFA.

Pela quarta vez, Cristiano é eleito o futebolista do ano da World Soccer em 2016.

Cristiano Ronaldo com o Ballon D'Or de 2016. 

Cristiano Ronaldo com o The Best da FIFA de 2016.


2017

Escolhido: Cristiano Ronaldo (Ambas) (Real Madrid, ponta-esquerda/centroavante, 32 anos, português, 59 partidas, 52 gols, 16 assistências, campeão da LaLiga, da Supercopa de España, da Liga dos Campeões, da Super Copa da UEFA e do Mundial de Clubes, vencedor do The Best da FIFA, melhor jogador da Europa da UEFA, jogador português do ano da APF, membro do World11 da FIFA FIFPro, time do ano da UEFA, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, bola de prata do Mundial de Clubes, time da temporada da LaLiga da UEFA, atacante e futebolista do ano da UEFA, artilheiro da Liga dos Campeões, vice líder de assistências da Liga dos Campeões, artilheiro do Mundial de Clubes)

  Assim como o Baggio teve sorte em 1993 devido a lesão do Van Basten, Cristiano Ronaldo teve sorte nesse ano em relação ao Messi. Se o Messi continuasse jogando o que jogou na fase de grupos da Liga dos Campeões no mata-mata, seria mais um prêmio na conta dele. Agradeça, Cristiano.

  Foi campeão da LaLiga marcando só 25 gols e 6 assistências em 29 jogos, não sendo nem o vice artilheiro. Caiu nas quartas de final da Copa do Rei para o Celta de Vigo, marcando 1 gol em 2 jogos. Pela Liga dos Campeões, foi o artilheiro e o vice líder de assistências com 12 gols e 6 assistências em 13 jogos, marcando 2 na final contra a Juventus vencida por 4 a 1. Foi campeão da Supercopa da Espanha marcando um golaço no jogo de ida contra o Barcelona saindo do banco (foi expulso injustamente nesse jogo também), da Supercopa Europeia saindo do banco contra o Manchester United e do Mundial de Clubes marcando o gol do título de falta contra o Grêmio, vencendo a bola de prata marcando 2 gols em 2 jogos (merecia a bola de ouro, que foi entregue pro Modric). Jogou a Copa das Confederações e caiu na semifinal para o Chile nos pênaltis, e ficou em terceiro lugar marcando 2 gols e 1 assistência em 4 jogos. Marcou 11 gols e 4 assistências em 11 jogos pela seleção portuguesa naquele ano. Foi eleito o atacante e o jogador do ano da UEFA.

  Desde 2016 que o Cristiano virou o Mr. Champions.

Cristiano Ronaldo com o prêmio de atacante e futebolista do ano da UEFA 2016-17.

CR7 com o Ballon D'Or de 2017.

CR7 com o prêmio do The Best da FIFA de 2017.

Pela quinta vez, Cristiano é eleito o futebolista do ano da World Soccer em 2017.



2018

Escolhido: Luka Modric (Ambas) (Real Madrid, meia-central, 33 anos, croata, 57 partidas, 5 gols, 10 assistências, campeão da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes da FIFA, vice da Super Copa da UEFA e da Copa do Mundo, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, membro do FIFA FIFPro World11, meio-campista do ano da ESPN, time do ano da UEFA, meio-campista e futebolista do ano da UEFA, membro do time masculino do mundo da IFFHS, bola de ouro da Copa do Mundo, vencedor do prêmio de melhor jogador da europa da UEFA, vencedor do The Best, melhor playmaker do mundo da IFFHS, vencedor do Goal 50, jogador do ano da World Soccer, atleta do ano da AIPS)

Luka Modric ao lado da Marta com o The Best da FIFA de 2018.

Luka Modric com o Ballon D'Or de 2018.

Modric com a bola de ouro da Copa do Mundo de 2018 ao lado de Kylian Mbappé, com o prêmio de melhor jogador jovem.


  Lembram do que eu disse em 1995 sobre aquela edição ter sido a mais roubada da história? Sim, a de 2018 é a segunda mais roubada de todas, ou talvez a mais roubada dependendo do ponto de vista. 1 gol e 6 assistências em 26 jogos da LaLiga, veeeeeeeei. Como que ele era melhor do que o Cristiano Ronaldo?

  Mesmo tendo um início horroroso pela LaLiga, Cristiano Ronaldo se reergueu no segundo turno. Ficou em terceiro na LaLiga e terminou como o vice artilheiro com 26 gols e 5 assistências em 27 jogos. Teve a sua segunda melhor atuação pela Liga dos Campeões da carreira, marcando 15 gols e 3 assistências em 13 jogos, marcando da fase de grupos até as quartas de final consecutivamente (com destaque para o segundo jogo contra o Borussia Dortmund na fase de grupos, as oitavas contra o PSG e as quartas contra a Juventus). Foi eleito o atacante do ano da UEFA, e foi campeão da Supercoppa Italiana marcando o gol do título. Pela Copa do Mundo, caiu nas oitavas para o Uruguai marcando 4 gols em 4 jogos, com destaque para o triplete contra a Espanha. Marcou mais 2 gols e 1 assistência em 3 jogos pela seleção portuguesa.


Cristiano destrói a Juventus no jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões 2017-18 e é aplaudido pela torcida italiana.

Cristiano com seu quinto e último troféu da Liga dos Campeões (até agora).

Foto de Cristiano Ronaldo completando seu triplete contra a Espanha no primeiro jogo da fase de grupos da Copa do Mundo de 2018.


  OBS: Se o Cristiano perdesse aquela final contra o Liverpool, eu daria o prêmio pro Salah. Mas Messi e Neymar também poderiam levar o prêmio.


Dados de: Cristiano Ronaldo (Real Madrid/Juventus, centroavante/ponta-esquerda, 33 anos, português, 48 partidas, 48 gols, 9 assistências, campeão da Liga dos Campeões e da Supercoppa Italiana, jogador português do ano da APF, membro do World11 da FIFA FIFPro, time do ano da UEFA, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, membro do time dos sonhos da Copa do Mundo, atacante do ano da UEFA, artilheiro da Liga dos Campeões, vice artilheiro da LaLiga e da Copa do Mundo)


2019

Escolhido: Lionel Messi (Ambas) (Barcelona, ponta-direita/segundo atacante, 32 anos, argentino, 60 partidas, 57 gols, 22 assistências, campeão da LaLiga, vice da Copa del Rey e da Supercopa de España, terceiro lugar da Copa América, vencedor do Troféu Pichichi, vencedor da Chuteira de Ouro Europeia, vencedor do The Best, atacante do ano da UEFA, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, vencedor do Trofeo Alfredo di Stéfano, melhor playmaker do mundo da IFFHS, vencedor do Olimpia de Plata, membro do time do ano mundial da IFFHS, time do ano da UEFA, artilheiro da Liga dos Campeões, líder de assistências da LaLiga)

  Foi justo, não acho que o Van Dijk foi isso tudo que falavam não.

  Messi foi campeão espanhol vencendo o Troféu Pichichi e sendo o líder de assistências com 36 gols e 14 assistências em 34 jogos, sendo eleito o melhor jogador da liga e vencendo também a Chuteira de Ouro Europeia pela terceira vez seguida e o prêmio de melhor criador de jogadas do mundo da IFFHS. Pela Copa do Rei, foi vice para o Valencia marcando na final perdida por 2 a 1, marcando 3 gols e 3 assistências em 5 jogos no total. Pela Liga dos Campeões ele foi o artilheiro com 12 gols e 3 assistências em 10 jogos, caindo na semifinal para o Liverpool de Virgil van Dijk e sendo eleito o atacante do ano da UEFA. Pela Supercopa da Espanha, caiu na semifinal para o Valencia marcando na derrota por 3 a 2. Pela Copa América foi péssimo: Eliminação para o Brasil na semifinal marcando 1 gol e 1 assistência em 6 jogos. Pela Argentina, marcou 5 gols e 2 assistências em 10 jogos.

  Van Dijk ficou 1 ano sem tomar dribles? Sim, mas deixou muito a desejar na Liga dos Campeões, principalmente na fase de grupos.


Messi encarando Van Dijk no jogo de ida da semifinal da Liga dos Campeões 2018-19.


Messi comemorando seu golaço de falta contra o Liverpool.

Lionel Messi vence sua terceira Chuteira de Ouro Européia consecutiva.

Messi é eleito o atacante do ano da UEFA 2018-19.

Messi vence seu sexto Ballon D'Or em 2019

E seu segundo The Best da FIFA.

Pela quinta vez, Messi é eleito o futebolista do ano da World Soccer em 2019.


  Messi marcou 50 gols no ano calendário de 2019. Já marcou mais no passado.


2020

Escolhido: Robert Lewandowski (FIFA, porque não teve a premiação da France Football desse ano) (Bayern Munich, centroavante, 32 anos, polonês, 54 partidas, 59 gols, 14 assistências, campeão da Bundesliga, da DFB-Pokal, da DFL-Supercup, da Liga dos Campeões, da Super Copa da UEFA e do Mundial de Clubes, vencedor do The Best da FIFA, bola de ouro do Mundial de Clubes, melhor jogador masculino do mundo da IFFHS, melhor artilheiro mundial da IFFHS, membro do time do mundo masculino da IFFHS, jogador do ano da UEFA, atacante da temporada da Liga dos Campeões, artilheiro e líder de assistências da Liga dos Campeões, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, time do ano da UEFA, time do ano da ESM, pessoa esportiva européia do ano, jogador do ano da World Soccer, jogador do ano da FourFourTwo, jogador dourado do ano da Tuttosport, melhor futebolista do mundo do The Guardian, vencedor do Goal 50, melhor jogador do ano da Globe Soccer, futebolista polonês do ano, personalidade polonesa do ano dos esportes, jogador da temporada da Bundesliga pela VDV, time da temporada da Bundesliga pela VDV, jogador da temporada da Bundesliga, artilheiro da Bundesliga, time da temporada da Bundesliga, time fantasia da temporada da Bundesliga, futebolista do ano na alemanha, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, artilheiro da DFB-Pokal, jogador da temporada do Bayern de Munique)

  O que realmente decidiu a premiação desse ano foi a Liga dos Campeões.

  Foi campeão da Bundesliga vencendo o Torjagerkanone com 34 gols e 4 assistências em 31 jogos, sendo eleito também o jogador da temporada da Bundesliga. Foi campeão da Copa da Federação Alemã marcando dois na final contra o Bayer Leverkusen vencida por 4 a 2, sendo o artilheiro com 6 gols em 5 jogos. Quase quebrou o recorde de gols em uma única edição de Liga dos Campeões, sendo o campeão, artilheiro e o maior assistente com 15 gols e 6 assistências em 10 jogos, marcando em todos os jogos exceto na final contra o PSG. Foi campeão da Supercopa Alemã e deu assistência na conquista da Supercopa Europeia sobre o Sevilla. Por último, foi campeão do Mundial de Clubes dando assistência para o gol do título de Kimmich, terminando vencendo a chuteira e a bola de ouro como o artilheiro e o melhor jogador. Jogou 4 jogos pela Polônia marcando 2 gols e 2 assistências.

  Lewa marcou 47 gols em 2020.

Lewandowski com o prêmio de atacante e futebolista do ano da UEFA 2019-20.

Lewandowski é eleito o melhor jogador do mundo de 2020 da FourFourTwo.

Robert Lewandowski é eleito o futebolista do ano de 2020 da World Soccer.

Lewandowski é eleito o jogador do ano da Globe Soccer em 2020.
 
Lewandowski é eleito o melhor jogador do mundo pelo The Guardian em 2020.

Lewandowski vence o Goal 50.

Robert Lewandowski com o prÊmio de jogador dourado do ano da Tuttosport em 2020.

Robert Lewandowski com o The Best da FIFA de 2020.


2021

Escolhidos: Lionel Messi (France Football) (Barcelona, centroavante/falso 9, 34 anos, argentino, 62 partidas, 47 gols, 19 assistências, campeão da Copa del Rey e da Copa América, vice da Supercopa de España, vencedor do Trofeo Pichichi, artilheiro e líder de assistências da Copa América, melhor jogador da Copa América, melhor jogador da Conmebol pela IFFHS, membro da seleção do ano da IFFHS) e Robert Lewandowski (FIFA) (Bayern Munich, centroavante, 33 anos, polonês, 49 partidas, 59 gols, 11 assistências, campeão da Bundesliga e da DFL-Supercup, centroavante do ano do Ballon D'or, vencedor do Torjägerkannone, vencedor da Chuteira de Ouro Europeia, melhor jogador masculino do mundo da IFFHS, melhor artilheiro do mundo da IFFHS, melhor artilheiro internacional do mundo da IFFHS, melhor artilheiro das divisões do mundo da IFFHS, esquadrão da temporada da Liga dos Campeões, time do ano da ESM, jogador do ano da World Soccer, jogador do ano da FourFourTwo, jogador dourado da Tuttosport, melhor futebolista do mundo do The Guardian, jogador do ano dos fãs da Globe Soccer, vencedor do Maradona Award da Globe Soccer, personalidade esportiva polonesa do ano, jogador da temporada da Bundesliga pela VDV, futebolista alemão do ano, time da temporada da Bundesliga pela Kicker, time fantasia da temporada da Bundesliga, jogador da temporada da Bundesliga)

Luis Suárez entregando o Ballon D'Or de 2021 para Lionel Messi.


  Sim, foi injusto o Messi ter vencido o Ballon D'Or. Bem injusto. Levando Whisky é o nome da fera.

  Messi ficou em terceiro lugar na LaLiga vencendo o Troféu Pichichi com 30 gols e 11 assistências em 35 jogos. Foi campeão da Copa do Rei marcando 3 gols e 1 assistência em 5 jogos, marcando na final contra o Athletic Bilbao. Caiu nas oitavas de final da Liga dos Campeões para o PSG perdendo pênalti no jogo de volta e marcando nos dois jogos, terminando com 5 gols e 2 assistências em 6 jogos. Foi de longe o melhor jogador da Copa América, sendo campeão, artilheiro e líder de assistências com 4 gols e 5 assistências em 7 jogos. Jogou 16 jogos pela Argentina, marcou 9 gols e deu 5 assistências.

  Lewandowski foi novamente campeão alemão vencendo novamente o Torjagerkanone marcando 41 gols e 7 assistências em 29 jogos, vencendo também a Chuteira de Ouro Europeia e sendo eleito o jogador da temporada da Bundesliga, além de ter quebrado o recorde de 40 gols de Gerd Muller na temporada 1971-72. Caiu nas quartas de final da Liga dos Campeões para o PSG marcando 5 gols em 6 jogos, sem ter jogado nenhum dos dois jogos por lesão. Caiu na segunda eliminatória da Copa da Federação Alemã jogando só um jogo, e foi campeão da Supercopa Alemã marcando dois no Borussia Dortmund. Mesmo caindo na fase de grupos da Eurocopa, ainda marcou 3 gols em 3 jogos. Pela Polônia, marcou 11 gols e 4 assistências em 12 jogos. E no ano ao todo, marcou 68 vezes em 46 partidas, eu acho.

Lewandowski é eleito o melhor jogador do mundo pela IFFHS em 2021.

Lewandowski é novamente eleito o jogador dourado da Tuttosport em 2021.

Lewandowski é eleito o jogador do ano dos usuários do TikTok pela primeira vez.

Robert Lewandowski é novamente eleito o melhor jogador do mundo do The Guardian em 2021.

Lewandowski é eleito o futebolista do ano da World Soccer pela segunda vez.

Também foi novamente eleito o jogador do ano da Globe Soccer.

Mesmo ficando em segundo lugar pela premiação do Ballon D'Or, foi eleito o melhor atacante.

Selfie do Lewandowski com o The Best da FIFA de 2021.


2022


Escolhido: Karim Benzema (France Football) (Real Madrid, centroavante, 34 anos, francês, 50 partidas, 46 gols, 16 assistências, campeão da LaLiga, da Supercopa da Espanha, da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes, vice da Copa do Mundo, jogador da temporada da UEFA, jogador dourado da Tuttosport, vencedor do Onze D'Or, artilheiro e melhor jogador da Liga dos Campeões, vencedor do Troféu Pichichi e melhor jogador da LaLiga, vencedor do Troféu Alfredo di Stéfano, artilheiro e melhor jogador da Supercopa da Espanha, jogador da temporada do Real Madrid, jogador do ano da Kicker, jogador do ano da European Sports Media, vice líder de assistências da LaLiga) e Lionel Messi (FIFA) (PSG, ponta-direita/centroavante/segundo-atacante, 35 anos, argentino, 48 partidas, 29 gols, 22 assistências, campeão da Ligue 1 e da Copa do Mundo, chuteira de prata da Copa do Mundo, bola de ouro da Copa do Mundo, jogador argentino do ano, vice líder de assistências da Ligue 1)

Karim Benzema com o seu primeiro Ballon D'Or, depois de anos.


  Vou fingir que o Messi nem existe, pois pensa num assalto. Benzema teve a melhor temporada da sua carreira, mas depois dessa Copa o melhor jogador do mundo para mim se chama Kylian Mbappé Lottin. Mas eu irei falar do Benzema por ter sido o segundo melhor jogador do mundo na minha opinião.

  Benzema aproveitou muito a boa fase de Vinicius Júnior para marcar mais e mais gols, e ambos foram campeões da LaLiga com Benzema marcando 27 gols e 12 assistências em 32 jogos, terminando como artilheiro e vice líder de assistências, sendo também eleito o melhor jogador da liga. O líder de assistências foi Vinicius Júnior, com 13. Nesse tempo ele também foi campeão da Supercopa da Espanha 2021-22 com 2 gols e 1 assistência em 2 jogos, marcando e dando assistência na semifinal vencida por 3 a 2 diante do Barcelona e marcando na final vencida por 2 a 0 diante do Athletic Bilbao. Na Liga dos Campeões ele foi devastador e chegou muito perto de quebrar o recorde de gols marcados em uma só competição, que pertence a Cristiano Ronaldo após ter marcado 17 vezes na temporada 2013-14. Benzema marcou 15 gols e 2 assistências em 12 jogos, sendo 10 deles no mata-mata! Sem falar que teve um gol mal anulado na final contra o Liverpool, mas de qualquer forma o Real Madrid venceu de 1 a 0 com gol do Vinicius Junior após cruzamento rasteiro de Valverde. Quanto a Copa do Rei, ele não jogou. No Mundial de Clubes, ele marcou 1 gol e 1 assistência na decisão do Mundial de Clubes de 2022, vencido por 5 a 3 sobre o Al-Hilal.

  Pela França no ano de 2022, Benzema jogou só 3 partidas e marcou 1 gol. Infelizmente não pôde jogar a Copa do Mundo devido a uma lesão no quadril as vésperas da competição, porém Giroud deu conta do recado e teve sua melhor performance em Copas, marcando 4 gols. Benzema fez falta, pois deixou o Mbappé pra carregar o piano e a França foi vice para a Argentina por 4 a 2 nos pênaltis após um emocionante e polêmico 3 a 3. Inclusive, eu tenho certeza absoluta que esta Copa foi comprada para a Argentina, visto que a mesma teve vários pênaltis polêmicos marcados a favor ao longo da competição. Creio que é aqui que eu deva começar a falar no Mbappé.

  Mbappé teve a melhor temporada de sua carreira até agora, tendo somente 23 anos. Para começar, ele era o melhor jogador em um time que tinha Lionel Messi e Neymar, porém ambos estavam em má fase. Foi o artilheiro e líder de assistências da Ligue 1 com 28 gols e 19 assistências em 28 jogos, sendo eleito também o melhor jogador. Foi o artilheiro da Copa da França com 5 gols e 1 assistência, mas caiu nas oitavas para o Nice nos pênaltis. Na Liga dos Campeões o Mbappé foi brutal marcando 6 gols e 6 assistências em 8 jogos, mas caiu diante do Real Madrid nas oitavas marcando na ida vencida por 1 a 0 e na volta perdida por 3 a 1. O que mudou as coisas foi a sua fantástica Copa do Mundo onde ele marcou 8 gols e 2 assistências em 7 jogos sendo o melhor jogador da final ao marcar um hat-trick no tempo normal+prorrogação. Foi o artilheiro e só foi o Bola de Prata da competição pois deram a Bola de Ouro de melhor jogador pro Messi, que ao meu ver não merecia mesmo tendo jogado muitíssima bola. Ao todo o Mbappé marcou 12 gols e 3 assistências em 12 jogos pela seleção francesa.

Mbappé, decepcionado, com sua chuteira de ouro.


  Para resumir aqui: O Benzema era o melhor jogador do mundo antes da Copa, porém o Mbappé tomou a largada por último, no finalzinho. A tartaruga ninja marcou 56 gols e 19 assistências em 56 jogos.


Dados de: Kylian Mbappé (Paris Saint-Germain, centroavante/ponta-esquerda, 23 anos, francês, 6º lugar Ballon D'Or e 2º lugar FIFA The Best, 59 partidas, 51 gols, 29 assistências, campeão da Ligue 1, vice da Copa do Mundo, artilheiro, líder de assistências e jogador do ano da Ligue 1, time da temporada da Liga dos Campeões, vice líder de assistências da Liga dos Campeões, vencedor da Chuteira de Ouro da Copa do Mundo e da Bola de Prata da Copa do Mundo, artilheiro da Coupe de France)

 
  Destaques para premiações de temporadas que poderiam ser diferentes: 

1922: Paulino Alcántara poderia vencer o prêmio se tivesse jogado mais partidas, continuando marcando mais gols.

1926: Scarone poderia ter vencido o prêmio se acabasse se firmando no Barcelona, se tornando o protagonista do time. Jogou somente os amistosos, e voltou para o Uruguai antes de jogar qualquer partida oficial.

1933: Sindelar poderia ter vencido o prêmio se tivesse sido melhor pela liga nacional e pela seleção.

1952: Puskás, além de ter sido tão protagonizante quanto o Kocsis, ainda havia marcando 10 gols e 13 assistências em 12 jogos pela Hungria, que são números de outro mundo. Poderia sim ter tido uma chance.

1966: Lothar Emmerich venceria o prêmio se não tivesse Copa do Mundo.

1970: Cruyff poderia ter vencido o prêmio se jogasse a Copa do Mundo daquele ano e tivesse ido bem.

1978: Se a Holanda fosse campeã em cima da Argentina, eu daria o prêmio para Rensenbrink. Ou então o Maradona poderia ter vencido o prêmio se fosse convocado para aquela Copa do Mundo e jogasse muito.

1982: Rossi poderia ter uma chance se jogasse pelo menos 30 jogos da temporada 1981-82 sendo um dos protagonistas da Juventus.

1983: Se Maradona não estivessse tido uma lesão gravíssima contra o Athletic Bilbao, venceria o prêmio sem sombra de dúvidas.

1986: Se Hagi estivesse no Estrela de Bucareste, Maradona não tiraria o prêmio dele.

1988: Van Basten poderia ter vencido o prêmio se não tivesse tido uma lesão grave na temporada 1987-88.

1990: Se o Olympique de Marseille chega na final da Copa Europeia ou se o Maradona tivesse ido bem pela Copa da UEFA, os dois teriam mais chances. Romário também teria uma chance se avançasse mais.

1993: Van Basten sem dúvidas levaria o prêmio se não tivesse tido a pior lesão da sua carreira.

1996: As lesões do jovem Ronaldo funcionaram como um fator prejudicial. Sem elas, Ronaldo levava o prêmio.

1999: Romário poderia ter sido facilmente o melhor jogador do mundo em 1999 se estivesse jogando o que estava jogando pelo Flamengo no Corinthians, se tivesse ido para lá jogar com Marcelinho Carioca e cia. Inclusive, esse foi um dos arrependimentos do Romário no futebol.

2000: Se Jardel passa pelo Bayern nas quartas de final e chega na final da Liga dos Campeões, teria uma chance.

2001: Se o Vasco tivesse mantido a consistência, se Larsson estivesse em uma liga mais forte e se Rivaldo estivesse em um clube melhor, os dois teriam chances muito maiores.

2002: Michael Ballack seria eleito o melhor do mundo se não existisse Copa do Mundo.

2004: Henry poderia ganhar o prêmio se não fosse eliminado nas quartas de final da Liga dos Campeões para o Chelsea.

2005: Adriano teria vencido o prêmio se tivesse tido um segundo turno da Serie A tão bom quanto o primeiro.

2007: Se o Kaká perdesse a final daquela Liga dos Campeões, ele nem seria mencionado aqui.

2017: Se o Cristiano perde aquela final de Liga dos Campeões, eu daria o prêmio pro Messi ou talvez até pro Buffon.

2018: Mesma coisa, mas eu daria o prêmio pro Salah.

2020: Se o Lewandowski perde aquela final, Messi, Haaland ou Neymar teriam mais chances.


Resumo das premiações:


1920: Fred Morris (primeiro prêmio de melhor temporada) e Ángel Romano (primeiro prêmio melhor ano)
1921: Arthur Friendenreich  (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1922: Manuel Seoane (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1923: Héctor Scarone (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1924: Pedro Petrone (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1925: Hughie Gallacher (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1926: Hughie Gallacher (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1927: Jimmy McGrory (primeiro prêmio de melhor temporada) e Dixie Dean (primeiro prêmio de melhor ano)
1928: Dixie Dean (primeiro prêmio de melhor temporada, segundo prêmio de melhor ano)
1929: József Takács (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1930: Giuseppe Meazza (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1931: Tom Waring (primeiro prêmio de melhor temporada) e Bata (primeiro prêmio de melhor ano)
1932: Matthias Sindelar (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano) 
1933: Cliff Bastin (primeiro prêmio de melhor temporada) e Matthias Sindelar (segundo prêmio de melhor ano)
1934: Gyorgy Sárosi (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1935: Gyorgy Sárosi (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1936: Gyorgy Sárosi (terceiro prêmio de melhor temporada) e Matthias Sindelar (terceiro prêmio de melhor ano)
1937: Gyorgy Sárosi (quarto prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1938: Arsenio Erico (primeiro prêmio de melhor temporada) e Gyula Zsengellér (primeiro prêmio de melhor ano)
1939: Gyula Zsengellér (primeiro prêmio de melhor temporada e seguno prêmio de melhor ano)
1940: Leônidas da Silva (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1941: Sylvio Pirillo (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1942: Josef Bican (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1943: Josef Bican (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1944: Josef Bican (terceiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1945: Gyula Zsengeller (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1946: Ferenc Deák (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1947: Valentino Mazzola (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1948: Ferenc Puskás (primeiro prêmio de melhor temporada) e Ferenc Deák (segundo prêmio de melhor ano)
1949: Ferenc Deák (segundo prêmio de melhor temporada e terceiro prêmio de melhor ano)
1950: Ferenc Puskás (segundo prêmio de melhor temporada e primeiro prêmio de melhor ano)
1951: Telmo Zarra (primeiro prêmio melhor temporada) e Gunnar Nordahl (primeiro prêmio de melhor ano)
1952: Sándor Kocsis (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1953: Ferenc Puskás (terceiro prêmio de melhor temporada e segundo prêmio de melhor ano)
1954: Sándor Kocsis (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1955: Ferenc Puskás (quarto prêmio de melhor temporada e terceiro prêmio de melhor ano)
1956: Alfredo di Stéfano (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1957: Alfredo di Stéfano (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1958: Pelé (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1959: Pelé (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1960: Ferenc Puskás (quinto prêmio de melhor temporada e quarto prêmio de melhor ano)
1961: Pelé (terceiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1962: Pelé (quarto prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1963: Pelé (quinto prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1964: Pelé (sexto prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1965: Pelé (sétimo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1966: Eusébio (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1967: Johan Cruyff (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1968: Eusébio (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1969: Johan Cruyff (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1970: Gerd Muller (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1971: Johan Cruyff (terceiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1972: Gerd Muller (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1973: Gerd Muller (terceiro prêmio de melhor temporada) e Johan Cruyff (quarto prêmio de melhor ano)
1974: Johan Cruyff (quarto prêmio de melhor temporada e quinto prêmio de melhor ano)
1975: Fernando Morena (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1976: Ruud Geels (primeiro prêmio melhor temporada) e Gerd Muller (terceiro prêmio de melhor ano)
1977: Reinaldo (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1978: Mario Kempes (primeiro prêmio de melhor temporada) e Hans Krankl (primeiro prêmio de melhor ano)
1979: Zico (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1980: Diego Maradona (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1981: Zico (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1982: Zico (terceiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1983: Michel Platini (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1984: Michel Platini (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1985: Michel Platini (terceiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1986: Diego Maradona (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1987: Marco van Basten (primeiro prêmio de melhor temporada) e Diego Maradona (terceiro prêmio de melhor ano)
1988: Ronald Koeman (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1989: Marco van Basten (segundo prêmio de melhor temporada e primeiro prêmio de melhor ano)
1990: Lothar Matthaus (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1991: Darko Pancev (primeiro prêmio de melhor temporada) e Jean-Pierre Papin (primeiro prêmio de melhor ano)
1992: Marco van Basten (terceiro prêmio de melhor temporada e segundo prêmio de melhor ano)
1993: Roberto Baggio (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1994: Romário (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1995: Ronaldo (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
1996: Alan Shearer (primeiro prêmio de melhor temporada) e Ronaldo (segundo prêmio de melhor ano)
1997: Ronaldo (segundo prêmio de melhor temporada e terceiro prêmio de melhor ano)
1998: Ronaldo (terceiro prêmio de melhor temporada e quarto prêmio de melhor ano)
1999: Rivaldo (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2000: Romário (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2001: Raúl (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2002: Ronaldo (quarto prêmio de melhor temporada e quinto prêmio de melhor ano)
2003: Thierry Henry (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2004: Deco (primeiro prêmio de melhor temporada) e Thierry Henry (segundo prêmio de melhor ano)
2005: Frank Lampard (primeiro prêmio de melhor temporada) e Ronaldinho Gaúcho (primeiro prêmio de melhor ano)
2006: Ronaldinho Gaúcho (primeiro prêmio de melhor temporada e segundo prêmio de melhor ano)
2007: Kaká (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2008: Cristiano Ronaldo (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2009: Lionel Messi (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2010: Lionel Messi (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2011: Lionel Messi (terceiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2012: Lionel Messi (quarto prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2013: Lionel Messi (quinto prêmio de melhor temporada) e Cristiano Ronaldo (segundo prêmio de melhor ano)
2014: Cristiano Ronaldo (segundo prêmio de melhor temporada e terceiro prêmio de melhor ano)
2015: Lionel Messi (sexto prêmio de melhor temporada e quinto prêmio de melhor ano)
2016: Cristiano Ronaldo (terceiro prêmio de melhor temporada e quarto prêmio de melhor ano) 
2017: Cristiano Ronaldo (quarto prêmio de melhor temporada e quinto prêmio de melhor ano)
2018: Cristiano Ronaldo (quinto prêmio de melhor temporada e sexto prêmio de melhor ano)
2019: Lionel Messi (sétimo prêmio de melhor temporada e sexto prêmio de melhor ano)
2020: Robert Lewandowski (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2021: Robert Lewandowski (segundo prêmio de melhor temporada e melhor ano)
2022: Kylian Mbappé (primeiro prêmio de melhor temporada e melhor ano)


  Aeeeeeee, acabei kkkkkkkkkkkkkkkkkk provavelmente vou voltar aqui pra adicionar a premiação de 2022 no ano que vem, só. Se quiserem, olhem minhas outras postagens, e se quiserem me mandar mensagem, me chamem no Instagram ou no Facebook, ou podem enviar um e-mail se quiserem. Até mais! 

  Se quiserem as fontes de tudo o que eu disse, podem me chamar.

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